O Testamento.

Não só de ordens se vive uma Luiza

Oi meu amores, dei uma enganadinha de leve só porque eu me alimento do caos e da desordem kakaka Valentina coloca a luiza pra obedecer e vocês me colocam pra obedecer. Enfim, boa leitura pra vocês. 😘

POV LUIZA:

Eu nem sei em que momento eu deixei de tentar evitar meu desejo pela Valentina, só aconteceu. Em uma hora estávamos rindo uma da outra nas confissões e na outra o clima ficou tenso, ainda mais inesperado foi me pegar praticamente mandando ela me beijar logo.

Valentina e eu estamos deitadas no chão do apartamento completamente peladas, ela tenta recuperar o fôlego depois que eu mostrei que sei fazer outras coisas além de brigar com ela. Um sorrisinho involuntário e completamente comprometedor não sai do meio rosto.

- Você é fogo, Luiza. -- Ela sorri para o teto.

- Você achou? -- Viro o rosto para encará-la.

- Achei... -- Limpa o suor da testa. -- E como vai ser daqui em diante?

- Podemos deixar pra pensar nisso outra hora? -- Me aproximo novamente e deposito uma mordida em seu lábio. -- Agora você está me devendo uma coisa.

- Eu tô é? -- Coloca uma mecha do cabelo atrás da orelha.

- Achei que tinha me dito alguma coisa relacionada com me ensinar mais sobre BDSM.

- Você quer?

- Uhum.

- Tem certeza?

- Tenho.

- Vem, vamos pro quarto. -- Levanta e veste a camisa e a calcinha. -- Coloca só sua calcinha.

Ela me leva até o quarto. A roupa de cama era um conjunto na cor terracota que combina com a decoração do apartamento. Tudo aqui está perfeitamente arrumado, parece até que tem gente morando. A primeira coisa que Valentina faz é fechar as cortinas.

- Então, é comum a gente conversar com mais calma sobre tudo antes, mas como eu não faço ideia de como as coisas vão ser desse apartamento pra fora, vou impor algumas regras. A primeira é que você vai ser sincera, não é pra fazer nada que você não queira. Eu vou prestar atenção nos seus sinais o tempo todo, mas não leio mentes. -- Nota mental: Valentina mandona é sexy. -- Segunda coisa, você pode pedir pra parar a qualquer momento, mas eu também posso. Se eu perceber que você não está confortável, eu paro.

- Ta bom. -- Concordo.

- Por último, normalmente nós usaríamos algumas palavras de segurança, mas como isso é novo pra você, é só mandar parar e eu paro.

Me guia pela mão até um espaço vazia do quarto.

- De joelhos, sentada em cima de seus calcanhares. -- Diz séria.

Me ajoelhar pra ela não era algo que eu esperava fazer logo de cara. Estou tão acostumada a mandar o tempo todo que ela pedir tão de cara algo tão imponente, me deixou surpresa. Mas não tenho nenhuma vontade de desobedecer, ela segura meu queixo com um pouco mais de força do que eu esperava, me fazendo encarar seu rosto.

- Ajeita essa postura, Luiza. Que espécie de bailarina você é? -- Sua voz imponente me faz sentir frio na barriga e meu orgulho agoniza ao obedecer. Eu estava indo contra a minha natureza e, o pior, era bom.

Tira da última gaveta da cômoda uma maleta de couro preta. Apoia por cima do móvel e começa a organizar as coisas que estavam dentro, tudo na maior calma do mundo.

Ali tinham coisas que eu nunca tinha visto. Valentina prende o cabelo em um coque alto assim que termina de organizar tudo.

Ela caminha até a cabeceira da cama, mexe na parte de trás e puxa um pedaço de madeira onde tem um gancho preso.