CHAMPANHE E SUNSHINE

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O especialista explica que nosso cérebro tenta nos proteger de alguns sentimentos considerados perigosos, deixando-os “presos” no inconsciente

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O especialista explica que nosso cérebro tenta nos proteger de alguns sentimentos considerados perigosos, deixando-os “presos” no inconsciente. Enquanto dormimos, a “porta” que divide a parte consciente, da inconsciente, se abre e, é a partir desse encontro que os sonhos e pesadelos são formados.

Aran costuma ter muitos pesadelos, a maioria deles são fleches desconexos, memórias de momentos aterrorizantes, vozes o chamando, Yai e Milan, as palavras que ele disse naquela noite.

Ele lembra perfeitamente delas, são como seu pecado gravado em sua pele com brasa da qual ele nunca vai poder se livrar.

Papai, por favor não fale sobre isso com ninguém, eu não sei como isso aconteceu, nós bebemos e nos drogamos ontem e porra isso não deveria acontecer."

Ele era uma maldito covarde traidor e sabia disso, mas no momento no desespero que ele sentiu naquele dia a dor de tudo que estava vivendo de não ser bom o bastante de Milan estar com ele ser um perigo e tudo que sua família pensaria.

Um coração partido parecia o menor dos males, como ele era idota, achar mesmo que conseguiria ficar sem Milan ou que Milan ficaria bem sem ele.

Eles pertenciam um ao outro.

Se ele pudesse voltar no tempo, talvez fizesse as coisas diferentes.

Mesmo que não soubesse como, ele tinha que manter as coisas bem, mesmo agora Milan não merecia sofrer o que sofreu, mas era melhor assim e ele não poderia incomodar as pessoas, qual é ele era adulto poderia resolver seus próprios problemas sem precisar correr ao papai, seus pais tinham passado por tanta coisa não mereciam ter sua tranquilidade abalada por um garoto e seus problemas.

Aran rolou na cama por mais alguns minutos, até perceber que não iria mais dormir e decide se levantar e pegar algo para beber na cozinha na esperança que seu sono volte. Ele sente um pequeno choque térmico quando sai das suas cobertas quentes porque seu dorso está nu.

Ele caminha até a cozinha estranhando quando a luz acesa que incomoda seus olhos e então ele percebe seu pai de costas no fogão.

— Pai — ele chama.

Kim no mesmo momento se vira, ele também estava sem camisa enquanto mexia no fogão.

— Oi querido — ele fala — Sem sono?

— Pesadelos — Aran murmura se aproximando e vendo que há leite esquentando e chocolate derretendo em banha Maria.

— Bem vindo ao time — Kim fala rindo.

— Chocolate quente? — ele questiona se encostando na bancada de mármore.

— Um velho costume que seu pai me deu — Kim conta — Mesmo depois de ficarmos juntos havia noites que eram difíceis, então ele começou a fazer chocolate quente para nós, dizendo que merecíamos algo doce para espantar as lembranças amargas.

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