Capítulo 38 - Da boca para fora.

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Ates Roveretta...

Noah, estava sentada na grama do nosso jardim, lendo um livro, ela parecia tão dispeça e tão distante, até parecia que ela queria mascarar a verdadeira Noah.

Fazia uma semana que havíamos nos mudado, com isso fazia uma semana que ela acidentalmente disse que me ama. E eu não disse o mesmo.

Sim,eu não disse nada, fiquei parado igual um idiota enquanto ela tentava disfarçar o que havia acabado de dizer, mas o pior nem foi isso, o pior foi eu mudar de assunto como se não tivesse escutado nada.

O eu te amo, podia ter saído da boca para fora, mas sei que Noah, ficou chateada por eu não ter dito o mesmo. Mas na real, não sei se posso dizer o mesmo quando eu nem ao menos sei se a amo.

Noah, entrou na minha vida de uma maneira tão inesperada, que até um suspiro dela me deixa igual um idiota, por outro lado eu me acostumei com a presença dela.

Me acostumei com sua risada alta quando via televisão e comia pipoca no sofá.

Acostumei a ver suas bochechas coradas quando ela sentia vergonha de algo.

Até me acostumei com os surtos de silêncio quando ela está com raiva.

Odeio, quando ela fica de roupa curta pela casa, sendo que tem seguranças por toda parte.

E também odeio o tédio dela, porquê isso implica de ela ir até a academia fazer aquele maldito pole dance na frente dos seguranças. E também odeio quando ela finge que eu não existo.

Como agora...

Eu estava encostado numa das árvores do jardim, fingia brincar com o cão de guarda dos seguranças, mas na real, eu estava observando Noah, lendo.

Ela sabia que eu estava aqui, sentia a minha presença. E como sei disso.

Ela suspira incomodada e não consegue se concentrar na sua leitura.

- O que você quer, Ates?_Ela chama o meu nome e eu Ergo a sobrancelha surpreso.

Finalmente fazia dias que ela não se dirigia a mim.

- Quero conversar!_Dispenso o cachorro e caminho até Noah.

Me sento na grama, e seu olhar raivoso pousa em mim.

Por que essas três palavras são tão importantes?

- O que você quer conversar?_Ela pergunta ainda sendo grosseira e eu suspiro exasperado.

- Noah, não gosto desse clima entre nós, sei que está chateada por eu não ter dito que também amo você, mas você não pode me impor a sentir amor por você!

Noah, me parece incrédula pelo que acabei de falar e ela dá um riso amargo.

- Tem razão, não posso impor você a me amar, e quer saber isso nem foi importante, saiu da boca para fora, só disse porquê estava empolgada!

Empolgada?

Ela disse que me ama porquê estava empolgada?

Por que estou me sentindo com raiva por estar ouvindo isso da boca dela?

- Então é isso?_Pergunto sentindo meu coração bater estranho.

- É nada mais!

Abaixo o olhar, por não querer encarar Noah, mas sinto que ela ainda me olha.

- Ates, combinamos que íamos nos dar bem nesse casamento, vamos fazer isso ok, vamos ser amigos, parceiros do crime, sei lá, mas não vamos nos encanar com isso, tá?

Olho nos olhos de Noah, com indecisão. Se ela quer ser minha amiga, então acabou o sexo?

- E o sexo?

Noah, me encara como se eu fosse um bicho estranho, mas eu apenas estava pensando nas minhas necessidades.

Além disso, eu quero ter filhos, a família Roveretta tem que ter herdeiros, nós dois sendo amigos ou não.

Não menti quando disse que queria ter uma garotinha loura correndo pela casa, mas isso não tem nada a ver com o que sinto por Noah.

- Ates, não sei se é uma boa ideia!_Noah, suspira cansada e coloca seu livro ao seu lado. - É melhor parar se não quiser confundir as coisas!

Franzo a sobrancelha e sinto raiva pelas palavras de Noah.

Parar?

"Tudo bem Noah, você quer parar não é?"

- Tudo bem, se você não quiser não irei forçar!_Me levanto da grama e tiro os matos da minha calça.

- Obrigada por entender!

- Sim, espero que você entenda as minhas idas ao bordel de Roma, só avisando caso eu chegue tarde essa noite!_Digo cínico e quando menos esperei, Noah, se levantou bruscamente.

- Bordel?

- É Noah, bordel é um lugar que homens como eu vão para satisfazer suas necessidades, você me entende não é!

- Necessidades?_Pergunta indignada.

Podia sentir a fagulha de raiva no rosto corado de Noah.

Ela estava puta, isso significava que eu consegui o que queria, agora é só esperar.

Saio da presença de Noah, sem ao menos esperar para ela dizer alguma coisa e vou para o nosso quarto.

Tiro o cinta e logo em seguida a calça e vou tirando os botões da blusa.

Quando estou na metade dos botões a porta abre e é fechada bruscamente.

Olho para Noah, e parece que eu via a fumaça saindo pelas suas narinas.

- Você não vai para bordel nenhum!

Noah, avança em cimad e mim, agarra o meu pescoço e junta nossas bocas com pressa.

Minhas mãos vão de encontro com a sua bunda e espalmam com força, fazendo ela cruzar as pernas ao meu redor...

Legados.

Livro I





O Casamento Do Herdeiro{Legados Livro I}Onde histórias criam vida. Descubra agora