Dama da colina

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Oh dama de olhos vítreos, 

Lanças sobre mim as amarras da quietude. 

Sob as águas cristalinas do mar revolto, 

Aguarda o retorno de teu esboço.

O clamor ardente de teus raios oblíquos, 

O fulgor gélido boreal de teu rosto, 

Para enfim consumir-me no glacial, 

Outono em montes alucinantes.

Morros íngremes fulguram gritantes, 

Gravados nas árvores de cores pulsantes, 

Para tomar-me como amante, 

Partilhar uma madeixa vibrante.

Sequer um fio de teus cabelos, 

Pois o clangor de minha alma padece, 

Como uma estrela de fogo, o céu esmaece, 

Levando consigo o horizonte.

Entrepõe sobre mim uma ponte, 

Forjada de bem-querer, 

Erguida a teu bel-prazer, 

A fim de reter uns poucos.

Filtrar um louco de amor por você.

Dadiva do céu Eterno - PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora