Acima das rochas informes ela dorme,
Abaixo do céu cristalino,
Ao lado das folhas esmeraldas,
Além das vastas campinas douradas.
Sobre a imensidão efervescente,
Da planície de lava inundada,
Morna, arredia, calada
Lançando aos céus a névoa selada.
Como uma colmeia, as veias de fogo fulguram,
Uma tocha reluzente na escuridão sombria,
Ao centro do caos vermelho, ela habita,
Seus olhos castanhos de Aragonita.
Cabelos ternos de jasperita,
As mãos delicadas sobre a rocha pousam,
Guiando os desavisados que no vulcão repousam,
E ao pensamento por ela professam.
Pois, ainda que impetuosa,
Protege os frágeis do fogo líquido,
Erguendo-os ao vento límpido.
Ó ninfa de alma pura,
De coração repleto de ternura.
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Dadiva do céu Eterno - Poemas
PoesiaSe aprofunde comigo dentro do inconsciente, na pele abrasadora dos sentimentos enquanto vislumbro o mundo, nadando nas aguas sorrateiras do amor, da quietude natural e na mitologia ancestral que mudaram a vida dos homens ao decorrer das eras.