Preparem a pipoquinha <3
Boa leitura 💕(Pessoal que já lê essa fanfic há um tempo - antes de eu reescrever tudo novamente após a suspensão da minha conta por um mês por spam - deve imaginar o que acontece neste capítulo)
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A noite é tranquila, com apenas o som do vento suave batendo contra a lona desgastada da tenda. Ouço a respiração tranquila de Wilbur, adormecido a alguns metros de nós, enquanto a jaqueta do Garoto, como de costume, o cobre. Estou sentado próximo ao Garoto, tão perto que nossos joelhos quase se tocam. A presença dele me conforta e, ao mesmo tempo, me deixa inquieto.
Eu o observo em silêncio. Ele parece concentrado em algo, com os olhos fixos em suas mãos enquanto lixa as unhas com o cabo da sua clássica faca. O brilho metálico da lâmina reflete a luz fraca das estrelas e de alguns postes que se infiltram pela abertura da tenda, criando pequenos pontos de luz em seu rosto. Ele não parece estar fazendo nada importante, mas há uma graça quase hipnotizante em seus movimentos.
De repente, ele para, coloca a faca de lado e retira o boné da cabeça. Seus cabelos, escondidos por tanto tempo, caem em desalinho sobre a testa. Ele passa os dedos por entre os fios, tentando desembaraçá-los, mas é óbvio que não está conseguindo fazer um bom trabalho. A cada movimento, os fios se emaranham ainda mais.
A cena me faz sorrir involuntariamente – é fofo vê-lo assim, sendo atrapalhado. Algo se mistura com a estranha atração que tenho sentido ultimamente.
— Precisa de ajuda aí, Pato? — Minha voz soa mais suave do que eu pretendia.
"Pato" foi um apelido que surgiu quase por acidente, depois que Wilbur me contou sobre a fascinação incomum do Garoto por patos. Achei bobo no início, mas depois de vê-lo se encantar com alguns patinhos em um de nossos passeios, o nome simplesmente ficou. Ele não parece se importar, o que, de certa forma, me faz gostar ainda mais de chamá-lo assim.
Ele ergue os olhos, com um brilho de surpresa misturado com diversão. — Vai mesmo me ajudar com isso? — pergunta, levantando uma sobrancelha.
— Se você deixar — respondo, estendendo a mão.
— Por que não? — diz ele, como se fosse a coisa mais natural do mundo me deixar tocá-lo dessa forma.
O Garoto hesita por um momento, mas depois me entrega o boné e se inclina ligeiramente em minha direção, permitindo que eu alcance seu cabelo. Movo-me para a frente, ajoelhando-me ao lado de suas pernas, minhas coxas roçando levemente as dele enquanto me posiciono para desembaraçar seu cabelo. Meu coração bate um pouco mais rápido, mas ignoro isso, focando no que estou prestes a fazer. Começo a passar os dedos entre os fios escuros, separando os nós com delicadeza.
Ele tem o cabelo mais macio e suave do que eu esperava, e o simples ato de desembaraçá-lo é estranhamente íntimo. O toque dos meus dedos parece acalmá-lo, e ele fecha os olhos, relaxando lentamente. Seu cabelo é mais longo do que eu imaginava, e não consigo evitar o pensamento de como ele fica diferente sem o boné.
Enquanto continuo meu trabalho, ele abre os olhos e me observa por um momento, um sorriso brincando em seus lábios.
— Sabe, não é todo dia que você se oferece para ajudar alguém com o cabelo. O Wilbur pediu ajuda a você, e você recusou — ele comenta, com uma leveza na voz que não costuma demonstrar.
— Talvez hoje seja uma exceção — murmuro, concentrando-me em um nó particularmente teimoso. Ele apenas sorri em resposta, e então eu comento:
— Tá de bom humor hoje, hein?
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Cat and Mouse - Chaosduo QSMP
FanfictionOnde os dois jovens vêm de mundos completamente distintos, e seus caminhos nunca, JAMAIS, deveriam se cruzar. No entanto, quando ocorre um assassinato, Quackity se torna o principal e único suspeito. Agora, eles se encontram encurralados em um jogo...