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"Os outros eu conheci por ocioso acaso. A ti vim encontrar porque era preciso."

João Guimarães Rosa

Toda semana, na hora menos esperada, menos oportuna, Igor aparecia com o bendito buquê de flores e as bolinhas explosivas

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Toda semana, na hora menos esperada, menos oportuna, Igor aparecia com o bendito buquê de flores e as bolinhas explosivas. Nesta inoportuna ocasião, ele havia batido à porta do meu escritório com uma orquídea roxa e a maior cara de pau do mundo.

Transar no trabalho? É essa a sua ideia genial? Senti-me tentada a questionar. No entanto, enquanto minha consciência reprovava a ideia, meu tesão se espevitava e crescia em face da inadequação, do proibido.

Igor me virava do avesso. Com ele — por ele —, andava me aventurando nas maiores loucuras. E adorava.

Então dizia "sim", para mim mesma, para ele, aos quatro ventos. Por vezes, gritava para todo mundo ouvir. Noutras, boquejava entre os dedos de suas mãos que calavam meus gemidos mais indiscretos.

Esta vez se encaixava no último caso. Nem em sonho poderíamos fazer alarde.

Após largar o vaso das orquídeas em uma mesa de canto, junto ao meu suporte de incenso, Igor retirou o paletó e o lançou sobre minha cadeira. Logo desfez-se da gravata, atirando-a sobre um canto qualquer.

Munido de um andar sensual, vindo ao meu encontro, e da inclinada de cabeça enquanto desabotoava a própria camisa, o sr. Asimov me atingiu antes mesmo de se aproximar. Seu olhar fatal me rendera, deixou-me aos seus pés. Ajoelhada. Massageando seu pau por cima da roupa apenas para instigá-lo.

Dando-me por satisfeita, afrouxei seu cinto, abri o zíper, abaixei a cueca e parti para o contato pele a pele. Senti-o estremecer ao pegá-lo pela base e continuar o acariciando com destreza.

Subi aos poucos, sem largar dele, e, no meu ponto de chegada, encontrei um Igor contente, de olhos fechados, cuja boca sorridente pedia para ser beijada. Atendi seu desejo com presteza.

Suas mãos se firmaram em minha nuca numa reação imediata ao beijo. Também por reflexo, conduziu-me à mesa, onde me sentei com a ajuda de suas mãos — que aproveitaram o empurrãozinho para apertar minha bunda.

Imitando minha trajetória de toques, pressionou os dedos sobre minha boceta por cima da minha calça, fez-me senti-los na mesma intensidade com a qual me tocou quando ele se livrou das camadas de tecido entre nós. Sem os obstáculos, sua mão teve a liberdade necessária para me ouriçar.

Molhada e relaxada, abri-me em todos os sentidos. Puxei-o pela cintura, trouxe-o ao meu encontro para o encaixe perfeito entre dois corpos que se tornavam um. Dois corpos responsáveis pelo colateral balançar da mesa. Corpos estes que protagonizariam cenas lamentáveis em questão de minutos.

 Corpos estes que protagonizariam cenas lamentáveis em questão de minutos

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