Te Espero Lá

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Oi gente, só pra avisar que no final tem umas fotinhas de como estavam as coisas mais ou menos. E também finalmente dando um rosto para nossa Yasmin.

Boa leitura 😘

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Domingo - 25 de Agosto de 2030 - {7 anos após o acidente}

POV LUIZA:

Eu nunca fui de fantasiar com casamento, nunca fui a menina que casava com as bonecas ou que guardava opções de vestidos de casamento na espera da minha vez. Mas como tudo na minha vida, Valentina apareceu para mudar até isso, desde que ela me pediu em casamento, tudo que consigo pensar é em casamento, decoração, vestido, música, celebrante... vamos fazer a cerimônia com efeito civil ou vamos casar primeiro no cartório depois fazer a cerimônia? Detalhes e mais detalhes.

Minha noiva por outro lado parece nunca ter estado mais tranquila. Sempre que o surto tenta tomar conta de mim, ela segura meu rosto a centímetros do dela, só para poder me olhar no fundo dos olhos, e dizer: "Você vai estar lá? Porque é tudo que me importa!".

Pensei que a parte de organizar tudo é que seria o mais complicado, mas agora, enquanto a cabeleireira termina o meu penteado, começo a repensar essa minha impressão. Sem dúvidas o mais complicado vai ser me segurar para vê-la só na hora de entrar, porque agora tudo que eu quero é ignorar toda e qualquer tradição e correr para o segundo andar e babar com a beleza da minha futura esposa.

A decisão de nos casarmos na casa da serra veio de Valentina, ela disse que gostaria de fazer disso uma tradição, já que foi lá onde o irmão dela e minha melhor amiga se casaram, não pude discordar desse desejo, muito pelo contrário, amei a ideia.

- De quem foi a brilhante ideia de convidar duas pessoas para o casamento? -- Yasmin invade o espaço onde me arrumo.

A loira está com um terno cinza, bem no tom de toda a festa, Valentina e eu optamos por algo mais rústico e simples.

- Não convidamos só duas pessoas. -- Reviro os olhos para o seu exagero. -- Mas também não queríamos encher o espaço de pessoas que nem convivem com a gente.

- Quantas pessoas vem? Eu preparei um discurso tão bonito, preciso de plateia, poxa. -- A loira será nossa celebrante.

- Não mais que quarenta pessoas.

- Meu Deus, eu odeio casal antissocial.

Decidimos que não teríamos madrinhas ou padrinhos, quem nós gostaríamos que ocupassem esse posto não poderão estar presente de forma física, então só decidimos que ninguém mais seria.

Ontem mesmo pela manhã, nos casamos no cartório, Yasmin e Jéssica foram nossas testemunhas, quem imaginaria que a antiga babá do Ben se tornaria uma das pessoas mais próximas à nós? Mas a vida é como é, só nos resta aceitar e agradecer.

- Sabe se minhas irmãs já chegaram? -- Pergunto ansiosa.

- Chegaram! -- Sorri. -- Não param de elogiar a decoração, quer que eu chame elas aqui?

- Por favor! -- Ela não me responde, simplesmente sai por onde entrou.

Depois de anos eu finalmente vou reencontrar minhas irmãs, nós não somos o que chamam de inseparáveis, mas eu devo admitir que senti sim uma certa saudade das duas. Mas sempre respeitei o processo e o espaço que ambas precisaram para superar ou pelo menos se acostumar com a morte dos nossos pais.

Minutos depois Sara e Carol entram e consigo ver os olhos de ambas brilharem ao me ver.

- Você está linda, Lu. -- É Sara quem quebra o silêncio.

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