Capítulo 12

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Obs: Lilia ( Irma da Helena) é intersexual também.

Helena

Passo pelo quarto de Clara , do lado do meu, um sorriso repuxa minha boca. É amanhã, bebê. Meu pau fica a meio mastro, por saber que ela está lá dentro. Nua? Porra, a menina está ainda mais deliciosa. Ganhou curvas tonificadas nos lugares certos. Embora ainda tenha traços de menina, também tem um ar sensual de mulher agora. Um ano lhe fez muito bem, eu disse a verdade ontem quando perdi o controle e a deixei nua. A teria fodido contra a parede se não tivesse me jogado uma bomba sobre a cabeça: ela é virgem. Ranjo os dentes, lembrando a sensação louca de posse que senti quando toquei a barreira da sua virgindade com meus dedos. Uma virgem, caralho! É intacta. Nunca estive com uma em toda a minha vida sexual e isso está me enchendo de expectativa. Uma virgem nos dias de hoje é quase como você encontrasse um maldito unicórnio. Ironizo. Sei que se me esforçasse a comeria hoje ainda. A menina não tem qualquer experiência.

Tudo que sente transparece em seu rostinho de anjo. Linda. Linda demais. Estou completamente louca para possui-la, em todos os sentidos. Franzo o cenho com tal sentimento pungente. Não me recordo de sentir um tesão tão violento antes.

Desco a escada e me dirijo para a cozinha. Gosto de fazer as refeições informais lá. Ao entrar no cômodo moderno e bem equipado, não é surpresa encontrar minha irmā já sentada no banco da ilha, bebericando uma cerveja. Rosa está mexendo nas panelas e rindo de algo que Lilia está dizendo. Às vezes acho que a mulher nutre uma paixão secreta por ela. Bastou dizer que viria jantar hoje e resolveu preparar ela mesma um de seus pratos preferidos. Encurto o passo, ouvindo e observando-as. Rosa torna a sorrir e olha para Lilia. Não consigo identificar nada malicioso ou sedutor em sua expressão. Está bem, talvez seja só paranoia minha. Olha de lado e me vé, sua expressão se iluminando. Já tem o que, duas, três semanas que não nos vemos? Me pergunto, percebendo que senti sua falta.

Esqueço momentaneamente suas estripulias, sorrindo-lhe de volta. Ela se levanta do banco e vem me encontrar, me dando um abraço sem cerimônias. Minha irmã é assim, expansiva. Aceito seu abraço, só que me desvencilho logo, com um tapinha em suas costas.

- Ei, Helena , já faz um tempo, irmã. – me diz, passando um braço por cima dos meus ombros sem se importar com minha aversão a declarações de afeto. Sejam públicas ou não. – você está com cara de quem esteve trabalhando até agora.

- Sim, Lilia, já tem um tempo, irmã. – assinto, retirando seu braço e andando para perto da ilha. Rosa ajeita várias panelas alinhadas e me olha com um sorriso franco. A mulher está sempre feliz, não dá para entender. – e sim, hoje o dia foi meio selvagem.

- Senhora, está tudo pronto. – diz. – estou indo agora.

- Está bem, Rosa. Obrigado. Você não precisava ter feito...

- Ei! Precisava sim, irmã. – Lilia rebate, piscando

E sorrindo para a mulher. – eu amo a sua comida, querida, Obrigado.

Ela ri, encabulada, então, pede licença e sai pela porta dos fundos.
- Eu acho que minha governanta tem uma queda por você. – meio que bufo, indo pegar uma cerveja no freezer.

- Não tenho culpa de causar esse efeito nas mulheres, Helena . – ela ri presunçosa, os olhos escuros divertidos.

Me sento em um dos bancos e tomo um longo gole. A bebida gelada cai bem para aliviar um pouco do estresse. Ela se senta no banco ao lado.

- Como estão as coisas, irmã? – lhe dou a chance de me contar a sua merda primeiro.

- Você disse que ia me mostrar algo. – evita a minha pergunta. Típico dela. – o que é?

A Dívida - Clarena ( Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora