"Tudo em você me interessa. Eu estou esperando por você, você entende. Eu espero por você o dia todo, não sei como gritar para você ou dizer-lhe."
Albert Camus
Sem me atentar a como ou quando, tornara-me um frequentador (fixo) de seu apartamento. Era o vizinho necessitado. Sempre precisava de açúcar, sal, tempero, boceta, tudo que há de bom. Quando indisposto a sair de casa, sabia muito bem como intimá-la. E ela vinha.
Desta vez, eu fui ao seu encontro. Para variar, em missão de oferta, com um balde de pipoca na mão e a proposta de assistir filmes. Sem maiores interesses, lógico, apenas em nome da relação parcialmente harmoniosa que vínhamos cultivando nos últimos tempos.
Tratando-se de harmonia, nosso santo bateu em um setor que muito me agradou. Sua solicitação de última hora, antes de as roupas caírem, levou-me a uma maleta misteriosa (melhor do que 2 reais) em um canto escuro do guarda-roupas. Senti-me como um pirata desenterrando um tesouro ao finalmente abri-la e revelar o mistério.
A mala com brinquedos sexuais me pegou desprevenido. O parque de diversões revelou-se diante de mim. Parecia que ela havia comprado no atacado ou se tornado sócia de um sex shop, de tanta coisa interessante no baú.
— Faça as honras. Escolha os meus e os seus — pediu ela, com um sorriso travesso.
Nem em um milhão de anos eu teria imaginado a grandessíssima safada que Amanda era. Não era à toa que a lapada dela ficava cada vez mais difícil de esquecer.
Mal me recuperara da última vez em que a mulher me comeu com gosto e viera mais essa para fisgar minha atenção por completo.
Ainda surpreso com toda a situação, rendi-me aos seus desejos. Resisti à tentação de pegar tudo quanto meus braços suportassem. Estava morrendo de vontade de testar a maior quantidade possível.
Quantidade e qualidade, comigo, eram sinônimos. Eu sabia usar as ferramentas concedidas a mim, fossem elas naturais ou artificiais. Aproximei-me dela seguro de mim com esta certeza: seria uma experiência incrível.
Amanda piscou, precipitada, apenas com a proximidade, antes mesmo de eu começar; mordi o lábio inferior, num misto de divertimento e tentação. Avancei em outro sentido, faminto, colocando a boca para trabalhar naquele rabo enquanto colocava a varinha mágica para vibrar sobre sua boceta.
Em nome da diversão e com jeitinho, encaixei nela um plug de rabo de lobo, para que pudesse se juntar a mim, formar uma alcateia de dois, na qual não havia espaço para a solidão do Sigma ou a submissão do Beta. Havia apenas dois lobos Alfa alternando as posições, ora por cima ora por baixo, atracando-se em nome da dominância.
Chegamos ao ponto de competição no qual eu, com um anel, e ela, com um vibrador, nos dispusemos a testar os limites para ver quem gozava por último. Valendo beijos, carícias ou mesmo alternância de ritmo nos controles sem fio que ambos seguravam. Em resumo, qualquer tipo de trapaça era permitido.
Perdi. Perdi com a maior satisfação. Fui o primeiro a ir à lona naquela disputa. Isso não me fizera melhor ou pior, apenas fui agraciado com um daqueles orgasmos avassaladores que, quando a euforia passa, te fazem refletir sobre a existência do homem a nível filosófico.
Amanda, orgulhosa e insaciável, sentou-se no meu colo. Levou-me a apelar para o sugador e ocupá-la de todos os jeitos possíveis, em todos os lugares disponíveis, com beijos afoitos para rendê-la. Seus gemidos, antes interpostos entre os nossos beijos, ganharam força e romperam a união dos lábios.
Aos gritos, Amanda se entregou à gozada mais intensa que eu já havia presenciado na vida. Ofegante, com a pele lustrosa de suor, abraçou-me. Não lhe restaram forças nem para se sustentar.
Afaguei seu cabelo, sorridente, tomei seu queixo em minha mão e ergui sua cabeça para lhe dar um beijo de congratulações. Ela merecia meus parabéns por aguentar tantos estímulos como uma guerreira.
Amanda apertou os olhos e sorriu em resposta. Puxou-me contra o próprio peito, acolhendo-me no melhor abraço que eu já tinha recebido nesses 30 anos de vida. O seu abraço levou-me a sentir o aroma de um incenso que, desta vez, não tinha o propósito de me repelir. Pelo contrário, seu cheiro me dava vontade de afundarem sua pele só para saboreá-lo melhor.
Graças a esse aconchego, nem sequer notei o passar das horas. Apenas percebi o peso do cansaço e adormeci, deitado eternamente no seio esplêndido da minha flâmula.
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Beijos mil! ✨
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Destino MotoCiclista
Romance+18 | Completo | Há quem acredite em providência divina, propósitos ocultos. Igor Asimov não é uma dessas pessoas. Para ele, as certezas alheias não passam de ilusão e a vida é um grande palco de improviso, com algumas coincidências vez ou outra. Ma...