𝟑𝟖: 𝐃𝐚𝐧𝐠𝐞𝐫𝐨𝐮𝐬 𝐍𝐢𝐠𝐡𝐭

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05 DE MAIO || TERÇA-FEIRA

A minha vida realmente funciona como um jogo labiríntico. Quanto mais eu me aprofundo em tentar entender, mais eu me perco.

Era assim que eu me sentia, presa em minhas próprias confusões internas, em dúvidas que latejavam na minha cabeça ao tentar entender tudo o que aconteceu ontem, tudo o que eu havia ouvido e tudo o que ainda acontece.

Eu não iria causar nenhum alarde após descobrir que tudo o que Kastiel e Dante me fizeram foi mandato, e agora eu trabalhava para eles. Já fui X9 uma vez, agora sei bem como isso funciona, ainda mais quando se trata de uma empresa elitista.

Eu amo muito minha cabeça inteira, então irei mantê-la no lugar.

A noite já havia caído e Jacob para o carro na frente da mansão, retirando sua máscara, e eu retiro a minha.

Hoje fizemos uma missão sozinhos, já que Dante não foi. Kastiel provavelmente foi acertar as contas com quem dedurou ele para a polícia ontem e Ryan ainda estava no hospital.

— Eu estou exausta, preciso urgentemente de um banho! — murmuro, sentindo nojo de mim mesma, pois eu havia corrido muito hoje e estou úmida de suor.

— Christopher não vai arquivar o caso porque não conseguimos roubar o carregamento das drogas. Precisamos terminar isso amanhã, ok? — Jacob alerta.

— Ok, amanhã creio que eles já vão estar disponíveis para terminar o que deixamos inacabado. Aqui não é uma casa de férias, estamos aqui para trabalhar — retruco, entrando na mansão ao lado de Jacob.

Kastiel e Dante não nos ajudaram na missão que nos foi passada hoje, aquilo certamente me deixou puta, porque era para estarmos todos lá. Por isso não conseguimos realizar a operação.

Aquilo era ridículo. Me indignava, óbvio. Eu gostava de resolver as coisas rápido, mas amanhã eu já terei que levantar para fazer o que deveria ter sido feito hoje.

Subo as escadas e Jacob passa direto para o corredor de baixo, pois o quarto dele ficava no andar debaixo.

Respirando fundo, alcanço meu quarto e a primeira coisa que vejo ao abrir a porta é Zeus comendo sua comida na tigela, de modo preguiçoso e deitado, mas ao me ver ele se levanta.

— Oi, meu amor! Sentiu saudades, não é? — murmuro, jogando minha máscara em cima da escrivaninha e alcançando Zeus.

Fiz carinho no seu torso musculoso, ele respondeu com um latido alto.

— Mas agora eu estou muito cansada, preciso tomar um banho, ok?

Expelindo um ar profundo, dou meus primeiros passos em direção ao closet, e ouço Zeus me seguir durante o trajeto. Analisando minhas inúmeras roupas, escolho um pijama de cetim curto, pois o clima hoje em Washington estava quente.

Entro no banheiro, me despindo e entrando embaixo do chuveiro, sentindo a água quente escorrer pelo meu corpo cansado. Cada gota parecia aliviar a tensão acumulada nos meus músculos, como se estivesse lavando não apenas o suor e a sujeira do dia, mas também a frustração. Fiquei ali por alguns minutos, deixando a água cair sobre mim, fechando os olhos e tentando esvaziar a mente.

Depois de me secar e vestir o pijama, saí do banheiro e vi Zeus deitado na cama, esperando por mim. Sentei ao seu lado, acariciando suas orelhas, sentindo seu calor reconfortante.

— Você não seria domado com carinho, disseram eles.

Zeus inclinou a cabeça, como se entendesse, e eu sorri. A presença dele era uma das poucas coisas que me mantinham sã nesse caos.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora