Eu me levantei na mesma hora e saquei minha arma a destravando e indo mais para perto onde poderia ter visão de Raquel, mas Berlín ouviu eu destravar a arma e fez um sinal com a mão para eu esperar.
Rio- ta falando do que?
Tokio- que merda é essa?
Inspetora- ele tem Miopatia de Hellmer...um tipo de doença degenerativa muito agressiva, com uma esperança de vida de 14 á 25 meses.
Eu me aproximei ainda mais e apontei a arma para a cabeça da inspetora.
Inspetora- os músculos dele já devem ter começado a contrair o que pode causar espasmos...tremores nas mãos...não percebeu que fica cada vez mais difícil segurar a arma.
- Inspetora, cala a bora...o professor disse que não podíamos atirar em nenhum refém, mas não disse nada sobre atirar na policial que comanda a porra toda lá fora.
Inspetora- falei alguma besteira? Eu achei que...não havia segredo entre vocês...que vocês eram muito amigos.
Ela olhou diretamente para a minha cara e por mais que minha vontade fosse dar um tiro nela na mesma hora eu travei minha arma e a guardei, e fui até Berlín ver se ele estava bem.
Inspetora- quero ver a Alison Parker.
Eu sinalizei para eles irem buscar a Alison.
- Berlín...olha pra mim...
Ele simplesmente continuou andando e foi até o escritório do senhor Romã onde se sentou na cadeira e se aconchegou confortável.
-Berlín...quanto tempo você tem?
Berlín- uns 6 meses...talvez menos....e agora eu tenho certeza que não vou sair vivo daqui.
- Berlín não fale assim...
Berlín- Paris eu preciso de um tempo...termina entrevista da inspetora pra mim?
-claro...
Eu sai deixando Berlín sozinho...ou foi o que eu achava.
Foi quando eu ouvi a Nairobi chamar por Alison.
Eu sai correndo na hora com a minha arma engatilhada...e então era eu e Nairobi atrás da nossa preciosa ovelhinha.
- Nairobi pra onde ela foi?
Nairobi- eu não sei...
- nos perdemos aquela putinha...
Nairobi- vamos procurar ela.
- vamos.
Nairobi- eu vou avisar o Rio e a Tokio...continua procurando.
- vou ligar para o professor.
Eu fui até a sala onde tinha um telefone que era o escritório de Berlín...eu liguei pro professor e ninguém atendeu.
Eu comecei a procurar junto com Nairobi e Rio.
Depois de um tempo eu liguei mais uma vez e ele atendeu e me falou exatamente onde a vagabundinha tava...eu fui e abri a porra do cofre e levamos ela para a inspetora ver. E logo Tokio a expulsou dali rapidamente para evitar coisa pior...eu subi para o QG junto com Nairobi, Rio e Tokio onde encontramos Denver.
Nairobi- que que foi que a babá do Berlín está conosco?
- ah não é nada...ele só pediu um tempo.
Nairobi- ué...ele terminou contigo foi?
- a gente nem namora Nairobi...Denver se tem mais um ai?
Falei pedindo um cigarro pra ele.
Ele tirou um do bolso e um isqueiro.
Alguns minutos depois Berlín chega.
Berlín- depois de uma longa reflexão...quero pedir perdão por não ser totalmente sincero com vocês, a inspetora tinha razão...eu tenho uma doença degenerativas...e daquelas...meus dias estão contados...e eu não quero deixá-los tristes...e muito menos que tenham pena de mim...no fim das contas é uma doença que atinge uma em cada 1000 pessoas...isso me faz especial...quero convidar vocês você para celebrar...Rio? Paris?
Eu fui para perto dele
Berlín- todos nós vamos morrer...por isso eu brindo....por que estamos vivos....e por que o plano vai de vento em poupa...pela vida.
Todos brindamos.
Berlín- e pelo plano.
Eu virei a bebida em um só.
Eu estava tão triste quanto Berlín, talvez mais triste que o mesmo...e ele sabia disso, pois eu estava fumando...e eu não fumava a anos.
Enquanto estávamos brindando a Raquel descobria nosso cavalo de troia e um de sua equipe descobria mais um de nós, mas isso era o de menos naquele momento, Moscou que cavava a nossa fuga finalmente tinha alcançado a terra...e foi ai que ouvimos Bella ciao....400 milhões de euros, e tudo que sabíamos fazer naquela tarde de domingo era gritar ao som de Bella ciao...
Eu e Berlín chegamos alguns minutos depois de Tokio e Helsinki, eu olhei pra ele que fechará os olhos e começava a cantar aquela música como se fosse a primeira vez que à ouvirá.
Todos cantávamos e dançávamos, eu abracei Tokio...algo que nunca tinha feito, abracei Moscou e assim que terminei o abraço Berlín me puxou pela cintura e me girou no alto.
Logo Denver chega e nenhum de nós parávamos de cantar mesmo que ele pergunta-se...nós só apontamos para o buraco feito por Moscou, logo Nairobi chega também, e enquanto girávamos abraçados Tokio jogava dinheiro sobre nós.
De todos os momentos dentro daquele banco, foi naquele momento que eu percebi que tudo daria certo, foi o momento mais alegre que tivemos desde quando pisamos dentro da casa da moeda.
Foi o único momento que tiramos pra aproveitar de verdade desde que começamos toda essa loucura.
Todas as portas estavam trancadas com bombas...Berlín mudou o seu escritório para o escritório do senhor Romã, ele estava conversando com Nairobi que contava sobre o que aconteceu com Alison quando a inspetora ainda estava dentro do banco.
Quando Nairobi saiu uma das reféns se levantou e ia entrar na sala.
- Ououou...o que se pensa que ta fazendo?
???-é...eu ia falar com o senhor Berlín...
- ta achando que isso é o que ? Casa do papai Noel? Senta lá.
Ela se sentou e eu entrei na sala.
- tem uma refém querendo falar contigo...
Berlín- deixa ela entrar.
Eu abri a porta e fiz uma sinalização pra que ela entrasse, ela foi até Berlín que pegou e tirou uma mecha do cabelo dela da cara e segurou a cintura dela.
Eu achei tudo aquilo muito estranho...mas deixei passar no momento, depois eu conversava com Berlín.
Berlín- Paris você pode deixar a gente sozinhos um tempo? Hum?
Eu sai da sala e bati a porta, não é como se eu quisesse mas estava com raiva, talvez por Berlín ter se aproximado tanto daquela refém...ou por simplesmente ele não me querer na sala....talvez eu só não soube medir minha força.
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la casa de papel - Paris
FanfictionParis, uma menina humilde que entrou no mundo do crime por amor e se tornou a melhor em nunca ser encontrada....