Clara
Quando ela volta do banheiro, me cubro rapidamente com o lençol, mas, é em vão porque Helena nem me olha, simplesmente vai catar suas roupas e começa a colocá-las. Quando termina vem para mim, parando na beirada da cama.
- Foi gostoso foder você, menina. – ela diz, os olhos já estão glaciais, a mulher de gelo de volta ao controle, toda recomposta, como se não tivesse urrado e gozado dentro de mim minutos antes. Arfo, raiva e vergonha me invadindo. – é naturalmente fogosa. Vamos nos dar muito bem
Na cama. –
Você não tem que ser uma filha da puta fria o tempo todo, sabia disso? – a enfrento. Ela levanta aquela sobrancelha cínica.
- Não vamos fingir que isso aqui é algo que não é, bebê. – diz jocosamente. – embora, comer sua bocetinha virgem tenha me agradado muito. Estou surpresa por uma novata ter me agradado tanto assim, para ser sincera.
Meu rosto queima de raiva, repulsa. Ela é asquerosa.
- Eu te odeio, digo baixo, lutando para não chorar em sua frente.
Ela rola os olhos.
-Me conte alguma novidade, Clara . – zomba, passando as mãos pelos cabelos, então, seu rosto fica sério. – ficarei fora por três dias. Quando voltar iremos para a Grécia.
Eu franzo o cenho. Ela vai me levar em lua de mel? Seus olhos parecem ligeiramente divertidos com a minha confusão.
- Não, esposa, isso não é uma lua de mel. – diz quase com nojo das palavras. – tenho negócios para tratar por lá.
- Eu prefiro ficar. – desafio.
Seus olhos ficam ainda mais gélidos se é que isso é possível.
- Você não tem vontades por aqui, menina. – range friamente. – tenho uma conferência, que durará uma semana. Foder você todo dia vai manter o estresse sob controle.
Minha boca escancara com suas palavras
Machistas, frias, indelicadas. Meu sangue ferve de ódio dessa desgraçada
- Se está estressada contrate uma terapeuta, sua filha da puta! – digo-lhe, perdendo as estribeiras.
Ela ri. Uma risada alta, os dentes branquinhos à mostra. Meu Deus, ela é uma combinação letal de beleza e crueldade. É ainda desconhecido para mim porque me excita tanto.
- Não, bebê, Prefiro comer você. – sussurra, um flash quente passando em seus olhos, - te encher de porra sempre que eu quiser.
E com isso ela se vira e sai, sem mais. Tipico.
-Morra, Helena Weinberg ! – eu grito às suas costas e desabo sobre a cama.
Dia seguinte...
Acordo com um barulho baixo de algo tilitando. Abro os olhos e vejo Rosa depositando uma bandeja sobre o criado-mudo. Espreguiço-me, gemendo baixinho, meus músculos doloridos reclamando, como se tivesse feito um ensaio intenso ontem. Sinto rosto esquentando ao relembrar tudo... Não foi um treino, foi muito, muito mais intenso... Helena passou por cima de mim como um trator. Se aquilo foi ela sendo cuidadosa, nem quero imaginá-la sendo bruta.
- Oh, não sabia que ainda estava dormindo, desculpe-me. – a governanta diz constrangida. Meus olhos vão para a bandeja bem sortida com o meu café da manhã, suponho. Rosa se vira e me encara com um sorriso aberto. – bom dia, senhora. A senhorita Helena me instruiu a trazer seu café na cama nesta manhã e deduzi que já estava acordada. Posso levar de volta e trazer depois...
- Não. Está tudo bem, Rosa. Bom dia. – murmuro, me sentando na cama e gemo baixinho pela dorzinha em meu
Sexo, Rosa me oferece um pequeno sorriso de cumplicidade feminina ao perceber a razão do meu desconforto, Olho o relógio sobre o criado-mudo, me assustando quando vejo que passa das dez, me chame apenas de Clara , por favor.
- Não posso fazer isso, a senhora Helena não aprovaria. – nega, as mãos juntas à sua frente, toda cerimoniosa, no entanto, oferece solicita: - posso ajudá-la com algo? Quer que prepare o banho?
Meneio a cabeça, apontando o café.
Pode me passar a bandeja, por favor? Estou morrendo de fome. Meu rosto cora novamente com o meio sorriso que ela me dá.
- Claro, senhora. – acena, fazendo o que pedi. – qualquer coisa que precisar não hesite em me chamar. Estou aqui para servi-la.Assinto, servindo-me de café e leite.
- Obrigada. Helena já saiu? – pergunto como quem não quer nada.
- Sim, senhora. – confirma com um sorriso tenso dessa vez. Pelo visto não sou a única que estranha minha amorosa esposa ter dado no pé logo na manhã após as núpcias.
Vai pela sombra, querida! Eu Zombo.
Ela despede-se e sai em seguida. Pego o controle na cabeceira da cama e aperto no botão para abrir as cortinas. Suspiro como uma criança deslumbrada à medida que as duas partes do tecido bege-escuro, vão correndo no trilho, a claridade entrando no cômodo, ao mesmo tempo em que a vista de fora me nocauteia. É uma propriedade soberbamente linda. Como a dona. O pensamento enxerido sopra em meu cérebro. Franzo o cenho e balanço a cabeça, expulsando tudo sobre Helena Weinberg da minha mente e me concentro nas guloseimas à minha frente. Agora que estou fora do balé, posso comer o que quiser. Esse pensamento mundano faz meus olhos lacrimejarem. Não tenho mais o balé e isso me dói profundamente, Comer sem recriminações e culpa, será meu único prazer de agora em diante. Pelo menos enquanto estiver vivendo com aquela mulher asquerosa. E como uma espécie de vingança, as memórias de ontem me engolfam. Eu, pendurada em seus ombros, enquanto ela metia o pênis longo e grosso em mim, com força, me fazendo gozar tão forte que fiquei tonta. Entorpecida. Não pensei que fosse possível sentir tanto prazer na primeira vez... Meu corpo todo arrepia, se acendendo com a lembrança. Meu Deus, o que é isso? Gemo, tomando um grande gole de café e pegando uma rosquinha amanteigada. Para minha total vergonha, meu corpo quer o dela e não se importa com a situação bizarra em que me encontro.
Contra a minha vontade, admito que terei prazer sexual também enquanto estiver com ela. Devo me alegrar por isso? Afinal, poderia ser ainda mais filha da puta e não se importar comigo na hora do ato. Mas, não, pelo contrário, ela se empenhou em me dar prazer. Abano a cabeça. Não, não
Vou me permitir ficar confortável porque ela me fez gozar. Ela que vá para o inferno por estar me obrigando a isso! Termino meu café e me arrasto para o outro lado da cama, para me levantar, e é quando vejo um envelope branco com meu nome sobre a escrivaninha embutida no armário. Vou até lá, pegando-o e despejo o conteúdo sobre o tampo de madeira. Uma chave de carro. Espera, eu engasgo vendo a marca. Não qualquer carro, é uma Mercedes! Meu Deus! Para mim? Por que Helena me daria um carro? Pergunto-me estupefata e meus olhos vão para os três cartões de crédito. São daqueles escuros, com letras douradas, com aparência extremamente requintada, que só possui quem realmente tem dinheiro, Sacudo a cabeça, confusão me tomando. Ela esteve aqui enquanto eu dormia? Pego tudo e coloco de volta no envelope. A senhorita Helena pode enfiar esses presentes em seu traseiro podre de rico! Não vou Tocar em um centavo do seu maldito dinheiro!