chapter forty-two

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Alyssa
POV

Minhas pernas estavam bambas e minhas mãos suavam. Era oficial, eu estava nervosa e Charles parecia extremamente tranquilo enquanto estacionava em frente a casa de sua mãe, assim que o carro fora desligado eu respirei fundo e abri a porta, hesitante. Leclerc me aguardava ao lado com a mão estendida.

- Charles, eu acho que quero voltar. - Mordi os lábios nervosa enquanto o homem achava graça e me abraçava.

- Amor... - Era a primeira vez que ele me chamava assim, meu corpo relaxou ao ouvir sua voz e eu suspirei acariciando seu rosto, Charles segurou firme minha cintura e beijou minha testa - Se quiser mesmo voltar... - Eu sorri para ele e me recompus puxando-lhe para direção da casa.

O monegasco abriu a porta e demos de cara com Pascale, que nos aguardava. A matriarca da família Leclerc estava radiante, abriu os braços em minha direção e tomou-me em um abraço carinhoso.

- Eu não via a hora de conhecer a mulher que deixou meu filho apaixonado após um esbarrão no estacionamento do aeroporto! - Ela exclamou e riu agora para Charles, os dois se abraçaram e o piloto beijou-a na bochecha.

- Charles não se apaixonou por mim no aeroporto, foi na festa, não? - Eu arqueei a sobrancelha e encarei o homem que não me respondeu. Pascale pegou minha mão e foi me guiando até a área externa onde todos nos aguardavam, e me dizia no caminho:

- Ele me contou naquela noite que havia trombado com uma linda mulher no aeroporto, como foi o termo que ele usou? - Ela pensava e Charles corava. - "De longe a mulher mais linda de todo mundo, desconcertante." - Ela parafraseou olhando seu filho e eu sorri. - Ele sonhou com você naquela noite e depois o destino se encaminhou de fazê-los se encontrarem. Ele nunca te contou isso, Alyssa? - Tomei a mão do piloto e beijei-a com carinho.

- Não... Achei que não tinha como amar mais seu filho, senhora Leclerc, mas parece que sim, tem... - Ela sorrira em minha direção. Pelo canto dos olhos vi Arthur se aproximar com Carla seguidos de mais um casal, Lorenzo e Charlotte.

- Por favor, me chame de Pascale. - Ela afagou meu ombro me fazendo sentir em casa.

Estávamos todos espalhados pelos sofás externos conversando sobre carreira, clima e família, quando Arthur brincalhão questionou quando poderiam ir à Itália ou ao Brasil conhecer meus pais.

- Vocês podem ir à Florença quando quiserem, será um prazer. Ao Brasil também, eu vou apresentar meus avós a vocês, inclusive o senhor Salvatore é doido para conhecer Charles, Ferrarista desde sempre, passou a paixão ao meu pai e bem... Não posso dizer que não faço parte dos Tifosi. - Eu ri baixinho, percebi que Lorenzo perguntaria sobre meu pai e mãe, sorrindo completei: - Eu perdi meu pai há três anos e não conheci minha mãe, meus avós e ele me criaram. Quando resolvi sair do Brasil, foi uma das decisões mais difíceis, mas os dois são ótimos, totalmente independentes, se duvidar mais jovens do que eu mesma. Espero que assim como o Charlie, vocês todos possam conhecê-los. - O irmão do meio segurou minha mão e a beijou, então Charlotte e Carla trataram de mudar o assunto para saber como havíamos nos conhecido, o monegasco feliz as contou.

O almoço fora servido e aquele seria o único momento de silêncio na casa dos Leclerc, Charles entre uma garfada e outra apoiava a mão sobre minha coxa e me observava checando a todo tempo se eu estava bem e eu me sentia ótima na presença de sua família. Quando terminamos, todos fomos para a sala de estar, Pascale trazia álbuns de fotos de seus filhos quando bebês e crianças, era a hora da fofura. Eu estava sentada sobre o tapete no chão, ao lado das meninas, nos demos bem de cara e aquilo seria perigoso para os irmãos, que no canto bebiam enquanto conversavam entre si.

YOU RACE MY HEART; Charles Leclerc.Onde histórias criam vida. Descubra agora