37. zapelim

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Denver- eu tenho um filho...e eu juro pela minha vida que ele não vai passar pelo mesmo que eu passei, pode perguntar pra ele se ele quer que o pai dele leve um tiro na cara por causa de um imbesil...pergunta.

Foi ai que a Tokio estourou e levantou batendo na mesa.

Tokio- Denver.

Martin que estava presente colocou a mão nas minhas costas, eu me sentei pois sabia que aquilo já não era mais de minha conta.

Tokio- ele ta sendo enfiado em uma banheira com um saco na cabeça se entende isso?

Até que eu ouço um choro de uma das crianças, era Anika, eu me levantei mas Martin também levantou.

Martin- pode deixar que eu vou...essa conversa é entre o seu grupo.

Eu sorri e me sentei de novo.

Denver- olha eu sinto muito mas isso não é meu problema.

Professor- essa cara que você ta vendo agora, é exatamente a mesma cara que o seu pai viu enquanto você estava tentando cavar o túnel...ela não saiu do lado dele nem um segundo, a Tokio tava lá, o Rio cometeu um erro, mas você também cometeu, Denver você arrastou seu pai até o telhado e vocês dois podiam ter morrido, mas o grupo estava lá...Helsinki você levou o carro para o ferro velho mas não o distruiu, e nos demos um jeito, o grupo tava lá...você demorou para parar as máquinas...Nairobi, a polícia entrou, e você só conseguiu escapar pelo túnel por que o Berlín...ele ficou pra trás para segurá-los...ele nós deu os segundos que faltavam, e o grupo tava lá, quem não ta aqui é o Oslo....nem o Moscou.

A Inspetora entrou na sala e foi até o professor.

Tokio- ela é uma de nós.

Professor- eu cometi um erro...eu perdi o controle, mas o grupo tava lá...agora o Rio cometeu um erro, como todos nós, eu não posso pedir que sintam o mesmo que eu mas...eu me sinto responsável se algum filho da puta ta dando descargas eletricas nele pendurado pelos tornozelos...

Nairobi- to dentro.

Helsinki- Nairobi você não vai...por que se você for eu também vou.

Denver- tamo junto denovo.

Eu fui trocar de roupa e ir dormir assim como todos.

Eu entrei no quarto onde estava o Martin e as crianças.

Martin- quando vamos para a Itália...

- acho que amanhã...

Martin- isso é uma loucura...se sabe né?

- Martin...

Martin- sem nomes esqueceu?

- perdão...Pelermo, eu sei esse plano tanto quanto você...é uma loucura, mas é possível.

Palermo- lembra? De quando o Professor chegou na Itália?

- lembro, eu estava com você esperando o Berlín e o Professor virem.

Flashback on.

Andrés e Sérgio chegaram na capela onde tudo estava sendo planejado milimetricamente.

Martin- Sérgio amigo querido do meu coração faz muito tempo né? Vem cá.

Andrés veio até mim me dando um beijo curto.

Sérgio- o que que é isso?

Andrés- lembra daquele velho plano de roubar o ouro do banco da Espanha?

Martin- é uma maravilha, achamos uma maneira de tirar mais de 90 toneladas de ouro la de dentro...vem ver.

Andrés- nós encontramos a solução, e acho que você vai adorar.

Martin- é abro mais magnífica da engenharia civil desde o canal do Panamá, seis tem que ver isso.

Sérgio- pera...pera ai só um momento, eu já falei mais de mil vezes...se pode até pegar o ouro, mas Andrés...não tem ninguém sair vivo do banco da Espanha.

Martin- ah...o que que é, são só detalhes...primeiro o ouro...depois as pessoas não é Andrés.

Andrés- exatamente.

Sérgio- pera ai...como assim? Como assim são só detalhes...

Andrés- vamos pensar nisso mais tarde...irmãozinho não acha que eu to um pouco diferente...tenho que te contar sobre uma mulher...

Ele me chamou com a mão.

Andrés- que maravilha...te apresento Camille.

- É um prazer em conhecê-lo Sérgio.

Andrés- ela não é linda?

Sérgio- é bem...é bem bonita sim.

- muito obrigada.

Martin- essa mulher é uma deusa.

Flashback off.

No outro dia pegamos as mala, nós arrumamos e fomos direto para a Itália, bom, o professor já tinha eu e o Martin, só precisava de mais algumas pessoas...o Marcelia e o Bogotá.

Nós chegamos naquela capela que tinham tantas lembranças, e onde tinha tudo, tudo o que tinhamos calculado durante anos e é claro que tivemos que oucar carteiras para aquele lindo lugar, afinal, do que é um professor sem uma sala de aula?

Professor- bom...muitos de vocês já sabem as regras mas é melhor recordalos...pra começar, não quero nada de relacionamentos pessoais...bom essa regra...continuando eu não quero nada de nomes e nem de apelidos.

Nairobi- professor...vamo logo vai...como a gente vai entrar no banco da Espanha.

Ele olhou pra mim e para o Palermo que nós entreolhamos e confirmamos.

Professor- fazendo muito barulho.

...

No centro de Madrid Zepelins voavam, soltando dinheiro encima de toda a população Espanhola...nós precisamos dizer que estavamos voltando e o que melhor do que soltar 140 milhões de euros para as pessoas que estavam nas ruas? Dizem que dinheiro não trás felicidade, mas naquele momento, so o que as pessoas pensavam era na chuva de dinheiro.

O caos se instalou nas ruas, e era exatamente o antigo plano Chernobil que faria com que a gente pudesse entrar no Banco da Espanha, nós eramos chamados de Robin Woodi pela Espanha e faria total sentido uma parte do nosso dinheiro ir para eles, enquanto nós preparavamos o professor passava em todos os telões dando a notícia oficial de que voltamos, e voltamos para salvar o Rio e o Berlín.

Nós iamos jogar com o governo, era um clássico jogo de xadrez, do jeito que o professor gostava, o estado havia declarado guerra e nós iríamos pegar as armas.

É claro que o Palermo tava puto com o professor, ele só entraria nesse roubo por causa de mim...e do Berlín, que tinha uma possibilidade de eles estar vivo.

É claro que eu conhecia o Palermo, eu sabia que ele tava tão mal quanto eu, e que queria encontrar o Berlín também, eu via ele tentando achar alguma pista de madrugada, as vezes chorando...bebendo...e eu o consolava, como a melhor amiga que consola o corno, mas dessa vez era diferente, eu ia recuperar o meu marido nem que eu tivesse que matar 500 policiais, ele ia sair daquele banco comigo.

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