Filha?

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{9 anos após o acidente}

POV LUIZA:

- Bom dia, meu amor. -- Sinto seus lábios passearem por todo meu rosto. -- Nunca vou me acostumar com o fato de você acordar tão bonita.

- Eu não acordo bonita, você que é apaixonada demais. -- Retruco.

- Estamos brincando de uma verdade e uma mentira? -- Os beijos descem para meu pescoço se transformando em mordidas. -- Deixa eu falar as minhas então, estou doida pra continuar descendo as mordidas... -- Suspiro pesado pela rouquidão que tomou conta de sua voz. -- ... e estou ansiosa pelo momento que seu filho vai dar três batidas na porta para nos lembrar o que já sabemos...

- Hoje é aniversário dele. -- Nossas vozes saem juntas e igualmente roucas.

Levo minha mão esquerda até sua cabeça a incentivando a continuar com as mordidas em meu pescoço, o destaque do anel dourado em meu dedo sempre me causa um frio gostoso na barriga, já estamos casadas há quase três anos e eu ainda não me acostumei com a forma que ver nossas alianças me causa o mais puro tesão.

Ela aperta meu peito por cima do tecido da camiseta e outra vez o brilho da aliança me faz gemer. Acho que é porque esse detalhe mínimo me é uma lembrança constante de que ela e tudo que ela tem para oferecer é meu para sempre e o melhor, por escolha dela.

- Quantas horas? -- Digo tentando não gemer alto.

- Vai dar tempo. -- Responde antes de chupar o lódulo da minha orelha.

- Amor, se ele bater nessa porta antes de você terminar isso que está começando... -- Não termino a ameaça porque ela belisca meu mamilo e me desafia com o olhar a não fazer barulho.

Eu mesma tiro a blusa em desespero enquanto ela confere se trancamos a porta antes de dormir. Vejo de relance ela arremessar as roupas que vestia em algum canto do quarto e em segundos sinto sua língua subindo em linha reta do meu umbigo até o vale entre meus seios.

Não aguento esperar que ela chegue até minha boca, com os dedos entrelaçados nos cabelos de sua nuca, puxo sua boca até a minha e ela sorri da minha ansiedade.

- Pressa? -- Sussura em meus lábios.

- Uhum.

Valentina não me contesta, muito menos faz alguma gracinha como é de costume. Ao contrário do que eu esperava, ela me beija com o desespero igual ou até mesmo maior do que eu sinto. Desde que o Ben começou a crescer e entender mais as coisas, tem ficado cada vez mais complicado encontrarmos um tempo para nós duas. Principalmente depois que começaram a ensaiar sobre o sistema reprodutor na escola dele, cada dia somos bombardeadas com novas dúvidas sobre assuntos que eu gostaria de não precisar conversar com meu filho de doze anos.

Sinto a mão ágil de Valentina descer pelo meu abdômen e o atrito de suas unhas em minha pele, ainda que de forma superficial, me causa arrepios. Céus, quando foi que eu voltei a ser uma adolescente cheia de hormônios? Arfo ao sentir seus dedos brincarem com minha lubrificação.

- Eu acho que gozei só de te sentir molhada assim. -- Ela cochicha.

- Mais tarde você faz piada, concentra no que está fazendo. -- Repreendo com a voz manhosa.

- Não é piada.

Tira a mão de entre minhas pernas levando os dedos brilhosos com meu prazer até os lábios, os suga como se ali estivesse o melhor sabor que ela já provou na vida, sinto minha boca salivar só de assistir. E então, assim que termina o que estava fazendo, guia minha mão para sua intimidade me fazendo arfar e arrepiar ainda mais quando sinto em meus dedos que de fato não era uma piada.

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