11. Mônica Gaztambide

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Bom e foi nesse momento, enquanto salvávamos a vida da Mônica fazendo uma remoção de bala da perna dela que lembrei de um dos assaltos que fiz...com o Berlín.

Nós estávamos roubando algumas peças de ouro de um museu da Rússia em São Petersburgo...estava tudo indo certo até que um faxineiro apareceu e começou a gritar...nós não esperávamos que era dia de faxina no museu...e foi nesse dia em que Berlín tomou um tiro...no braço.

Nós e a equipe dele continuamos a correr até chegarmos no carro...e foi nesse dia que eu matei a minha primeira pessoas...foi aquele segurança....eu corria de costas e eu mirei certinho na cabeça dele...estava com ódio...ansiedade...e nervosismo, nossos roubos sempre foram perfeitos....naquele não foi diferente, a única ponta solta era o guarda, e eu acabará de matá-lo.

Eu entrei carro e deitei a cabeça de Berlín no meu colo.

- Andres...levanta com cuidado...

Ele se levantou e eu tirei seu blazer com um pouco de cuidado e ajuda dele, assim como a camisa social.

Eu pude ver o sangue jorrando...eu peguei a adaga que eu tinha e cortei um pedaço do tecido da blusa para estancar o ferimento da bala.

-DAMIAN...RÁPIDO.

Damian - estou indo o mais rápido que posso senhorita.

Andres- mi amore...olhe para mim.

Berlín falou se virando e segurando meu rosto.

Andres- eu vou ficar bem.

-ta...

Falei me acalmando, ele me deu um beijo quando eu terminei de amarrar o tecido em seu braço para não sujar nada de sangue.

...

Foi ai que percebi Nairobi me chamar.

Nairobi- PARIS.

-oi...

Denver- não conta pro Berlín por favor Paris...

Ele falou se ajoelhando em minha frente.

- humm...claro...claro.

Nos saímos de lá eu estava indo com Nairobi até a produção.

Nairobi- mas e ai gata...no que tava pensando lá embaixo?

-ah...nada de mais...eu só lembrei de um dia, um dia antes de entrarmos nesse roubo...um ou quatro anos atrás.

Ela me olho com uma cara dizendo "não vai me contar"?

Nairobi- ah vai...me conta o que era.

-era um roubo...um dos meus primeiros...era o 2° ou o 3°...e foi nesse roubo quando o meu namorado da época tomou um tiro no braço, por sorte não aconteceu nada....mas eu entrei em desespero.

Eu vi Berlín entrando em um sala qualquer...nunca vi ele entrar lá mas continuei conversando com Nairobi.

Nairobi-hummm...mas ele ta bem hoje?

-ta...ta meio estranho...eu encontrei ele antes de entrarmos aqui...mas ele ta diferente...parece que parou de acreditar no amor...

Nairobi- ele está certo...o amor é uma das coisas pela qual a gente vive...mas também é o que nos destrói.

Nairobi mudou os número no vidro onde ela anotava as informações e saímos da sala, do lado da nossa sala ouvimos um som de jornal...Rio tinha ligado a TV...onde passava noticias sobre nós, a gente comemorava por estarmos na TV até que os pais do Rio apareceram na TV e toda a animação que havia antes se foi.

A Tokio desliga a TV assim que a entrevista com os pais dele acaba.

Tokio- o professor falou nada de notícias de fora.

Assim como ele falou nada de relacionamento e que não queria uma gota de sangue...mas já havíamos quebrado a maior parte das regras do professor.

Todos saímos e voltamos para nossas funções...e a minha função nesse momento era cuidar do Berlín que nem uma babá de criança.

Eu fui atrás de Berlín, fui para a sala que o vi entrar...mas antes que eu entrasse eu pude ver a Tokio entrar.

Era a sala de frente a da Nairobi então perguntei para ela se sabia o que Tokio queria com Berlín e ela negou...então me sentei encima da mesa que havia na sala para esperar a Tokio sair.

Nairobi- mas e ai...o que tanto você faz com o Berlín.

- to cuidando pra ele não fazer nenhuma merda.

Nairobi- não ta dando muito certo né...

E foi ai que vi a Tokio sair.

Eu fui até a sala e dei 2 batidinhas e entrei. Vi Berlín no telefone e ele mexendo com uma seringa preparando algo.

Eu peguei a seringa da mão dele e ele me deu uma ampola com remédio.

Berlín- eu entendo sua comoção...aquela mulher tinha o celular entre as pernas...

Eu coloquei o remédio na seringa.

Berlín- talvez ela fosse ligar para a prima dela pra dizer que tava de namorico...com o diretor geral...

Eu vi se a agulha estava certa e pedi o braço dele e ele me deu...eu arregacei a manga e procurei uma veia para poder inserir o remédio.

Berlín- mas eu acho que o que ela queria mesmo, era ligar para a polícia...

Ele fez uma pausa quando perfurei a pele dele com a seringa, vendo um pouco do seu sangue subir pela seringa e voltar quando expeli o remédio da seringa.

Berlín- não terão mais celulares...você pode ter certeza.

Eu retirei a seringa e deixei encima da mesa...me sentando encima da mesma mesa esperando ele terminar a conversa com o professor.

Berlín- Mônica Gaztambide....você vai me punir? Tem que fazer isso...eu sei que você é um idealista...que acha que eles vão dar o dinheiro para a gente se pedirmos mas deu armas e explosivos para a gente arrebentar esse prédio...chega de brincadeira...você precisa me punir...porem se você não tiver coragem isso vai acabar mau...disse isso durante muito anos...lembra...não sou eu que tenho um problema, é você...vai ter que me punir porque só assim você vai ver que é o capitão, ver que consegue segurar firme o navio, que é alguém em que se pode confiar....acho que você não quer falar disso agora...por enquanto ninguém la fora sabe dessa morte infeliz...então o plano segue adiante.

Ele desligou o telefone com uma cara de um pouco assustado.

- Berlín o que foi?

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