29. Rendição

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Nairobi- SENHOR TORRES...NA MINHA SALA.

O senhor Torres chegou.

- Nairobi...

Nairobi- entra senhor Torres, olha...a gente pode aumentar o ritmo de impressão?

Torres- olha...poder pode, mas vamos correr um grande risco, se prender o papel, vamos demorar de 3 a 4 horas para arrumar a maquina.

- senhor Torres...você pode calcular quanto aumentaria a produção?

Torres- claro senhorita Paris...senhorita Nairobi.

Ele saiu.

Nairobi- pra que isso?

- bom...o plano Chernobyl consiste em soltar balões para o céu com todo o nosso dinheiro e os estourar fazendo uma linda chuva de dinheiro o que seria uma distração para fugirmos.

O senhor Torres bate na porta.

Torres- senhorita Nairobi....Paris....

Nairobi- manda.

Torre- aumentaria a produção em 2 milhões por hora.

Nairobi- arrasou...e tem mais...as paradas técnicas serram a cada 6 horas por que a cada hora serram 2 milhões extras.

Torres- ta bem.

- vamos resolver isso.

Eu e Nairobi demos um aperto de mãos e rimos, junto com Denver.

Foi quando o telefone tocou e eu fui atender.

Professor- não vou permitir que mais ninguém morra, nem que vocês se destruam ai dentro nem que prendam vocês, então Paris, me escuta que vocês terem chegado onde chegaram já foi uma coisa épica por tanto eu dou para vocês os meus mais sinceros parabéns...e presta atenção eu vou tirar vocês dai antes que consigam pegar vocês...a primeira coisa a fazer é tirar os reféns do porão.

- ótimo...pois já não temos tanta gente pra vigiar os reféns, além disso prometemos a liberdade e é isso que vamos fazer.

Professor- nos vamos libertar os reféns...mas me da uma hora, é um espetáculo muito grande para um público tão pequeno.

Eu reuni todos na nossa sala, até o Rio.

- bom vamos começar com o plano camarões...vamos libertar os reféns que prometemos a liberdade, e vão entrar jornalistas para nós entrevistar...Rio...eu te peço para dar a entrevista... você pode ir sem mascara...e entre nós é o mais simpático...

Rio- você acha que eu vou sair na TV? Só pra que a Tokio me veja da prisão, com um sorriso de orelha a orelha? Dando uma entrevista como se aqui não tivesse acontecido porra nenhuma? Agora eu sou um refém, não contem comigo pra nada.

Ele deitou a cabeça na mesa.

Denver- ah toma no cu, eu faço...eu sou um bosta de nascimento ta escrito na minha cara.

Helsinki- Você não cara de ferrado, você cara de ferrar....eu faço, se não tiver que falar muito eu faço.

Nairobi- eu faço...com máscara.

Berlín- com máscara? Em uma entrevista ao vivo? O que que nos somos agora ? Terroristas?...não não não não não, essa entrevista tem que ser feita de cara limpa...

- eu odeio ter que dizer isso, mas o Berlín ta certo, eu agradeço por se voluntariarem

Berlín- a Espanha inteira tem que sentir os nosso olhares...a nossa respiração...pra que possam sentir nossa dor...e um pouquinho de pena.

- hurum...e você acha que você tem que fazer ? Mas sabe...eu não acho que esteja a altura desse papel...

Berlín- a Tokio não está...e o Rio não quer fazer...não menospreze o meu trabalho mon amour...eu posso ser um bom mestre de cerimônias.

Helsinki- tem razão...interpreta muito bem...

Berlín olhou pra mim com um sorriso bobo.

- ta bom...parabéns Berlín, ganhou o papel, mas eu vou acompanhar, afinal...para a polícia eu não séria novidade.

Os reféns continuavam a contar dinheiro e o Denver foi trocar a atadura da Mônica e eu fui verificar o ferimento do Berlín, Nairobi foi verificar a produção de dinheiro e Helsinki os reféns.

- ta doendo?

Berlín- não não...você me deu uma pancada na cabeça, eu desmaiei e nem to com a cabeça enfaixada.

- como é dramático...vamos eles vão entrar daqui a pouquinho.

Fomos até as portas.

- vou soltar suas mãos mas eu não quero nenhuma gracinha.

Colocamos as mascaras e fomos.

Berlín tirou a mascara assim que os repórteres entraram e Helsinki fechou as portas, eu também tirei minha máscara já que minha identidade não era novidade a ninguém.

Eu devolvi a arma de Berlín um pouco antes dos repórteres entrarem.

Berlín foi até a jornalista.

Berlín- bom dia.

Jornalista- bom dia.

Berlín- eu sou Andres de Fonollosa...e essa é a Camille Fontaine.

Eu me aproximo.

- muito obrigada por estarem aqui.

Jornalista- vocês podem colocar isso por favor?

Ela pediu para colocarmos alguns microfones.

Berlín- claro.

Eu voltei ao meu posto depois de colocar o microfone.

Jornalista- senhor Fonollosa eu preciso perguntar o por que o senhor permitiu que uma equipe de jornalistas entrassem aqui ao vivo.

Berlín- esse é um momento decisivo para todos que estão juntos aqui dentro, era necessária a sua presença para registrar isso e tornar publico...por favor, venha comigo.

Eu passei pela porta antes de Berlín que foi seguido pelos dois jornalistas.

- Bom esses são os 11 reféns que vamos libertar hoje.

Berlín- estamos todos nervosos...quase como crianças que vão sair pro recreio...quero agradecer a todos, pela valentia e coragem...que demonstraram.

- Muito obrigada a todos vocês que nós acompanharam aqui dentro.

Berlín- especialmente você...a você e ao seu bebê.

- eu espero que ele cresça saudável...sei que você vai ser uma ótima mãe.

Berlín- você mostrou ser uma mulher muito forte.

Jornalista- por que vocês tomaram a decisão bem agora, depois de 5 dias de cativeiro de libertar os reféns?

Berlín- 5 dias...é difícil acreditar que se passaram só alguns dias...olha, confesso que ta sendo um momento difícil pra gente, a situação é critica...não resta outra saída do que nós rendermos...é por isso que está aqui...este gesto é o começo do fim para todos nós...Helsinki...vamos, chegou a hora, podem sair.

- Obrigada.

Eu e Berlín agradecemos a todos os reféns que passavam por nós e saiam pela porta principal.

- Vamos começar a soltar os reféns...

Berlín- e combinar uma rendição que seja favorável aos nossos interesses.

Eu e Berlín estávamos lado a lado e ele olhou pra mim segurando minha cintura e eu olhei pra ele.

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