𝟑: 𝐃𝐞𝐚𝐭𝐡 𝐄𝐥𝐢𝐭𝐞

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No desespero, tento novamente abrir a porta trancada do carro, mas é inútil. As lágrimas começam a escorrer no meu rosto, e eu me sinto consumida pelo medo, minhas mãos tremiam sem parar.

Tessa me lança um olhar reconfortante ao lado de fora do carro, mas eu podia sentir que aquilo era apenas para me manter calma, eu podia sentir que ela estava tão assustada quanto eu.
Ela chamou um táxi fora do estacionamento e foi embora, pelo menos ela estava fora de perigo.

— Me deixe sair, por favor. — Peço ao motorista e ele nega com a cabeça.

— Me desculpe, recebi ordens para leva-la de volta para casa, mas se eu fosse você, eu não ficaria tão preocupada. — Ele diz enquanto liga o carro e começa a sair do estacionamento. — Eles são profissionais e com certeza estão fazendo o certo ali dentro.

— O que quer dizer com isso? — Pergunto, franzindo o cenho.

— Não tenho certeza, mas o casamento da sua mãe estava cheio de infiltrados, seria pior se eles não tivessem intervindo, acredite em mim. — Solto um suspiro, mas ainda continuo tensa.

— O que eles são? — Ele troca um olhar tenso comigo através do retrovisor.

— Apenas fique quieta. — Respondeu curto e eu resolvi não insistir.

Enquanto o carro percorre o caminho de volta, tento entrar em contato com minha mãe desesperadamente pelo telefone, mas as ligações não são atendidas.
Após uns longos minutos, vejo o carro ser estacionado na garagem da mansão de Aaron, apenas saio em silêncio e não troco uma palavra com nenhum funcionário.

Entro na mansão e subo para o meu quarto, insisto em continuar ligando, mas minha mãe não atendia.
Penso seriamente em ligar para a polícia, mas eu acho que o Dante me mataria. Não sou burra, era visível que o Dante e aquele outra homem são envolvidos com coisas erradas. Nunca vi uma pessoa de bem se livrar de infiltrados com uma máscara na cara.

E aquele homem? Quem era ele? Céus, minha cabeça estava prestes a explodir.

Mas de certa forma, as palavras do motorista pareceu me confortar um pouco. Não teria porque o Dante armar uma contra o casamento do próprio pai, pelo menos é o que eu espero.

Resolvo tomar um banho para relaxar meus músculos tencionados e caminho até meu closet para pegar um pijama confortável.

Adentro o banheiro e tiro minhas roupas, me ponho embaixo do chuveiro e enquanto a água quente escorre pelo meu corpo, tento afastar os pensamentos ruins e o medo que rondam minha mente. Após o banho, visto um roupão macio e caminho até o closet para vestir meus pijamas confortáveis. Após me vestir, me deito na minha cama e por longo tempo fico encarando o teto.

Duas horas já se passaram e a casa continuava silenciosa, resolvo tentar novamente ligar para ela, mas o telefone vai direto para a caixa postal.

Enquanto me debato na cama, escuto passos se aproximando do meu quarto. A porta se abre, revelando Mariah, que segurava um telefone nas mãos.

— Nadine, sua mãe deseja falar com você.

— Graças a Deus! Muito obrigada, Mariah. — Lhe dou um beijo na bochecha e ela sorri me entregando o telefone.

— Oi, mãe?!

— Oi, meu amor, como você está? Está bem? Não se machucou? Eu estou morrendo de preocupação, Nadine. — Solto um suspiro de alívio ao ouvir a voz dela.

— Eu estou bem mãe, não se preocupe comigo. E você, como está?

— Bem, consegui sair antes do caos acontecer.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora