Capítulo - 31

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Giovanna Veríssimo




Os policiais estão conosco em casa, para nossa segurança e para nos orientar caso liguem tentando uma possível negociação, a Lorena está péssima, sua dor é quase palpável, eu não estou diferente, sinto uma dor e angústia enorme dentro do meu peito, faria de tudo para ter minha princesa em meus braços agora.

Tomamos banho e voltamos para a sala, nenhuma de nós aguentava mais, o desejo era de sair correndo por aí até encontrá-la, nem que fosse necessário bater de porta em porta por toda essa cidade. Só estou calma pois não posso deixar a dona Lorena ainda mais tensa, ela precisa que eu seja forte e que me controle para que possa fazer o mesmo.

Já na sala o telefone toca, Lorena o atende e pelo que ouvimos é o infeliz que raptou a Manu.

- Alô. - A dona Lorena diz com o telefone em mãos.- alô? - Coloca a chamada no vivo a voz.

O policial sussurra para ela pedindo que mantenha eles na linha o máximo possível para que eles possam rastrear a ligação.

- Quanto tempo não é mesmo?

- Quem está falando? - Ouvimos uma alta gargalhada

- Não reconhece minha bela voz?

- Diga de uma vez quem está falando!

- Está muito nervosa, não mudou nada mesmo, mas é melhor se acalmar e fazer tudo o que eu mandar se quiser ver sua filhinha novamente.

- Se você encontrar um dedo na minha filha pode apostar que eu mesma me encarrego de te matar seu desgraçado!

- Vai me matar de novo? - Fico confusa, ela aparenta o mesmo.

- Que? Do que está falando?

- Não me conheceu mesmo não é? Bom, acho que minha voz pode estar um pouco diferente então vou te dar uma dica, não precisa se preocupar, não vou fazer nada contra a nossa filha, isso é claro, se você fizer o que eu mando. - Nossa filha? É o pai da Manoella?

- Nossa filha?... Não tem como, você não é ele. - Ela fica pálida na hora, parece não acreditar no que ouve.

- Pode apostar que sim, gostou da surpresa gatinha?

- Mas...mas... você, morreu.

- Isso era o que você queria que tivesse acontecido, mas sinto em te informar meu bem, eu estou vivo, muito vivo.

- Não! - Grita e parece sentir algum tipo de dor, pelo visto a história dos dois não é nada boa.

- Bom, se não estou vivo, o que eu vou fazer agora não deve machucá-la.

- NÃO NÃO, ESTÁ BEM, EU ACREDITO! - Fala desesperadamente. - Por favor não faça nada a ela, por favor. - Suplica em prantos, fico ainda mais nervosa de pensar no perigo que a Manu está correndo, e o pior, que talvez seja o próprio pai dela, minha pequena não merece isso.

- Dessa vez vou deixar passar, esta vendo como sou bonzinho?... Mas na próxima não terei benevolência, você vai fazer tudo o que eu te disser, você entendeu?

- Entendido, me diz, o que você quer? Dinheiro? É isso? - Ele gargalha.

- Dinheiro Lorena? Faça-me um favor. Você sabe muito bem o que eu quero, você vai me pagar sim, por tudo, mas não será em dinheiro.

- Eu não te fiz nada, nunca te fiz nada! Muito pelo contrário, você quem acabou com tudo o que tínhamos, nossa amizade, respeito, carinho, tudo isso morreu naquela noite.

Uma babá para ManoellaOnde histórias criam vida. Descubra agora