23 • Hotel

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"O fato de que não se pode receber prazer sem dar prazer; que cada gesto, cada carícia, cada aspecto, cada parte do corpo esconde em si um segredo, cuja descoberta causará delícia a quem a fizer."

Hermann Hesse

Hermann Hesse

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Esgotado. Essa era a única palavra capaz de definir meu estado atual. Amanda esgotara até as energias que eu desconhecia a existência.

A sujeita me cansou mais do que a minha última festa de aniversário — na qual eu encarei oito dançarinas exóticas e atingi os meus limites ainda no meio da madrugada. Isso era o absurdo dos absurdos. Como ela poderia causar estrago maior do que esse?

Amanda possuía uma reserva de combustível diferenciada. Uma gasolina milagrosa que atiçava meu fogo quando jurava que ele estava prestes a se acabar. Entre nós, havia essa troca, uma espécie de simbiose, na qual dávamos um ao outro o que mais ansiávamos no momento.

Ela era uma potência. E me introduzira ao seu domínio com maestria. Puxara-me pelo colarinho, trouxera-me para perto de si, para cairmos juntos sobre a cama, tirou minhas roupas, arranhou-me no processo de desabotoar minha camisa, trocou nossas posições quando deu na telha; ela me comeu. Como ninguém jamais fizera.

Nunca imaginaria que existia aquilo tudo dentro de uma mulher só.

Talvez ela estivesse amarrada. Só pode. Descontara sua seca brava ou coisa parecida. Tinha terminado um namoro pouco tempo atrás. Fazia sentido vir com tanta sede ao pote. O que não fazia sentido era sua potência como um todo, não somente a afobação (justificável) por falta de sexo crônica.

Uma pergunta não saía da minha cabeça: quem era aquela escandalosa?

Definitivamente não era a vizinha que me incomodou por conta de música alta e um ou outro gritinho acidental.

O gemido dela ultrapassava uns 100 decibéis do valor máximo de ruído que se podia emitir depois das 22 horas. Seria mais negócio colocar o carro do Disk Emoções para anunciar o evento raro. Com berros daquela altura, ela poderia se denunciar, alertar o bairro inteiro sobre as pirocadas que estava levando.

Não que isso fosse uma reclamação. Não que eu precisasse de alguma espécie de reafirmação. Apenas gostei de ouvir a voz dela daquela maneira, prolongando-se em gemidos deliciosos. Isso não era algo corriqueiro no campo da poluição sonora sexual.

Também não era corriqueiro eu me satisfazer com uma só mulher (quando eu podia ter sete). Tratava-se de um evento atípico, especial, incrível e tantos outros adjetivos que nunca conseguirão transmitir a euforia que eu sentia.

Tomei um banho para me refrescar depois de ter apagado no pós-foda e dormido de qualquer jeito, suado como um porco, sobre a cama feita

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Tomei um banho para me refrescar depois de ter apagado no pós-foda e dormido de qualquer jeito, suado como um porco, sobre a cama feita. Nem a água fria deu cabo do calor que eu sentia.

O queimor natural não era caso das altas temperaturas litorâneas. Era caso de Amanda — a maior das criminosas a pisar na face da Terra. Culpada por ser gostosa demais, contava com o agravante de esconder tal fato sob moletons cinzentos e outras tantas peças folgadas.

Tratava-se de uma fora da lei cuja pena deveria ser dobrada, pelos requintes de crueldade ao montar em mim e deixar seus peitos balançarem à frente da minha cara logo quando minhas mãos estavam ocupadas.

Eu fervia de desejo por dentro. Não dava para negar quando o volume nas minhas calças denunciava o descontrole diante da simples recordação daqueles momentos de prazer.

Precisava esfriar a cabeça. Ocupá-la com algo que não fosse determinada gostosona peituda. Talvez em algum bar das primas eu conseguisse o tão almejado sossego. Quem sabe, apagando o fogo, consigo voltar ao meu estado basal, centrado, estável... Uma porra!

Quem garantiria que eu alcançaria a "imunização racional" depois de mais umas brincadas? Quem ousaria me prometer que uma foda qualquer daria conta do meu tesão descomunal?

Eu necessitava, urgentemente, espairecer. Pensar em outros assuntos. Divagar. Deixar minha imaginação me levar a outros lugares que não fossem o meio das pernas dela.

Num ímpeto, decidi ir à praia, tomar um sol, sentir uma quentura diferente e ver no que isso dava. Saí do quarto decidido a manter-me longe dos perigos noturnos. Mas logo a minha força de vontade se abalou.

Avistei-a de soslaio, ainda longe, abrindo a porta de acesso à praia. Lembrei-me de tudo que queria esquecer. As imagens passaram depressa, num só flash, e deixaram um gosto saboroso em minha boca.

Amanda apertando os olhos de prazer, filetes de suor escorrendo entre seus seios, meus dedos afundados em sua bunda, meus braços entrelaçados em suas costas enquanto eu metia aceleradamente, quase entrando em desespero com o dilema entre apostar na rapidez e gozar depressa ou desacelerar para durar mais um pouco e perder a adrenalina do momento.

Amanda quicando e rebolando sobre mim, apoiando-se em meu peito, meus joelhos e ombros, deixando suas marcas por onde passava, transformando meu corpo num testemunho vivo de sua passagem por ele. Seria mesmo possível se esquecer disso?

Até seu cheiro estava impregnado em mim. Banho algum daria conta daquele perfume gostoso de flores com sexo. Nem apagaria o aroma da pomada de suas tranças, gravado em minha mão depois de puxar seu cabelo no calor do momento, impresso por seu grito agudo de loba.

Ela não era boa. Amanda era incrível. Superou até as expectativas que eu não tinha. Drenou minhas forças. Sugou tudo o quanto pôde (e coube na boca).

E, só de lembrar, eu já queria repetir a dose.

Ora, ora, se não estamos vendo alguma coisa acontecer ƪ(˘⌣˘)ʃSó falta uma certa pessoa admitir que quer também rs

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Ora, ora, se não estamos vendo alguma coisa acontecer ƪ(˘⌣˘)ʃ
Só falta uma certa pessoa admitir que quer também rs

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