Capítulo - 30

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Lorena Salles



Eu não consigo acreditar, como raptam minha filha desse jeito? Bem diante do meu nariz! Quem em minha vida seria tão doente ao ponto de sequestrar uma criança tão pequena? A troco de que? Não consigo entender, mas agora não é isso que interessa, só quero achar a minha filha.

Chegando na delegacia demos todas as informações que tínhamos e contamos como aconteceu, um grande grupo de policiais saiu em busca da Manoela, nós continuamos aqui, tentando pensar em alguém que possa ter feito isso, algum inimigo, para assim tentar encontrar o responsável por tudo isso.

A única pessoa que me vem a mente é a prima da Giovanna, ela não parece que faria isso, mas nesse mundo não da pra acreditar em nada nem ninguém. E bom, ela estava disposta a me ferrar, por alguma razão ela parece ter ódio de mim, não sei o que fiz a ela afinal eu mal a conheci.

Peço para ficar sozinha na sala com o delegado, não quero que a Giovanna saiba que a Luiza é uma das suspeitas, até porque para isso ela teria que saber porquê eu desconfio dela.

O pior é que não penso em mais ninguém além da Luiza, claro que tem pessoas que não gostam de mim, mas nada nessa proporção. Independente de quem seja e por qual seja a razão eu mesma vou matar, não quero saber de polícia, justiça, nada! Eu mesma irei acabar com todos os envolvidos.

Fomos para casa acompanhadas de alguns policiais, ao que parece eles ficarão conosco para nossa segurança, afinal não sabemos quem é e o que querem então podemos estar correndo risco também, além de que os responsáveis logo devem entrar em contato, seja para pedir dinheiro ou o que for em troca da menina, os policiais estarão aqui para ajudar na negociação.

Assim que chegamos eles vasculharam toda a casa, buscando dispositivos de escuta, câmeras escondidas ou qualquer outro tipo de pista, mas até agora não encontraram nada. Estranho que um grupo de pessoas tenha entrado e saído de uma propriedade privada conhecida por sua segurança tão fácil sem nem ao menos ter estudado o local ou pelo menos a nossa casa.

No início pensamos até que poderiam ter feito isso apenas por dinheiro, mas não, o ataque foi direito, todos nesse condomínio são podres de ricos, muitos famosos e milionários vivem aqui, sem contar que nossa casa fica no centro do condomínio, seria muito mais fácil invadir as primeiras casas ou as últimas e fugir pelos fundos. Não restam dúvidas, quem fez o que fez foi com q intenção de me atingir.

A Giovanna não diz nada mas consigo ver o quanto ela está sofrendo e se segurando para não desabar, com certeza está tentando ser forte por mim. Tomamos banho juntas mas nada além disso, não tem ânimo para nada, nem eu, nem ela, nos vestimos e voltamos para a sala, ficamos sentadas no sofá como o policial ordenou.

Não se passaram nem dez minutos e eu já não aguentava mais de tanta agonia, queria sair, ir atrás da minha filha, não posso ficar aqui sentada como se nada tivesse acontecendo. Eu preciso encontrá-la, preciso dela aqui comigo.

Me levanto decidida a procurar por ela eu mesma, mas sou barrada por um dos policiais.

- Onde a senhora vai?

- Vou encontrar a minha filha.

- Senhora, sabemos que é uma situação delicada e que isso não é fácil, mas para a sua segurança e a dela se faz necessário que a senhora permaneça aqui. Temos um excelente grupo de busco procurando a sua filha, temos fé de que logo irão encontrá-la e trazê-la de volta.

- Mas eu não aguento! Não posso esperar aqui sentada de braços cruzados. - Ele balança a cabeça negativamente quando tento passar de novo, começo a dar socos em seu peito, bato forte mas para ele não surtiu o menor efeito, Giovanna segura em meus pulsos para que eu pare, me puxa para ela e me abraça, não aguento e o choro logo vem. - Eu quero a minha filha, eu só quero a minha filha. - Resmungo em meio ao choro, o abraço dela me acalenta, sinto seu coração batendo acelerado, ela treme, também não segura o choro, continuamos abraçadas por alguns minutos até que o telefone da casa toca.

Uma babá para ManoellaOnde histórias criam vida. Descubra agora