Nesta fanfic, adentramos o mundo da alta velocidade e dos sentimentos fervorosos. Alyssa, uma talentosa publicitária, head de sua própria empresa e Charles, um carismático piloto de Fórmula 1, trombam por acaso no estacionamento do aeroporto. O que...
Dentro do carro, as risadas e fofocas continuavam e com toda certeza meu não-relacionamento com Pierre era motivo de piada.
A medida que nos aproximávamos da mansão onde a festa acontecia, contei para as meninas sobre a recém-reação do piloto da Ferrari em meus stories. Inegavelmente o monegasco era belo, arrancava suspiros de todas e conosco não era diferente. Ter Charles me seguindo no Instagram era um belo ponto, não precisaria quebrar a cabeça para procurá-lo e consequentemente não ficaria ansiosa por isso.
Motivada pelos elogios de minhas amigas, decidi postar a minha foto que tinham escolhido.
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Os comentários invadiam meu perfil, já estávamos saindo do carro, parando em frente a porta quando me senti levemente nervosa. Passei os dedos pelo meu cordão e respirei fundo, sentindo Lív e Em segurando minha mão e afagando meu braço.
- Tudo bem? - Lív perguntou com olhar de compreensão. Assenti e Em me abraçou sussurrando no meu ouvido:
- Se quiser, a gente pode voltar, sério. - Balancei a cabeça negativamente, respirando de forma profunda e calma, engolindo um pequeno nó que havia se formado em minha garganta, eu não estava acostumada com aquilo.
Por mais que a P4 fosse uma empresa muito famosa, eu nunca me dei o luxo de aparecer tanto assim, os holofotes nunca estiveram dessa forma em meu nome. Olhei para as meninas, com um sorriso largo nos lábios e dei de ombros, não seria uma fofoca mentirosa que me deixaria ansiosa, não mesmo.
Após dar nossos nomes na entrada e ver a mesma liberada, seguimos um passo depois do outro até o salão que recepcionava os convidados. Parei rapidamente atrás de minhas amigas, retirando da bolsa três pequenas pulseiras, assim que perceberam voltaram.
- A gente já não entrou? - Emilly perguntava confusa enquanto eu passava uma delas pelo seu pulso e a fechava.
- Entramos, mas com essas belezinhas temos acesso a TUDO. - Dei ênfase à última palavra, deixando um sorriso travesso em meus lábios enquanto repetia o processo no pulso de Lív e via a mesma pousar a pulseira no meu.
A pista estava cheia, assim como os bares. Flashes disparavam direto, com grupos unidos para fotos, acabávamos de entrar no salão principal, onde a música era alta e rostos conhecidos apareciam.
Próximo ao bar estava Pierre, franzi o cenho e antes que tirasse satisfações com o amigo, vi Em se adiantar me fazendo parar com Lív no meio do caminho, nós duas observando a dupla que se agarrava e nos fazia estranheza.
Emilly sabia que eu poderia arrancar o fígado de seu crush naquele momento, mas seguiu com Lív para o bar, o reencontro havia demorado mais do que eu gostaria. Pierre agora abria os braços para me receber, não era possível que o francês não sentia meus olhos fuzilando o meio de sua testa.
- Eu deveria te matar, Gasly, inclusive pensei em diversas formas no caminho para cá. - Disse alto, não só pelo barulho, mas para que minha fúria fosse entendida. Atrás de mim, as meninas avisavam que pediriam seus drinks enquanto eu discutia com o piloto a minha frente, braços ainda abertos, aguardando um abraço. Revirei os olhos e rapidamente o abracei, me afastando antes que perdesse minha pose.
Ele ria alto, se não estava bêbado, com certeza no brilho. Eu me segurava para não o estapear e para não rir de sua cara, suas expressões demostravam o quão perdido ele estava. Balancei a cabeça negativamente e revirei os olhos, ele se aproximou inclinando o corpo para cima do meu e exclamou próximo de meu ouvido:
- Ser chamada de minha namorada é tão ruim assim? - Ele não conseguia se recompor, ria, mas, no fundo, podia perceber um fundo de seriedade em sua fala.
- Péssimo! Suas fãs vão querer me matar e eu vou perder minha chance com modelos gatos, sabe como é... - Respondi irônicamente o vendo fazer uma careta que logo se transformou num sorriso enquanto ele se aproximava novamente para beijar minha testa. - Só, por favor, peça para sua assessora ou sei lá, fazer uma nota explicando nossa longa amizade. - Pierre concordou e já com as mãos no celular tentava arrumar a bagunça. O puxei pelo braço, levando em direção às minhas belíssimas acompanhantes que estavam interessadas no openbar.
- Senhor Gasly, essa é Olívia Moore, finalmente estão se conhecendo pessoalmente e Emilly, bem, você já conhece esse cara e já o agarrou pela noite. - Disse com desdém a última parte, na finalidade de implicar com os dois, mas Pierre não estava ali, seus olhos brilhavam ao checar de cima a baixo as meninas, por mais de uma vez, me fazendo socar seu ombro. - Se controle, ok? - Não pude conter uma gargalhada, que fez Pierre por um segundo fechar a cara e me olhar, antes de voltar a atenção para as duas em nossa frente.
Pierre falava por horas a fio com as meninas enquanto bebíamos nossos drinks, por cima do ombro do francês, pude perceber um par de olhos verdes familiar, Charles caminhava em nossa direção, com Carlos - seu companheiro de equipe - e Lando a tira colo. Estremeci vendo o monegasco mexer, tentando alinhar, seu cabelo e ele sorriu, não sabia se para minha direção, mas sorriu.
- Charles, meu parceiro! - O piloto da Alpine virou o rosto sentindo as mãos do colega em seu ombro - Estava procurando você. Carlos, Lando! - Os pilotos se reuniram num grande cumprimento que rendia alguns múrmuros e risadas entre eles. Pierre se virou para nós e sorrindo decidiu fazer as apresentações.
- Meninos, essa é... - Dizia Gasly e eu podia ver os lábios de Charles se moverem dizendo meu nome enquanto o amigo apontava o queixo fazendo menção a mim. - Alyssa, minha amiga. Aly é dona de uma empresa de publicidade muito famosa, a P4 e essas são Emilly e Olívia. - Pressionei os lábios contendo um riso ao perceber a ação de Charles, que se aproximou.
Lando e Carlos ainda se apresentavam, mas o piloto da Ferrari fora mais rápido, Charles tocou minhas costas e me levou a frente, apenas alguns passos, me virando para ele.
- Acho que já nos conhecemos, não é mesmo, Aly? - Charles dizia um pouco alto, tentando sobressair sua voz. Meu apelido, com o sotaque francês dito por ele, me causou arrepios. Balancei a cabeça positivamente, sem acreditar.
- Que mundo pequeno, não? - Respondi sentindo os olhos do homem a minha frente pelo meu corpo, voltando aos meus lábios. Inclinei a cabeça e ri segurando seu queixo para que olhasse na altura dos meus olhos, o piloto piscou e riu, sem emitir som, fez um pedindo desculpas, mas não era tudo, ele parecia querer perguntar algo, no entanto, fora interrompido, puxado por Carlos, que nos fez voltar ao grupo, deixando todos reunidos.
