Temo as profundezas oceânicas
Não pelo azul cristalino
Incopiável feito o céu imemorial
De ondas feito a brisa gelada
Chocando-se contra as montanhas nevadas
Tornando o mar branco em água cristalina, puraTemo as profundezas oceânicas
Pois sem aviso a calmaria se inverte
Transformando-se na cólera dos marinheiros
Trovejando irrefreáveis com força indescritível
Temperamental pela ação externa da lua
Incitando suas mares inquietas a fervilharemTemo as profundezas oceânicas
Pois abaixo do horizonte de mármore
Calmo feito a morte inevitável
A escuridão hedionda se esconde
A fim de tornar-me numa orbe espremida
Insensível ao saber, sem empatia ou deverTemo as profundezas oceânicas
Pois é o espelho que me reflete
Ao mesmo impeto de minha raiva as ondas emergem
Aos destroços do naufrágio meu passado vagueia
As águas calmas a alegria remete
O involucro sagrado em que deposito meus pensamentos
O consciente amargo que busco esquentarDerreter em nuvens, esperançoso
Para que não seja o granizo que rasga a carne
Expõe o desejo e nubla os olhos
E sim a chuva branda, aterradora
Lavando-me do peso insular
Que herdei da humanidade
A fim de chegar ao fim do dia
E sorrir ao encontro do sol às águas
Solver do doce néctar da conquista.
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Dadiva do céu Eterno - Poemas
PoesíaSe aprofunde comigo dentro do inconsciente, na pele abrasadora dos sentimentos enquanto vislumbro o mundo, nadando nas aguas sorrateiras do amor, da quietude natural e na mitologia ancestral que mudaram a vida dos homens ao decorrer das eras.