Jornalista- vocês decidiram se entregar?
Berlín- acabamos percebendo que nós...perdemos.
- HELSINKI, PODE ABRIR.
Os reféns saíram.
Nós fomos até onde deixamos o corpo de Oslo pronto para prestarmos homenagens a ele, Nairobi e Helsinki nos acompanhavam por todo lugar com as mascaras enquanto eu e Berlín dávamos aquela entrevista que não era nada mais do que um blefe para ganhar tempo.
Berlín- não sei se você já viu alguma vez um cadáver...pra alguns de nós também foi a primeira vez, você veio aqui para contar a verdade, aqui está, está é a verdade.
E o que pode ser mais apelão do que um casal triste? Hum? Um romance em meio a tenção, eu era uma espiã e uma ótima atriz, eu comecei a chorar e me encolhi nós braços de Berlín que continuava a dar aquela entrevista.
Berlín- nós levamos uma surra...é importante que você confirme, por favor.
A Jornalista testou o pulso do nosso companheiro enquanto Berlín me acalmava atrás dela que confirmava a morte.
Jornalista- sim...não tem pulso, ele morreu.
Ela falou virada para a câmera.
Berlín- os reféns que fugiram golpearam ele.
Berlín segurava minha cintura com uma das mãos e eu olhava para Oslo parando de chorar mas com os olhos vermelhos.
Berlín- ele morreu a poucas horas...
- e possivelmente que para as pessoas lá fora ele seja apenas um ladrão...mas para gente ele era um amigo.
Berlín- um companheiro.
- ninguém está preparado pra isso...nunca.
Berlín- é uma das razões que fez com que a gente não soltasse mais reféns...alguns dos que estão aqui pensavam que não sairíamos vivos mas francamente eu nunca pensei que seria ele.
Jornalista- o que você quer dizer? Tinha gente no grupo decidida a se matar?
Berlín- não não...não tem nada haver com isso, nos somos pessoas simples...pessoas que enfrentam dificuldade de todo tipo.
- como todo...até doenças terminais, e tivemos que tomar uma decisão como essa para...conseguir deixar algo para nossas famílias.
Berlín- deixar algo para nossos entes queridos.
Berlín começou a chorar e saiu de perto.
Eles passaram a câmera para frente e eu fiquei com Helsinki e Nairobi por trás dela.
Berlín- eu mesmo tenho uma doença degenerativas chamada Miopatia de Hellmer...a polícia sabia...e não se importaram em divulgar mentiras sobre mim...eu quero dizer uma coisa...eu posso ser um ladrão, e fui por toda a vida, roubei bancos...joalherias, até levei pessoas para esse caminho...
Ele falou olhando pra mim.
Berlín- mas eu nunca vendi ninguém...eu nunca vendi uma mulher...eu não sou um cafetão que trafica...que viola mulheres...eu não sou isso....perguntem pra policia quando saírem daqui a onde foram arquivadas essas acusações...ou perguntem para a minha própria esposa...que ficou anos comigo, ela está bem na frente de vocês.
Jornalista- senhora Fonollosa..
- senhorita...não sou tão velha a esse ponto.
Jornalista- perdão...senhorita Fonollosa, pode confirmar isso para nós?
- o meu marido...nunca fez nada desse tipo...eu acompanhei ele por uns 5 anos, e nenhum vestígio disso nem antes, nem depois, foi descoberto...vocês acham que eu me casaria com um cafetão se soubesse que ele faria coisas assim, entre mim e o Andres nunca houve mentiras, e e ele nunca faria algo assim, eu amo ele e eu nunca vou deixar de amar.
Ele sorriu pra mim todo bobo ainda com os olhos marejados.
Jornalista- então vocês estão dizendo que a polícia mentiu para a opinião pública?
Eu fui até ele e sequei uma lágrima que escorria de seu rosto.
Berlín- mas a Polícia mente...mentiram pra opinião pública, mentiram para meus amigos...pisaram no nome da minha família...eu sou um ladrão, mas tenho todo o direito do mundo de não ser difamado...tenho o mesmo direito de qualquer um a morrer em paz...com dignidade...eu não consigo mais...
- pode cortar por favor?
Os jornalista saíram da casa da moeda e tínhamos o povo com nós...o telefone tocou e eu atendi.
- professor? Você viu a gente na TV?
Professor- Paris eu quero todos vocês, como se fossem uma equipe de remo ta bom? Quero que você diga pro Rio que como capitão desse barco vou tirar a Tokio da prisão nem que seja a ultima coisa que eu faça.
- esse sim é o professor que eu conheço...pode deixar...
Professor- chame o Berlín.
- Berlín.
Berlín- eu?
- você.
Eu dei o telefone pra ele e ele me prendeu contra a mesa e ele, de um lado tinha o braço dele e do outro o cabo do telefone.
Berlín- Obrigado.
E falou pegando o telefone da minha mão.
Berlín- diga....
Eu não conseguia ouvir o que o professor falava.
Berlín- quais as chances disso ser verdade?...isso é jogo da polícia, dizer que a vítima vai sair do coma pra você ir lá e mata-la não cabe nem nos filmes de seção da tarde.
Eu dei um toque em Berlín pra ele soltar e ele o fez, eu fui atrás do Rio.
- Rio...posso falar contigo?
Rio- pode.
Ele se levantou e eu o levei até a sala do lado.
- Rio...o professor falou pra eu te falar uma coisa...a primeira coisa que ele vai fazer depois de tirar a gente daqui vai ser tirar a Tokio da prisão...ele é um cara de sorte, e eu sei que ele vai conseguir...
Rio- ta bom...
Ele voltou a se sentar com os reféns e eu voltei para o QG.
-Berlín?
Berlín- senhorita Fonollosa? Hum?
-ah...
Eu dei um sorriso bobo involuntariamente.
Berlín- me ama hum?
- amo...
Berlín- iria querer algo comigo mesmo eu tendo tão pouco pra te dar? Pouco tempo...
- Berlín...eu sempre estive ao seu lado e eu acho que você pode ser o 1 dos 10 que vai sobreviver...então sim, eu quero algo com você...senhor Fonollosa.
Eu fui até ele, que puxou minha cintura me deixando entre a mesa e ele.
Ele me pegou e colocou encima da mesa e continuou me beijando até ficarmos sem ar...
Berlín- eu te quero muito.
- aqui não...
Eu falei descendo e puxando ele até o antigo escritório dele, onde não havia câmeras.
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la casa de papel - Paris
FanfictionParis, uma menina humilde que entrou no mundo do crime por amor e se tornou a melhor em nunca ser encontrada....