Sinfonia natural enrredada
Refúgio caloroso das flores embrenhada
És tu, natureza amada
Manto que cobre o mundo
De àguas serperteando pela terra
Que na floresta, expande e dissolve
Rompe o chão e o molda
Em blocos, paredes e teto
Em caixas de arame e aço
Nas escolas onde predomina o concreto
Mão amiga que o pequeno envolve
Das dores, o peito retira
Acaricia seu coração à perfiria
Da seiva que de ti escorre
Abraça, cura e restaura
Toca, floresce e envolve
Dama dos olhos de pérola
De abraço acolhedor
De pele tênue, brilhante
De voz suave, exuberante
A maciez de seus dedos ligeiros
Como nuvens de algodão
Caricia gentil ao solo febril
Fundindo o físico e o biológico
Numa dança de fogo e gelo
Do amargo torpor enfermo
Ao doce vigor jovial
Pois és como a tesoura contra a videira
Cortando os velhos ramos
Para que os novos floresçam
Emerjam do sono
Se aqueçam com seu calor
Afável dama de mechas rubras
De coração áureo pulsante
E de lábios de mel inquietante.
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Dadiva do céu Eterno - Poemas
PoesíaSe aprofunde comigo dentro do inconsciente, na pele abrasadora dos sentimentos enquanto vislumbro o mundo, nadando nas aguas sorrateiras do amor, da quietude natural e na mitologia ancestral que mudaram a vida dos homens ao decorrer das eras.