Capítulo 9

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* Dependendo a interação, quem sabe posto mais uns 4 capítulos hoje kkkkk.
Beijos Gatas*

Clara

Minhas palavras surpreendem a mulher também. Tenho que admitir que gosto disso, de ver como seu rosto vai de descaso óbvio ao ódio em segundos. Se afasta um pouco, me medindo dos pés à cabeça. Sei como pareço perto dela, pequena e insignificante. Ela é alta, muito bonita, elegantíssima. Pelo menos no exterior, adiciono sarcasticamente. Seu corpo é maduro, de mulher, envolto em um vestido vermelho com abertura frontal, deixando boa parte das coxas à mostra. Devolvo sua análise minuciosa. Deve estar na casa dos trinta, acho.

-Ora, ora, o casamento deve estar subindo à cabeça. -ela zomba e se vira, indo até sua bolsa sobre uma das poltronas. Volta para mim segurando um tablet. – Não se iluda achando que pode agradar...-bufa, rindo com claro deboche. Segurar uma mulher como Helena  Weinberg , querida. -meu sangue ferve. Que mulher mais horrorosa, sem educação. Se Helena  a enviou, deveria estar me tratando com o mínimo de profissionalismo. Eu rolo os olhos ao pensar isso. Em primeiro lugar, a cretina não devia ter me enviado uma mulher que já esteve em sua cama. Parte da minha raiva vai para ela também. Ela suspira dramaticamente. -Enfim, deixe-me trabalhar. Já abasteci seus armários com artigos mais genéricos como roupões e roupas de dormir. Porém, vou precisar das suas medidas exatas para providenciar o restante do guarda-roupas digno da senhora Weinberg .

Tenho vontade de rir pela forma desgostosa que pronuncia isso. Coitada. Deve ser humilhante ter que vestir alguém que considera uma rival.

Vamos encerrar aqui, Cibele. – digo, passando

Por ela em direcão ao closet, que mais parece outro quarto.-poupe-me de ter que aguentar o mau humor de uma mulher recalcada, em troca, será poupada de passar pela humilhação de vestir a futura esposa de sua amante. Todo mundo sai ganhando. -digo, abrindo as portas do armário e fico feliz em ver minhas roupas antigas. Visto um jeans velho, camiseta baby look verde, calço um tênis confortável e volto. A mulher ainda está lá, parada, uma carranca profunda no rosto. Bufa com reprovação para meu traje.

-Pouco me importa sua opinião, princesa. Zomba, voltando sua atenção para o tablet. – Helena  está contando comigo para esse trabalho e eu gosto de mantê-la sempre muito... seu olhar sobe para o meu, com desafio e completa: satisfeita...

Que puta! Esqueça toda essa coisa de não usar palavrões. Parece que isso vai ser impossível em minha nova vida. Estou me preparando para lhe dar outra resposta à altura quando me sobressalto com a voz profunda e fria, bem familiar, vindo da porta:

-O que acha que está fazendo, Cibele? – Helena  pergunta em tom baixo. Jesus Maria Josél Como entrou tão sorrateiramente?

Eu nunca vi uma pessoa virar a cabeça tão rápido quanto Cibele, Ela encara Helena , que está avançando devagar pelo quarto, uma expressão nada satisfeita-sem trocadilhos – em seu rosto. Porque sou uma garota muito tola, me pego admirando sua figura alta e intimidante. Está usando um terno de três peças, que em outros tempos acharia antiquado, só que agora, Deus... Agora é simplesmente a perfeição. É oficial: estou doente da cabeça.

-E-eu estou fazendo o trabalho que me incumbiu, Helena . Cibele gagueja, então, recupera a confiança, abrindo um sorriso sensual. -ela é uma menina linda! Estamos nos dando tão bem, minha querida.

Novamente, que vacal Eu gemo, desistindo de contar meus palavrões. Os olhos de Helena  se mantém sobre a mulher daquela forma fria e assustadora que já me é bem familiar, infelizmente.

Eu ouvi tudo o que disse para Clara . – continua no tom calmo e baixo e meus olhos continuam sobre ela, como ridiculamente hipnotizada. Um arfar alto me faz desviar o olhar para a mulher. Está pálida agora. Não posso evitar pensar: bem feito! – Não vou tolerar tamanho desrespeito com a minha mulher. Saia da minha casa, Cibele. – caramba! Eu abro a boca para lhe corrigir que ainda não sou sua mulher, mas, nesse momento ela vira a cabeça, os olhos azuis penetrantes colidindo diretamente nos meus e como sempre acontece, perco a fala. Fico parecendo um peixinho dourado: abrindo e fechando a boca sem nenhum som. Meu Senhor... Aquele canto de boca cínico se levanta, olhos quase divertidos pela minha sempre ridícula reação a ela. Me dispensa em seguida, voltando a olhar a mulher antipática e eu respiro aliviada.

-Não, por favor, Helena , me de mais uma chance. Minha loja está passando por graves problemas financeiros e vestir essa menina...

-Vestir a senhora Weinberg -ela a corrige ainda no tom gelado,

Ela está tomando minhas dores? Estou muito confusa agora.
-Sim, vestir a senhora Weinberg , seria uma honra para mim.ela implora, toda a pose arrogante escorregando. Começo a me sentir um pouco mal, para ser sincera. Meu coração é de manteiga, admito. Não aprecio ver ninguém se humilhando. Ela mereceu, foi uma vaca total antes, mesmo assim, não aprecio. – por favor, fui extremamente inadequada e deselegante. Queria me desculpar, Clara . – seu olhar procura o meu, aflito. Uh, o mundo dá voltas. E muito rápidas, nesse caso. -Podemos começar de novo, não é mesmo, querida?

Me olha com esperança e eu engulo em seco. Sinto os olhos de Helena  sobre mim e a olho, pedindo ajuda silenciosamente. O que faço? Não quero atrapalhar os negócios da mulher, mas, também não quero conviver com ela me tratando bem de forma forçada. Não há mais clima.

-Você arruinou suas chances quando agiu estupidamente, Cibele. – Helena  torna a falar, seu tom inflexível que também conheço. Parece que estou bem versada em minha futura esposa, não é? Debocho. – vou lhe pagar pelo que já fez, mas, quero que deixe a minha casa, imediatamente.

A mulher abaixa a cabeça e pega suas coisas, deixando o quarto sem mais reclamações. Deve conhecê-la bem o suficiente para saber que não há argumentos com a toda poderosa. Um silêncio inquietante cai sobre o recinto. Levanto meu olhos e já a encontro me olhando.

-Foi de muito mau gosto. Isso não se repetirá. Diz, sua voz um tanto rouca e os olhos baixando para meus seios. Meu rosto fica vermelho, sabendo que está vendo meus mamilos eriçados. Eles estão assim desde a sua entrada repentina.
Sim, enviar sua amante para cuidar de sua futura esposa foi de péssimo gosto. – retruco, não me deixando amolecer pelo fato de Helena  Weinberg  estar me pedindo desculpas. Certo, não é aquele pedido de desculpas, mas, vindo dela já é algo. Mesmo que esse casamento não seja real, ele ainda será legal, não é?

Sim.-seus olhos estreitam subindo para os meus, seremos esposa e mulher, legalmente. -aquele meio sorriso irônico torna a curvar sua boca.

-Então, faça o favor de manter suas amantes longe de mim. – cuspo, Estou muito irritada. E fico ainda mais porque não quero aceitar a razão para essa irritação toda, Ciúmes,

A Dívida - Clarena ( Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora