Capítulo 24 - Condição.

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Noah Savoia...

Ates, deu um murro na porta e o medo me fez prender a respiração por alguns segundos.

Ele estava transtornado. Se um dia eu imaginei que ele nunca pudesse ficar desse jeito, eu estava muito enganada.

- Dou um minuto para você me explicar o que aconteceu aqui!_Ates, rosnou palavras baixas, mas ainda sim ameaçadoras.

Fechei os olhos ao sentir a respiração pesada de Ates, bater no meu rosto, e então engoli a seco, criando coragem abri os olhos e o olhei fixamente.

- Eu...eu não fiz nada!_Mesmo tentando controlar as lágrimas, elas desceram em descontrole.

- ENTÃO PORQUÊ ESTÁ CHORANDO? PARA DE CHORAR, PORRA!_Solucei e comecei a chorar descontroladamente e senti Ates, segurar os meus braços com força e encara os meus olhos com fúria.

- Se você não tivesse culpa não estaria chorando assim!

Abaixei a cabeça e tirei a mão de Ates, do meu braço para depois empurrá-lo para longe de mim.

- Como você quer que eu não chore? Você entrou aqui pegou tudo pela metade, bateu no seu primo e agora está me colocando contra a parede, e além de tudo isso está agindo feito um animal selvagem!

Ates, passou a mão nos cabelos perfeitamente alinhados e só agora posso ver o quanto ele está arrumado.

Trajando um terno branco feito sobe medida, os cabelos penteados, a barba bem arrumada e exalava um cheiro másculo.

- Você queria o quê? Eu entrei aqui e vi ele em cima de você, beijando a sua...não gosto nem de lembrar porquê isso me dá vontade de matá-lo!

Dei um riso debochado e Ates, me encarou incrédulo.

- E você pode culpá-lo? Você inventou esse casamento ridículo, quando você mesmo não queria ele, e para piorar tudo me iludiu com uma falsa amizade!

- Falsa amizade, de onde você tirou isso? Eu sempre fui muito verdadeiro com tudo em relação a você!_Ele fala alto e se aproxima de mim.

- Então porquê não me ligou nessas semanas que passei longe?_Pergunto com recentimento e vejo Ates, recuar em silêncio. - Viu, nem mesmo você sabe o que dizer, no final essa raiva toda só é o seu ego falando mais alto!

- É, mas isso não dá motivos para você beijar o Franco!

- EU NÃO BEIJEI O FRANCO!_Grito com clareza e Ates, me encara recentido. - Ele me beijou, e mas eu não deixei, ele só encostou os lábios e...

- Chega Noah, não quero ouvir!

Ele virá de costa para mim e se apoia na penteadeira. Passo a mão no meu braço e não me atrevo a olhar para ele.

- Lembra no estúdio no dia que nós beijamos?_Ele pergunta sem olhar para mim e eu assinto.

- O que tem isso?

- Você disse que tinha um condição para a nossa amizade!

- Sim, eu disse que você não poderia me machucar!

- É, mas no fundo você fez isso comigo!

- Ates, eu já disse mil vezes que não beijei o Franco!

- Isso não importa agora, mas eu já sei qual é a minha condição!

- E qual é a sua condição?

Ates, fica ereto e se vira para mim, para depois segurar o meu rosto entre as mãos e olhar dentro dos meus olhos...

- Quero que você fique longe do Franco, não importa se ele se aproximar, não importa as circunstâncias, não quero vê-lo perto de você, fui claro?

Em vinte e quatro anos, nunca fui capaz de sentir raiva de alguém, nem mesmo do meu padrasto que matou a minha mãe, mas parecia que Ates, trazia o meu lado mais obscuro para ele mesmo.

Eu sentia raiva desse ego ridículo dele.

- Por que está fazendo isso? Para massagear o seu ego?_Pergunto recentida, e Ates ainda estava com as mãos no meu rosto.

Ele abriu um sorriso irônico e colou seu corpo no meu.

- Ego? Não querida, mas sim porquê você é minha e ninguém nesse mundo vai tocar em você além de mim!

Meu olhos pairavam sobre os dele, até que um sorriso lascivo brotou no canto dos seus lábios.

- É isso que você quer não é?_Seu polegar deslizou pelo meus lábios e desceu direto para o meu pescoço até chegar nos meus seis sobre o decote do vestido. - Você quer que eu te toque?

Os olhos de Ates, brilharam quando caíram nos meus seios, então ele se curvou e começou a beijar e deslizar a língua por toda a extensão do meu busto.

A sensação da boca dele na minha pele causava um formigamento no meu corpo e enviava choques sutis a minha intimidade.

Fechei os olhos e dei um suspiro alto, algo que foi incontrolável de se segurar.

Ates, segurou a minha nuca e subiu beijando e sugando o meu pescoço até chegar na minha boca e puxar meu lábios com os dentes.

- Não sabe a tortura que foi essas malditas semanas!_ Deu um selinho nos meus lábios. - Eu não queria ver você sem poder ficar perto!_Outro selinho. - Juro que se isso acontecer outra vez, eu fico louco!_Dessa vez, Ates, mergulhou sua língua na minha boca sem ao menos pedir permissão.

Ele explorou cada canto com voracidade, enquanto roçava seu corpo no meu.

Sua mão entrou no meu cabelo desmanchando o penteado que uma equipe profissional levou horas para fazer, enquanto a outra ficava na minha cintura, responsável por me manter no seu calor.

Diferente do beijo de Franco, eu queria que o beijo de Ates, sugasse até minha alma para ele.

Quando menos percebi eu já havia perdido todos os meus sentidos e estava retribuindo o o beijo de Ates, na mesma fome.

Senti as mãos de Ates, expalmarem na minha bunda, e logo fui erguida no ar e colocada em cima da penteadeira, Ates, levantou todo o meu vestido com dificuldade por conta do volume e se colocou entre as minhas pernas.

Abracei o quadril de Ates, com as pernas e o puxei com pressa para continuar o que ele havia começado.

Ates, esfregava a pélvis na minha intimidade coberta por uma langerie, e ao sentir o meu núcleo arder eu gemi em sofrimento.

- huum!

Ates, parou de beijar a minha boca e voltou a beijar o meu pescoço, deslizando a mão pela minha coxa que tinha uma meia branca.

- Merda porquê tanto pano!

Sorrir ao ver Ates, se enrolar para tirar a minha meia.

- Foda-se, vou rasgar essa porra!

Quando ele disse que iria rasgar a minha meia, parece que um click deu na minha cabeça e eu congelei.

" Meu Deus, o casamento".

A qualquer momento alguém poderia entrar por aquela porta e pegar nós dois nessa situação embaraçosa.

Senti os lábios quente de Ates, no interior da minha coxa, e sem nem mais nem menos eu gemi.

Um gemido alto e satisfatório.

Ates, vendo como reagi continuou subindo até chegar na minha intimidade, enfiei a mão nos seus cabelos que até então estavam perfeitos e puxei empurrado a sua cabeça, de modo inconsciente para a minha intimidade.

Sua língua deslizou pelo tecido fina da calcinha e com o atrito molhado joguei a cabeça para trás revirando os olhos apreciando a sensação boa que ele me causava.

- MAS O QUE DIABOS ESTÁ ACONTECENDO AQUI?

O grito fez eu me assustar e fechar as pernas involuntariamente, esquecendo que Ates, estava com a cabeça no meio delas.

" Estamos ferrados".

Legados
Livro I

O Casamento Do Herdeiro{Legados Livro I}Onde histórias criam vida. Descubra agora