Por que mudas, nuvem serena?
Pulsas no céu límpido
Vibras em ondas de rubor
Desfaleces em longos fios de seda
Te enrijeces em plumas de labareda
Te fortaleces em união tempestuosa
Trazendo alento aos privados
Crivando de negro o céu delicado
Suave e pleno em raios amarelos
Tornados no cinza fosco dos castelos
Que tão imóveis permanecem
Enquanto o mundo ao redor enlouquece
Tornas a planar como espuma
Sobre um lago parado de brilho rígido
Espelhando tua face na superfície
Dobrando o deleite da própria tolice
Pois tu és um ser encantado
Uma fina folha no olho do vento
As crinas viçosas do jovem potro
Pulando louco sobre o vale imulado
De Imponentes cascos afilados
Cavalgando contra o horizonte dourado
No fim do dia emaranhado
Lutando à sombra do crepúsculo iridescente
Do encanecido amadurecer do dia vigente.
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Dadiva do céu Eterno - Poemas
PoesíaSe aprofunde comigo dentro do inconsciente, na pele abrasadora dos sentimentos enquanto vislumbro o mundo, nadando nas aguas sorrateiras do amor, da quietude natural e na mitologia ancestral que mudaram a vida dos homens ao decorrer das eras.