Boa leitura e
Feliz Natal.
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Desisto de tentar dormir e caminho até a porta, o filhote que estava afundado nas cobertas, levanta a cabeça com a movimentação, vendo que não há nada de errado mergulha a cabeça de volta no travesseiro.
Fecho a porta delicadamente e desço para cozinha. Amarro com mais força o robe preto em volta do meu corpo, sentindo um pouco de frio.
Após buscar um pouco de água subo novamente para meus aposentos, encosto a porta e me sento na poltrona perto da varanda, observando o lindo céu estrelado, cada estrela pulsando na imensidão azul, semelhantes a vários diamantes. Deslumbrada pela vista e com os pensamentos que insistem em continuar em minha mente, não percebo quem acabou de entrar no quarto, até o ver.
Lucien entra no meu campo de visão, e foi como se o tempo tivesse congelado, o sonho já esquecido. Meus olhos encontram imediatamente com os seus, seu rosto parecendo ainda mais bonito de quando partiu, mesmo estando um pouco desarrumado e os cabelos embaraçados, suas roupas sujas de terra. Nossos olhos fixos, presos um no outro, minhas pernas tremem levemente com a vontade de pular e o abraçar, reprimo isso não sabendo se ele se sentirá confortável ou a vontade. Ele ergue a sombrancelha ruiva de forma perceptível, parecendo perceber o debate que se passa em minha cabeça. O macho limpa a garganta, se reorintendo, ainda parado, alguns centímetros nos separa, quando ele diminuí esse espaço entre nós e caminha até mim. Sinto seu perfume pela curta distância, algo amadeirado, ele enrosca seu braço direito na minha cintura e me puxa para seu peito, realizando o que era de minha vontade, rodeio meus braços na sua cintura, minha bochecha em seu peitoral.
- Achei que só chegassem pela manhã. - O relógio no móvel do lado da cama informa que são três e quarenta e cinco, o céu não tão escuro, mas também sem a claridade da manhã, o sol parecendo que ainda vai demorar para nos agraciar com sua presença.
Lucien inspira em meus cabelos, seu nariz encostado nos fios dourados.
- Nós quisemos chegar o mais rápido. Chegamos tem pouco tempo na verdade. - Franzo a testa.
- Por que? - Minha voz sai abafada.
- Tenta você dormir no chão com uma pedra como travesseiro, e ao relento, exposto. - Diz debochado. Faço uma careta me imaginando em seu lugar.
- Tá, você tem um ponto. - Murmuro. Sinto-o soprar uma baixa risada, talvez pressentindo a expressão desgostosa de que fiz. - Algum problema? - Imagino ter sentido ele erijer a postura, prendendo por um segundo a respiração, seus músculos tensos.
Lucien podia desconversar, mentir, fugir ou simplesmente não contar e dizer que isso não é da minha conta e que não diz respeito a mim. Mas por algum motivo, ele não faz isso.
- Ficamos sabendo por um dos homens de Grayson, que uns acontecimentos estranhos estavam ocorrendo perto da fronteira. Moradores que habitam mais próximo da fronteira relataram que pessoas estão sumindo, não sabem como, prejumo que aconteça na calada da noite, quando todos estão em suas casas e as ruas vazias. Jurian e eu fomos apurar mais sobre a situação, mas não encontramos nada. - A boca do ruivo torce para o lado e seu olho de metal se estreita. Noto um tom de ressentimento quando ele diz esse nome. Sei que ele não está me contando tudo, deixando uma parte importante de fora. Por qual motivo eu desconheço.
Não desgrudo dele, aproveitando o momento, e ele também não faz nenhum movimento para nós distanciarmos. Começo a subir e descer meus dedos pela suas costas, acariciando-o, sinto seu coração acelerar a medida que a sensação lhe envia arrepios pela espinha. Desgrudo meu rosto de seu peito e olho para seus olhos, o rosto que normalmente é como um livro aberto para mim se encontra indecifrável.
É difícil saber o que se passa em sua cabeça nesse momento, reparei que tem momentos em que o ruivo se fecha, não deixando que ninguém saiba o que acontece em seu interior ainda muito machucado.
Seus olhos cintilam para os meus lábios, nossos rostos tão próximos fazendo com que nossas respirações se misturem.
✨🌙✨
Endireito meu rosto no travesseiro, tentando voltar para o mundo dos sonhos, quando noto que meu travesseiro é muito mais duro e quente do que o normal. Abro os olhos estranhando e movo meu rosto ligeiramente para trás sentindo uma respiração bater em meu rosto. Pisco várias vezes para ajustar minha visão, vendo o rosto bonito e tranquilo de Lucien adormecido. Rosto que parece ter sido esculpido por um grande artista, acho que até alguns pintores teriam dificuldades para transmitir toda a beleza do macho. Diferente de quando está acordado, com suas feições muitas vezes tristes ou repletas de angústias, agora, dormindo, seu semblante está relaxado, pacífico.
Mais acordada lembro de termos ficado conversando sobre coisas sem importâncias, sentados na cama, não lembro em que momento dormi, mas perto de adormecer lembro dele acariando meus fios, me deixando ainda mais sonolenta. Não me lembro de nada depois disso, mas sei, que enquanto ele estava fazendo um carinho na minha cabeça, ele vestia sua camisa, mas agora não se encontra com ela. Em algum momento o ruivo se livrou de sua blusa, deixando seu peito, braços e abdômen à mostra. E nós acabamos agarrados durante a noite, dormi com minha cabeça em seu peito e os braços dele repousam em minha cintura.
Desvio meus olhos de seu rosto, tendo ficado tempo demais admirando seus traços e por último seus lábios macios, com vontade de senti-los novamente nos meus. Disperso esses pensamentos e tento escapar de seu agarre sem o acordar, me movo, tirando seu braço com o máximo de cuidado de mim, reprimo um suspiro quando consigo. Levanto meu corpo, engatinhando para trás enquanto olho para seu rosto, até que, não vendo onde colocava minha mão conforme saia, encosto numa parte de seu corpo coberta pela calça, abaixo de seu abdômen e próximo do quadril. Apalpo tentando sentir o que é, até que minha mente, ainda nublada pelo sono, se dá contar do que é quando ouço um gemido rouco sair da boca de Lucien.
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* Espero que tenham gostado do capítulo.
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Depois de você
RandomDepois da perda de sua Grã-senhora, Rhysand perdeu a vontade de viver. Todos os dias são vazios, não há felicidade, ele não mais vive, apenas sobrevive. Tentou acabar com a dor, mas não é o que Feyre iria querer, ela estaria totalmente decepcionada...