𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑

𝟑𝟗: 𝐒𝐢𝐦𝐢𝐥𝐚𝐫 𝐓𝐫𝐚𝐢𝐭𝐬 - 𝐏𝐚𝐫𝐭 𝟏

06 DE MAIO || QUARTA-FEIRA

Nadine Petrov

Um dos casos mais frequentes em áreas próximas a Atlanta era o tráfico de drogas, principalmente o transporte internacional. Estava fora de controle a ausência de fiscalização das vias.

Jacob confirmou mais cedo que havia localizado as drogas que falhamos em resgatar ontem, mas agora estamos indo novamente atrás delas. Desta vez, a confiança estava maior, pois todos os membros da Death Elite estavam comigo, com exceção de Ryan.

— A localização está a cerca de cinco minutos daqui — informou Jacob, enquanto me mostrava a planta do local na tela do seu notebook.

— Perfeito — respondi, ajustando as mangas apertadas do meu uniforme policial. O fardamento era bastante pesado.

— Temos um plano de abordagem? — perguntou Rachel, do outro lado de Jacob, também no banco de trás.

— Sim — a voz de Kastiel soou cortante, enquanto se mantinha atento ao volante. — Vamos nos dividir em duas equipes. Jacob, você e Rachel vão pela entrada próxima à rodovia. Eu, Dante e Nadine vamos pelo lado oeste, onde há menos segurança.

Rachel assentiu, conferindo suas armas mais uma vez. Dante fez o mesmo, ajustando-se no banco do passageiro da frente. Kastiel estava no banco do motorista, seus olhos focados na estrada à frente. A tensão entre nós três naquele carro era palpável, pelo menos eu sentia isso.

— Aproximando-nos do ponto de encontro — Jacob anunciou.

Kastiel assentiu, virando o carro para uma estrada de terra que levava à floresta onde o armazém estava localizado.

Para nossa sorte, decidimos concluir essa operação no horário da manhã. Operações como essa durante a noite são mais vantajosas para eles. Os filhos da puta conhecem a floresta como a palma da mão, nós não.

Quando nos aproximamos do ponto de encontro, Kastiel desacelerou o carro, parando a uma distância segura do armazém.

Saímos do veículo em silêncio, a adrenalina começando a correr em minhas veias. Jacob e Rachel saíram do carro pelo lado da rodovia, seus corpos logo desaparecendo entre as árvores.

Eu, Kastiel e Dante seguimos pelo lado oeste, em passos suaves, precisos e acelerados.

— Destravem as armas — murmurou Kastiel, antes de prosseguir.

Dante obedeceu, destravando sua M14 e mantendo a arma apoiada no ombro, com o dedo tatuado cravado no gatilho.

Fiz o mesmo, destravando minha FN P90. Kastiel assentiu me olhando e se virou para a frente, destravando sua arma com um olhar amedrontador.

Ele estava com sangue nos olhos, ele iria matar aqueles traficantes.

Caminhamos em fila indiana, nossos passos abafados pela terra macia.

Kastiel liderava, os músculos de seu pescoço rígidos e olhos famintos por vítimas. Dante mantinha a retaguarda, seus olhos varrendo o terreno em busca de qualquer movimento suspeito.

— Jacob, Rachel, posição? — Kastiel sussurrou pelo comunicador que usávamos.

— Em posição, aproximando-nos da entrada — Jacob afirmou, com a voz ofegante. Deduzo rapidamente que estejam correndo na área próxima ao armazém.

— Ótimo. Em cinco minutos, invadimos — Kastiel afirmou, olhando para nós. — Qualquer movimento suspeito, atirem. Não esperem, não hesitem. Matem.

Quando finalmente chegou a hora, Kastiel fez um gesto para que avançássemos.

Nos movemos com cuidado, usando a cobertura das árvores para nos aproximarmos do armazém. Dante vinha logo atrás de mim, Kastiel à minha frente e eu no centro. À medida que chegamos perto, avistamos o armazém.