𝟑𝟑: 𝐋𝐮𝐜𝐢𝐟𝐞𝐫 𝐢𝐬 𝐖𝐢𝐭𝐡 𝐌𝐞

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Permaneci sentada na cadeira, tentando me acalmar para seguir com o plano. Eu não podia falhar agora, não podia mesmo.

Matteo encarava Kastiel, parecendo ponderar suas palavras, mas depois respirou fundo, passando a mão em seu rosto.

— Amor... — chamei por ele, que me olhou instantaneamente. — Eu vou ficar bem, ok? Não é nada demais.

Segurei sua mão com firmeza, acariciando as costas dela e lançando-lhe um olhar reconfortante.

— Está tudo bem, Matteo, mas eu agradeceria muito se você adiasse o acordo. Não temos muito tempo aqui na Itália, o nosso voo é ainda hoje pela madrugada — disse num sussurro, que não era mentira.

— Eu vou ver o que posso fazer. Vou conversar com nossos transportadores e logo trago uma resposta para vocês — respondeu Matteo. Eu assenti, e então ele virou as costas e se retirou.

— Vem, vou te levar para o carro. Você não pode prosseguir com o plano desse jeito — disse Kastiel, tentando me pegar no colo, mas eu o impedi.

— Não, eu vou conseguir. Já estou mais calma.

— Nadine, não seja teimosa — ele rosna entre dentes, tentando me pegar no colo novamente. Eu o impedi novamente.

— Kastiel, vou prosseguir com o plano — insisti, encarando seus olhos com firmeza. — Não vou te deixar sozinho. Vamos juntos.

— Eu posso executar sozinho.

— Não! — retruquei entre dentes. — Eu vou e ponto final.

Tentei me levantar, mas caí para trás, fazendo-o bufar alto.

Ainda não me recuperei cem por cento da crise. Minha respiração ainda estava descontrolada, e eu fazia de tudo para expulsar meus pensamentos.

— Você vai e calada — afirmou por fim, me pegando à força no colo.

Tentei rebater, mas ele era mais forte, segurando minhas coxas e minhas costas, me segurando no colo com firmeza.

— Kastiel, me solta — murmurei entre dentes, tentando me soltar de seus braços, mas ele não permitiu.

Algumas pessoas olhavam em volta, então não fiz escândalo para não parecer alarmante, mas o belisquei bem forte no ombro e ele me lançou um olhar repreendedor.

— Me solte! — insisti, mas ele nem ao menos me olhou, apenas continuou andando.

Ao perceber que estávamos do lado de fora, numa área menos movimentada, pude me debater para sair, mas ele me segurou firme e me jogou por cima de seu ombro.

— Kastiel, por favor... — pedi mais uma vez, batendo contra suas costas para que me soltasse, mas ele permaneceu em silêncio.

Percebi sua calma estranha, parado ali do lado de fora do salão, encarando o nada, com a mente distante. Parei de debater, estranhando seu comportamento.

Então ele começou a caminhar em direção ao carro.

— Não faça isso, preciso ir com você.

Ao alcançar o carro, Kastiel me colocou com cuidado no banco de trás, mas antes de fechar a porta, ele a segurou.

— Não saia daqui. Isso é uma ordem, está ouvindo? — perguntou rispidamente, travando o maxilar.

Ele retira sua máscara da minha bolsa, jogando a bolsa no banco de trás.

— Mas...

Ele não me dá tempo para terminar de falar, apenas bate a porta com força na minha cara, causando um espasmo involuntário em meu corpo.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora