𝟓𝟏: 𝐋𝐢𝐭𝐭𝐥𝐞 𝐒𝐤𝐲𝐟𝐚𝐥𝐥

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Sem mais chuva, sem mais tempestades, sem mais céus nublados. Durma, pequena Skyfall. O céu ensolarado vem aí...

O céu ensolarado vem aí...

[...]

Pressionei os olhos com força, sentindo uma pontada aguda na cabeça que me impedia de abri-los. A dor latejante se espalhou por todo o crânio, como um martelar constante.

Quando finalmente consegui abrir os olhos, fui recebida por uma escuridão impenetrável. Não havia um único feixe de luz. Meu corpo repousava sobre o que parecia ser um colchão fino e duro, incômodo o suficiente para me fazer resmungar ao sentir a dor que irradiava por meus ossos.

Meu corpo estava deitado sobre algo rígido, um colchão fino e desconfortável que me fazia resmungar enquanto a dor se espalhava pelos meus ossos. Não sabia há quanto tempo estava ali, mas minhas articulações travadas e os músculos doloridos me indicavam que já fazia muito tempo.

Minha mente estava em frangalhos. Por que eu estava ali? Onde eu estava? Será que era na mansão? Uma tentativa frustrada de lembrar qualquer coisa trouxe um turbilhão de flashes desconexos.

A visita a Kastiel, o encontro repentino com Michael, as revelações e acusações dele. E então, o acidente de carro.

Meus olhos se arregalaram ao recordar a pancada na cabeça, o carro girando descontroladamente na curva, até capotar. Lembrava de me arrastar até a grama, os faróis dos carros parando, a fumaça escura subindo do veículo capotado ao meu lado. Vi duas sombras se aproximarem de mim... e então tudo se apagou.

Agora, cada músculo parecia preso em um estado de fraqueza insuportável. Tentei me impulsionar para frente, mas meus membros formigavam, minha garganta estava seca, e a sensação de desmaio era quase irresistível. Mesmo assim, com esforço, arrastei-me para fora daquele colchão frio e fino. Meus pés tocaram o chão gelado, e uma onda de tontura me atingiu, quase me derrubando.

Tateando pelo piso liso, encontrei uma parede e me arrastei ao longo dela, tentando localizar uma porta. Depois de percorrer o perímetro do cômodo, minhas mãos finalmente tocaram o metal frio de uma porta. Sem hesitar, comecei a socar o metal com os punhos fechados.

— Abram essa porta! — implorei, a voz saindo rouca e trêmula.

Cada batida drenava minhas últimas reservas de energia, e logo, minhas pernas cederam. Lentamente, eu estava caindo, encostando a cabeça na porta fria.

— Por favor... — sussurrei, o corpo desabando contra o chão gelado, incapaz de sustentar o meu próprio peso.

Sentindo o piso gelado contra minha pele, encostei a cabeça na porta, completamente fora de mim. Eu precisava de água e comida...

A escuridão ao meu redor parecia me engolir, e o silêncio era tão denso que eu conseguia ouvir o pulsar lento e fraco do meu próprio coração. Minha respiração estava pesada, e cada inspiração era uma luta para me manter acordada. O frio que emanava do chão me fazia tremer.

Com os olhos semicerrados e a testa encostada no metal frio da porta, um sentimento de pânico subiu pela minha garganta, como um grito abafado. Minhas mãos, já fracas e doloridas, escorregaram pela porta, sem força para levantar.

Ainda assim, continuei batendo, não com a força que eu desejava, mas, mesmo que as batidas fossem suaves, eu queria que alguém me ouvisse.

𝐃𝐄𝐀𝐑 𝐋𝐔𝐂𝐈𝐅𝐄𝐑Onde histórias criam vida. Descubra agora