Depois de criarmos o maior campo de guerra na cozinha e ter quase a alagado, Layla chegou e apesar de se encontrar na meia idade e os cabelos serem de um castanho escuro, eles ficaram quase brancos e completamente em pé pelo estado em que a cozinha estava. Após isso, Lucien e eu arrumamos a cozinha, e Layla tirou o restante do dia de folga.
Estou sentada na poltrona da sala perto da lareira, lendo, o filhote deitado no tapete perto dos meus pés. Estou numa parte do livro que, digamos que é...Excitante? O homen está descendo o rosto até a intimidade da mulher lentamente, dando leves beijos pela barriga, descendo, descendo e descendo, a cada beijo é uma arfada, o calor a consumindo por inteira, ansiando para que ele pare com a tortura e chegue logo naquela área. Ele está quase passando a língua, quando o livro é subitamente arrancado de minhas mãos, parando nas de Lucien.
- Ei! - Levanto tentando pegar de volta, mas com altura dele é impossível. - Me devolve, se não reparou eu estou lendo. - Dou pulinhos tentando alcançar o livro que está no alto, graças ao seu braço esticado em cima da cabeça, o homen consegue se desvencilhar de mim e serpenteia pela sala, com, o, livro, aberto!
- Loirinha, não sabia que gostava dessas coisas. Isso aqui é putaria de qualidade em. - Diz sorrindo maliciosamente, sinto meu rosto pegando fogo, tento tirar de novo o livro dele, mas ele desvia e continua lendo. - Como consegue ler isso em público? E ainda nem demostrar? Porque ler um texto como este tão detalhado e que faz sua mente viajar, é impossível não ficar excitada. - Sinto vontade de tirar o sorrisinho cretino de seu rosto, e depois abrir um buraco e me enfiar nele.
- Por que? Você está? - Desisto de tentar recuperar o livro e tento outra coisa. - Lucien levanta as duas sombrancelhas ruivas quase que de maneira despercebida e uma sombra de um sorriso paira em seus lábios, surpreso. Me aproximo, não deixando muito espaço entre nós, levanto o queixo olhando em seu rosto e ele abaixa o seu por conta da diferença de altura. - Vai dizer que não ficou curioso ou, não sei... - Levanto os ombros e estampo uma expressão pensativa em minha face. - Com vontade de recriar as cenas? - Faço trilhas invisíveis com à ponta do meu dedo em seu peito, nossos rostos quase colados, seu hálito de gengibre e mel por causa do chá que tomou, batendo em meu rosto. Não sei da onde surgiu essa coragem, e nem estou me reconhecendo, mas, apesar de ser uma provocação, sinto meu coração acelerado, e um calor em todo o meu corpo. Molho meus lábios com a língua os sentindo ressecados, seus olhos acompanham a ação, intercalando da minha boca para meus olhos em silêncio.
Com minha mão direita colada em seu peito como se fosse imã, decaio à esquerda até a sua, que está caída ao lado do corpo, segurando o livro esquecido. Sinto o material de capa grossa e o puxo rapidamente, aproveitando que o aperto do homen estava frouxo. Me distancio dele, sacudindo o livro na mão e sorrindo vitoriosa. Lucien continua parado no lugar, meio desconcertado e não entendendo muito o que acabou de acontecer, sua respiração levemente descompassada, ele pisca lentamente retornando da onde quer que ele tenha ido.
- O que? Deixei o grão feérico metido sem palavras. Eu? Uma simples humana. - Digo divertida, coloco a mão no peito me sentindo lisonjeada. - Ou a raposa comeu sua língua? - Tiro sarro dele. Ele olha para mim com tanta intensidade, que ainda me sinto queimar, seus olhos como se tivessem labaredas.
- Como você é engraçada. - Sorrir falsamente, sua voz completamente rouca me deixa arrepiada. Passa perto de mim ao sair, para, antes de sumir no corredor, sua voz chegando até meus ouvidos.
- Ah, loirinha, cuidado com essas leituras, afinal, nós feéricos temos um olfato mais aguçado e eu não quero saber quando você fica exitada. - Me manda uma piscadela e um sorriso cretino aparece em seus lábios.
Pego um objeto pesado que estava em cima da mesa, servindo como peso de papel e lanço em sua direção, mas infelizmente não o acerta, ele some, rindo de minha tentativa fracassada em lhe machucar.
Dou espaço para o pequeno de quatro patas passar pela porta, relaxo os ombros, finalmente em casa. Me jogo no sofá cansada pela caminhada até aqui, depois que Vassa e Jurian chegaram, nós quatro passamos à tarde juntos, conversando se implicando, que eu já sei ser costume entre eles, os dois homens também treinaram enquanto eu e a ruiva cuidamos da horta, mesmo eu querendo treinar com eles, sempre quis que alguém me ensinasse a lutar, não só para quebrar a cara de alguns babacas, mas, pela luta em si, acho ela linda, para mim é como se fosse uma arte, alguns gostam de música, teatro, pintura, outros têm paixão pela caça, jardinagem, arquitetura, eu tenho como uma de minhas paixões a luta. Uma boa luta, alguém que realmente sabe aplicar os golpes. Para mim é como se eles dançassem, os movimentos, a agilidade e precisão, é incrível, e confio que algum dia saberei.Olho para porta quando escudo um barulho na fechadura, ela é aberta e minha mãe surge pela escuridão da noite.
- Oi meu amor, achei que só viesse amanhã. - Larga a bolsa na poltrona e senta do meu lado, beija minha bochecha. Deito minha cabeça no seu ombro.
- Eu até iria, mas resolvi vir hoje mesmo. - Meio que fiquei envergonhada pelo clima que ficou entre mim e Lucien na sala, não soube direito o que fazer depois daquilo, sei lá, ele me faz sentir coisas que eu não sei, é confuso, me sinto nervosa quando estou perto dele, e tenho muita vontade de sentir a testura de seus lábios contra os meus. Minha mente diz uma coisa e meu coração diz outra, meu cérebro fala para não levar isso adiante, com medo de me machucar, e o meu coração só quer sentir mais desse sentimento. Mas o fato dele ter uma parceira, me influência muito, não quero entrar nessa confusão, é por isso que sempre fugi de relacionamentos, pelo fato de que eu sei que no final, eu vou acabar me machucando.
* Oie, como estão ?
* Acho que não estou sabendo acertar muito na personalidade do Lucien, isso meio que me trava, isso e a internet que deu ruim aqui em casa e não consegui postar antes.
* Gostaria de saber a opinião de vocês sobre o Lucien da fic, vou considerar a falta de comentários como algo positivo, bjs💜💜💜
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Depois de você
RandomDepois da perda de sua Grã-senhora, Rhysand perdeu a vontade de viver. Todos os dias são vazios, não há felicidade, ele não mais vive, apenas sobrevive. Tentou acabar com a dor, mas não é o que Feyre iria querer, ela estaria totalmente decepcionada...