Cat and Mouse - Chaosduo QSMP

Loja -19-

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- 𝐐𝐔𝐀𝐂𝐊𝐈𝐓𝐘 -
Algumas horas antes...
Entardecendo
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— Ei! O que você está fazendo aí? — exclamo, percebendo alguém puxando meu pulso com uma determinação incansável.

— Anda logo — ele me instiga com um sorriso malicioso, e seguimos apressadamente em direção ao bairro de Qued, nossos passos ecoando com urgência nas ruas estreitas que levam até Leky.

Lanço-lhe uma risada nervosa — Estou indo, mas desembucha logo o que você está tramando.

— Aqui — ele para abruptamente em frente a uma loja de instrumentos musicais que parece ter visto dias melhores.

Hesito por um instante antes de retrucar com sarcasmo, me posicionando atrás de Wilbur — Você não vai comprar nada, né? Porque, se for por dinheiro, estamos raspando o fundo do tacho.

— E quem disse que vamos comprar? — ele responde, os cachos de seu cabelo balançando enquanto um sorriso travesso se desenha em seu rosto.

Sorrio ao perceber suas verdadeiras intenções — Tá, vamos nessa. Mas lembra que tem guardas da Federação lá dentro, certo?

— Sei sim, idiota. Mas isso não é nada perto daquela operação com o avião de carga da última vez — ele ri, me arrastando para dentro. A porta emite um rangido sinistro, revelando a idade do estabelecimento. O letreiro desbotado acima de nós promete um refúgio musical atrás da fachada desgastada, com poucos clientes presentes no momento.

— Olá! Bom dia! — A atendente nos cumprimenta com um sorriso acolhedor.

Devolvo o sorriso, respondendo educadamente — Oi, bom dia, senhora. — Mal termino de falar e já sou puxado novamente por Wilbur — Ei, Wil! Para de me arrastar como se eu fosse seu animalzinho de estimação!

— Agora eu sou seu dono, é? — ele replica, um tanto irritado — Então, já que é assim, fica quietinho aqui, meu patinho. Deixa que eu escolho o que quero — ele brinca, dando um leve tapinha na minha touca.

— Ei, idiota! — protesto quando ele pisa sem querer no meu pé, fazendo-me emitir um pequeno grito que atrai olhares curiosos de alguns clientes e dos guardas — Olha só o que você fez.

Wilbur ri e volta sua atenção para as guitarras expostas na parede. Mantenho-me em silêncio, absorvendo a atmosfera do lugar.

A loja, embora modesta, está repleta de uma variedade impressionante de instrumentos. Guitarras, violões, teclados e baterias formam um mosaico eclético. A iluminação é suave, realçada pela luz natural que se infiltra pelas janelas, iluminando sutilmente os instrumentos.

— Ei, Quacky! — Ele me chama, interrompendo meus pensamentos. Já tinha pedido que ele me chamasse pelo meu nome de verdade, mas ele insiste no apelido.

Olho para Wilbur, que agora segura uma guitarra preta com detalhes brancos, uma Stratocaster Winner — O que você acha? Bonita, não é?

— Bonita — respondo, simples e direto.

Ele faz uma careta — "Bonita"? Isso é tudo?

— Bonita — repito, sem mais.

— "Bonita"?! — ele insiste, mas desisto de elaborar.

— Só isso — concluo, mantendo o tom neutro.

— O que mais você queria que eu dissesse? — pergunto, já antecipando sua irritação.

Ele bufa, colocando a guitarra de volta no lugar.

Sorrio, tentando aliviar a tensão — Você devolveu porque sabe que se roubar, vai precisar de mais coisas, como energia elétrica, amplificadores...