Nas vastas colinas insalubres,
Encobertas pela neve perpétua,
Seus passos marcam o chão fofo,
Um pária dos ventos hostis.
O cavaleiro das fontes nevadas,
Inalando as correntes de ar congeladas,
Solvendo a luz branda do sol arredio,
Que lança um fogo frio de sua face cansada.
Amado lampião dos desvanecidos,
Acariciando inutilmente a pele dos filhos,
Amantes de sua chama frondosa,
Incapazes de viver além de sua grande trama.
Percorrendo os vales sombrios,
Caminhando por caminhos entre rios,
Arrastando-se sobre as águas inquietas da dúvida,
Em busca do abraço caloroso da alegria.
Até enfim tomarem o mesmo rumo do cavaleiro,
Ávido e feroz tropeiro,
Avançando pelos caminhos desastrosos,
Incansável, destemido,
Imortal à ação das eras.
E ainda assim frágil ao remoer dos sonhos,
Como qualquer mortal que se preze,
Grandioso e belo,
Feito estátuas de gelo feitas de sua sombra,
Deixadas pelos caminhos trilhados,
Em honra a sua passagem.
A marca perpétua da tempestade.
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Dadiva do céu Eterno - Poemas
PoesíaSe aprofunde comigo dentro do inconsciente, na pele abrasadora dos sentimentos enquanto vislumbro o mundo, nadando nas aguas sorrateiras do amor, da quietude natural e na mitologia ancestral que mudaram a vida dos homens ao decorrer das eras.