Helena
-Natacha. – Clara recebe o abraço e o beijo de minha irmã. – Natalia.. em seguida as duas mulheres se cumprimentam também, com risos e abraços afetuosos. – Oi, meu amor. – diz com carinho, se abaixando e beijando a cabecinha do nosso afilhado.
-Ei, campeão! – eu me abaixo, bagunçando a cabeleira negra e farta de Anthony, e ele abre um sorriso banguela de volta. – Rafael está sentindo sua falta já...
-Anthony! Tia Natacha, tia Natalia! – a vozinha entusiasmada do meu filhão me corta e ele irrompe pela sala, parando ao nosso lado.
-Ei, carinha! – Natacha dá o mesmo cumprimento a meu filho e toca o punho com ele. Rafael gargalha. Ele adora as minhas irmãs. – Você montou aquela árvore grandona?
-Sim! Minhas mamães e a Lucy me ajudaram. O pequeno diz e nós damos risada da sua modéstia infantil. Natacha bagunça sua cabeleira mais uma vez.
Belo trabalho, garotão! Filhão, vai lá contar para Rafael como você montou a árvore lá de casa também. -ela incentiva, e os meninos começam a falar ao mesmo tempo, já se distanciando para a árvore.
Venham, vamos tomar uma bebida... – minha frase é interrompida por mais vozes vindo do living, e eu sorrio.
A família está completa, Lilia acaba de chegar.
Ho-Ho-Hol-eu rio mais com a sua saudação bem-humorada e logo sua cara irreverente surge na esquina.
Lilia sendo Lilia. Ela está segurando seu menino pela mão também. Lorenzo, que tem a mesma idade de Anthony. O garoto também é a cópia da minha irmã.
-Ei, família!-Lilia torna a falar quando chega até nós. Helena , você andou sumida, mana. – ela me abraça, em seguida passa para Natacha. -Mana, você também sumiu essa semana. Senti falta da nossa noite de irmãs.
Natacha esteve em Boston a trabalho também. Ela assumiu a direção do departamento de projetos, inovações tecnológicas e aeronáuticas. O avião projetado pela minha irmãzinha gênia terá voo inaugural na primeira semana de janeiro. A imprensa está toda em polvorosa. Será um evento de alcance mundial, uma vez que a Ocean Aliance, comandada pela SLN está em plena atividade desde o ano passado, com duas sedes, uma aqui em São Paulo e a outra em Nova York.
-Apenas Noah compareceu. Ele não é divertido.
-Lilia completa com sua velha provocação.
-Ei, cunhada, não fale do meu irmão. – Natalia reclama, mas está sorrindo quando recebe o beijo de Lilia na bochecha.
-Desculpe, querida. Força do hábito. – Lilia ri, nem um pouco arrependida, então se vira para Clara . Bonitinha, para onde foi com a minha mulher ontem?-levanta uma sobrancelha divertida, dando um beijo afetuoso em Clara .
Ela carregou a minha mulher também, mana.
-Natacha endossa.
Ontem? Que horas, bebê? Cheguei depois das dez da noite e já a encontrei na cama, o que facilitou e muito para mim... – Lilia ri, adorando causar agitação e Clara maneia a cabeça, rindo também.
-Nós tivemos uma noite das garotas. – ela levanta uma sobrancelha linda e petulante. Sempre fica eriçada quando defende suas ideias ou direitos. – Nós merecemos, uma vez que vocês também têm a noite de vocês. -franze o narizinho bonito.
Nossas atenções caem para o pequeno Lorenzo, que olha tudo com a expressão vívida de quem está absorvendo tudo.
-Ei, meninão bonito da dinda. – Clara se inclina, babando nele como fez em Anthony.
Ela é tão amorosa com nossos sobrinhos também. O pequeno travesso sorri, arrebatado pelo carinho da madrinha.
-Vai lá com os primos, garotão, eu digo, bagunçando sua cabeleira escura também. Chamo meu pequeno por cima do ombro. – Rafael , vem buscar seu primo, filhão.
