Capítulo 9 - Ignorando.

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Roma - Itália 4 de setembro de 2023...

Ates Roveretta...

O tempo se passou e agonia se instalou no meu peito. Fazia semanas que não tivera notícias de Noah. A última vez que a vi foi na cafeteria no nosso primeiro encontro, depois disso a mulher sumiu.

Já liguei várias vezes para a casa dos Savoia, mas sempre quem atende é Martina, e ela diz que Noah, não está em casa.

Já achei estranho, ela não trabalha, até onde sei não estuda, o que essa mulher estaria fazendo tanto tempo na rua? A não ser que esteja com alguém.

A porta do meu escritório foi aberta, e por ela passou meu irmão Ares.

- Estou vendo a fumaça sair pelos seus ouvidos!

Olhei para meu irmão como se fosse um bicho enjaulado e ele levantou as mãos em rendimento.

- Se está tão ansioso para saber dela, porquê não pede a vovó para checar se está tudo bem?

- Nossa avó deixou Noah, aos meus cuidados, ela exigiu que nos conhecêssemos antes do casamento, não posso pedir que ela fique vigiando a minha noiva, não principalmente quando esse era o meu trabalho!

- Sua noiva é bonita, mas é estranha!

Coço o meu queixo e ponderou na cadeira.

- Bota estranha nisso!

- Você não fez nada para deixá-la com raiva?

Franzo as sobrancelhas pensando em algo que possa ter chateado a mesma, mas nada vem a minha cabeça.

- Não nada... A não ser?

Não, ela não deve ter escutado.

- A não ser o quê?

- Atlas, me ligou no dia que ela é eu nos encontramos, eu acabei falando coisas, mas ela não deve ter escutado, o banheiro feminino ficava do outro lado!

- Nunca se sabe né!_Ares, senta e me encara. - De qualquer modo vamos saber no aniversário de Marco!

- Como assim?_O olho confuso.

- Não ficou sabendo?

Nego.

- Vovó vai fazer um jantar para felicitar o nosso primo, e convidou a família Savoia!

- Vovó não me contou nada desse jantar!

- Isso é estranho, vovó sempre faz questão quando o assunto é incomodar os netos!

Olho suspeitamente para Ares, e começo a concordar com ele.

Vovó jamais faria isso, principalmente quando o meu casamento está tão perto.

...

Sete de setembro, e estou a caminho da mansão Roveretta.

Achei que minha avó me contataria para o aniversário de meu primo, mas ela não o fez, sso não gerou dúvidas. Minha avó estava aprontando, mas ela não queria que eu soubesse o que era.

Cheguei na mansão e logo fui recebido por Cairus, o secretário de minha avó.

Ele tem a idade do meu pai, e o respeito muito por trabalhar para a minha avó desde que eu era pequeno.

- Cairus, onde minha avó está?

Cairus, me olhou receoso e nada disse.

- Cairus, o que a dona Lagona, está aprontando?

Cairus, engoliu a seco e baixou a cabeça.

- Senhor eu... A senhora Lagona, está no jardim!

Franzi o cenho, já estranhando a ocasião. Ela nunca se sentava sozinha no jardim.

- Quem está com ela?

Cairus, ficou apreensivo, e falou...

- Com seus primos e irmãos, senhor!

Todos estão aqui?

- Tudo bem, pode ir, irei lá!

Fui até o jardim, sentindo o meu pescoço coçar de raiva.

Todos estavam aqui, menos eu. O que eles sabem que eu não?

Detesto ficar no escuro.

Assim que adentrei o jardim, pude ouvir as gargalhadas histéricas de Atlas e Franco. O que me deixou mais bravo ainda.

Assim que Franco, me viu parado olhando para eles, o sorriso do mesmo morreu, fazendo todos me olharem.

Todos se viraram para me encarar, mesmo vovó que tomava seu chá tranquilamente como se eu nem existisse.

- Posso saber o porquê da reunião em família que nem me contaram?

Todos olharam para vovó atrás de resposta, menos Franco, que parecia saber de tudo.

Não estou gostando nada dessa atitude de Franco.

Vovó, pousou a xícara na mese, se levantou da mesma e saiu me ignorando completamente.

"O QUE ESSA VELHA TEM?"

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Livro I

O Casamento Do Herdeiro{Legados Livro I}Onde histórias criam vida. Descubra agora