Torre infindavel - (Bab)

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Soprando o vento, a noite a findar  

Sobre a areia morna, a esfriar 

Um feixe ofuscante brilha com fulgor 

Uma fissura límpida na imensidão do temor 

A água cálida no deserto retido 

O doce calor quebrando o gelo aturdido 

Uma torre inquieta aquém do descanso eterno

 Sua face branda sorrindo em resplendor 

Guardando um segredo com terno ardor

 Um pingo de luz que quebranta o medo 

Atrás da lâmpada onde floresce o amieiro 

De asas abertas, guardando o ensejo 

Polindo a orbe com quão esmero 

Pois guarda a esperança do vasto castelo 

Sem que a graça serena o deixe falhar 

Pois o brilho antiquado jamais há de faltar 

A generosa luz nunca há de cessar 

Nem ao findar da noite

 Nem ao estalar do açoite 

O sentinela guarnece desvanecido de prece 

De sorriso aberto jamais esmorece 

Até que o céu escureça

 E a lua forneça

 A compensação obtida 

Pela graça retida.

Dadiva do céu Eterno - PoemasOnde histórias criam vida. Descubra agora