Capítulo 38

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  Por um tempo o único som presente foi minha respiração descompassada, até o macho resolver quebra-lo. Estamos deitados em sua cama, nus das roupas, medos e, por um instante, das inseguranças. Minha cabeça repousa sobre seu peito musculoso sentindo seus batimentos, enquanto ele desenha linhas invisíveis nas minhas costas com a ponta dos dedos. Depois do que fizemos voltamos para a casa logo em seguida, Lucien foi perfeito, amoroso, delicado e paciente. Me respeitando em cada segundo, e depois da delicadeza do início, foi mais bruto, mas nunca me machucando, pôs força na medida certa, mostrando todo o fogo que carrega em suas veias.

- Como ficamos agora? - Sussurro, sem olhar em seus olhos. Não sabendo ao certo o que esperar.

- Juntos, estamos Juntos.

  Me ajeito em seus braços olhando em seu rosto, os traços faciais do macho especialmente distintos, parece ter sido esculpido por mãos divinas, sua mandíbula esculpida com perfeição, seu nariz reto e delicado, seus lábios carnudos perfeitamente simétricos. Tudo isso resultando numa perfeita combinação harmônica de beleza clássica com um toque de mistério. A beleza de Lucien exala uma aura hipnótica que atrai todos os olhares, não importa onde estiver, ele é uma obra prima ambulante.

  Lucien desce seus olhos pelo meu corpo, capturando cada marca avermelhada que está espalhada pelo meu corpo, parecendo não gostar muito, pelo semblante em seu rosto.

- Eu te machuquei? - Pergunta com o cenho franzido. Nego rapidamente com a cabeça, ele não parece acreditar muito nisso.

- Ei, você não me machucou, tá tudo bem. - - Pego seu rosto entre meus dedos, falando com total convicção, transparecendo certeza para ele. Ele relaxe sob meus dedos, analisando novamente as marcas vermelhas no meu corpo feitas por ele.

- Você fica toda vermelha quando te aperto. - Como se para confirmar, ele aperta seus dedos na minha cintura, fortemente. - Agora, eu não sei o contrário, mas levando em conta o quanto gritou por mim, acho que desejamos as mesmas coisas.

- Cretino. - Silibo, batendo em seu peito. - Não pense que comigo é diferente. Eu imaginei saber como me tocaria, se seria carinhoso ou bruto comigo, e eu estava torcendo para que não fosse muito cuidadoso comigo, porque o que eu queria era conhecer seus braços. Queria conhecer seus lábios. - Deslizo meu polegar pelo seu lábio. - E saber se poderiam me deixar viciada.

- E você já tem uma resposta? - Sinto a umidade de sua língua no meu dedo.

- Não sei, acho que vou ter que experimentar mais algumas vezes. - Aproximo meu rosto do seu, deixando nossos lábios perigosamente próximos. Lucien abre um sorriso malicioso antes de juntarmos nossos lábios, nos perdendo um no outro novamente.

  Juntos, estamos juntos. Ele não precisa dizer as palavras em voz alta para que eu possa entender.

  Ele está comigo, assim como eu estou com ele para o que der e vier, e ninguém iria para lugar nenhum.

  Não sei ao certo o que é o amor, e nem o que nós dois somos, mas também sei que não preciso me preocupar com isso, pelo menos não por hora.

  Mas sei que o que estou sentindo é além do que apenas desejo, não é apenas prazer, é mais. Não somos mais somente amigos, não é só um sexo prazeroso, não é casualidade, meus sentimentos podem estar desabrochando como a flor mais rara do jardim, e com isso, temo poder estar apaixonada pelo ruivo.

✨🌙✨

Celene dorme com as pernas enroscadas às suas, ressonando como uma criança. Nua. Despida de suas armaduras, suas feições tranquilas, linda, absurdamente linda. Ele observa a visão que descobriu ser a sua preferida, os dois enroscados como um só, com ela deitada confortavelmente em seus braços, a cabeça depositada em seu peito.

  Lucien não sabe ao certo como se sentir, tivera muitas perdas ao longo de sua miserável existência, como diria seu pai, se é que ele possa ser chamado por isso. Não está totalmente confortável em ter mais pessoas para se preocupar, em ter mais relações ao qual proteger. Afinal, quem ele conseguiu proteger? Jasminda? Decerto que não, sua mãe? Deixou com que ela sofresse uma vida repleta de abusos nas mãos de Beron, Feyre? O que ele fez para ajudá-las? Ficou sentado, parado, enquanto a vida delas ruia junto com o seu coração. Tudo o que ele tem de bom na vida é arrancado dele sem ele nem conseguir defender.

  Pode estar sendo egoísta mas... Olhando para a mulher deitada em seu peito, pensa que talvez, só talvez, isso possa da certo. Ele vai fazer com que dê certo. Ainda não está disposto a abrir mão da chance de felicidade que pode vir a ter com a loira.

  Cuidadosamente desvencilia-se do corpo dormemente dela, gostaria de ficar, aproveitar mais do corpo colado ao dele, do seu calor, no entanto tem coisas para tratar na primaveril, sondar para descobrir se o que está acontecendo nas terras humanas, também está ocorrendo em Prynthian.

  Prontamente vestido desliza o papel no pequeno cômodo ao lado da cama. Com todo cuidado que seu corpo permite, planta um beijo no topo da cabeça da mulher, inspirando seu adorável aroma no processo, enquanto que implora para mãe que dessa vez tudo se resolva no fim e não a perca como perdeu as outras, como possui o terrível hábito de perder tudo que importa para ele.

✨🌙✨

- Você não está conseguindo manter mais do que três minutos, com a atenção em outro lugar ou melhor, em alguém? - Jurian que está com sua poze de treinador insuportável, abre um sorriso viperino com a alfinetada certeira. Sim, de fato estava com a cabeça num certo macho, as cenas da noite que compartilhamos, ainda frescas em minha memória. Achei que ele ainda estaria junto a mim quando despertasse, mas ele já tinha ido quando acordei. Encontrei seu bilhete onde dizia que ficaria fora durante uma semana na primaveril, entre outras coisas que estavam escritas na carta, que fizerem meu rosto corar. E não perdendo a oportunidade, é óbvio que Jurian viria a me provocar.

- E quanto tempo você consegue, oh poderoso e estupendo general? - Pergunto depois de desabar, não conseguindo ficar nem quatro minutos. Detesto esse exercício, ainda mais quando não estou concentrada o suficiente para fazê-lo.

- Eu sabia que você não tinha músculos. - Jurian observa à medida em que estou deitada no chão de barriga para baixo, depois de ter quase beijado o chão ao tentar manter uma prancha. - Mais isso é de dar dó.

- Não é sua função como professor me motivar ao invés de me detonar? - Falo zombeteira.

- Como disse, sou uma espécie de professor e não conselheiro ou algo dessa natureza. - Gesticula, indiferente. - Anda levanta, ainda não terminamos.

  Bufo desgostosa, acreditando que foi uma péssima ideia tê-lo como meu instrutor, ainda dá tempo de mudar minha escolha?




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* Próximo capítulo no mais tardar sábado.

( Não consegui pôr o Rhys nesse senão o capítulo ficaria enorme, sendo assim ele estará no próximo, sem falta).

*Bjs💜💜💜

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