Escolhendo Ficar

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POV LUIZA:

A festa durou quase a noite toda, digo, ela deve ter durado isso tudo mas eu e Valentina voltamos para casa assim que o relógio sinalizou meia noite. Tal qual a Cinderela estávamos quase voltando aos trapos, a idade chega para todos, aos 55 tudo que eu quero quando a noite chega é minha cama com minha esposa deitada nela.

- Amor? -- Tento puxar assunto enquanto ela termina de desfazer o penteado da cabeça.

- Hum?

- Estamos bem?

- Não sei, nós estamos?

- Por mim sim e por você?

- Depende... -- Sinaliza com o indicador o zíper do próprio vestido para que eu abra. -- Você ficou balançada quando viu ela?

- Está falando sério? -- Termino de abrir o vestido e ela o deixa cair no chão ficando apenas de calcinha, preciso me controlar para não descer os olhos pelo seu corpo.

- Estamos conversando, amor. -- Percebo que falhei quando ela levanta meu rosto me segurando pelo queixo. -- Gosto que olhe para o meu rosto quando estamos conversando.

- Desculpa... -- Engulo em seco.

- E aí? Ficou balançada?

- Nem um pouco.

- Não mente para mim. -- Sussura contra meus lábios me olhando nos olhos.

- Nunca fiz, nem farei. -- Sussurro de volta devolvendo o olhar.

- Quer me provar?

- Provar você ou provar para você? -- Lubrifico os lábios com a língua e ela suspira. -- Posso fazer os dois, mas prefiro a primeira opção.

Minha resposta é sua mão livre abrindo o zíper do meu vestido enquanto ainda segura meu queixo para encará-la nos olhos.

- Tira pra mim. -- Ela ordena. -- Sem parar de me olhar.

Abaixo as alças do vestido e seu peso é o responsável por fazê-lo ir de encontro ao chão.

- Tenho toda a atenção dos seus olhos, amor? -- Pergunta séria.

- Sempre! -- Engulo em seco mais uma vez.

- Ótimo. -- Vira meu rosto ainda segurando pelo meu queixo e beija meu maxilar até chegar ao lóbulo da minha orelha. -- E quanto ao seu corpo? Ainda estou no comando dele?

Guio a mão que não me segura para dentro da minha calcinha e a estimulo a sentir minha lubrificação.

- O que acha? -- Pergunto.

- Quero te ouvir falar.

- Sim, meu amor. Minha esposa é a única responsável por me deixar molhada, desde muito antes de eu aceitar esse fato e dela se tornar minha esposa.

Minha resposta parece agradar já que ela passa a movimentar o dedo em meu clitóris. Ainda estamos de salto e eu definitivamente não quero transar usando isso.

- Posso tirar seus saltos? -- Pergunto em um suspiro.

- Quer tirar meus sapatos pra mim? -- Seus olhos brilham de tesão só pela minha menção de tirar seus sapatos.

- Quero, eu posso?

- Claro. -- Para com o estímulo em mim e se senta na cama.

Tiro os meus próprios saltos e me ajoelho em sua frente, minha esposa me devora com os olhos, acho que este é um dos momentos em que mais me sinto desejada. Amo que o tempo e a idade não nos fizeram perder o apetite na cama, amo que ela ainda me olhe com a mesma sede que me olhou naquele dia no apartamento dela.

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