Capítulo 31

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Maratona 2/(?)
Clara

Ruge, apertando meus quadris, metendo sem trégua, profundamente, dura, vigorosa. Cravo minhas unhas nos pelos macios e sinto-a abrindo mais minhas bochechas. Rosna, diminuindo as estocadas, passando a meter devagar. Sei que está olhando para minha vulva engolindo-a e está apreciando a cena devassa. Inexplicavelmente eu molho mais, latejo mais e gemo em completo abandono.

-Todo o resto pode ser uma farsa, mas, isso... -range, levando uma mão para a minha nuca, apertando-a e mete com força outra vez. A outra mão segura meu quadril num agarre bruto e volta a me comer vorazmente. Um som estranho, luxurioso, parecendo um ganido, sai da minha garganta, amando cada impulso do seu grande pau dentro de mim. – Isso é bom demais. É real, Clara . Nossos corpos se desejam. Não dá mais para negar, amor. Você é Deliciosa. Rebola para mim vai

E eu faço. Simplesmente a obedeço, rebolando, encontrando suas estocadas fundas. Helena  cai por cima de mim, esmagando-me no carpete e seus lábios sugam minha nuca. Eu choramingo, meu corpo todo inflamando para um novo climax. Mete e mete em mim, sem trégua. Sua boca segue pelos ombros, chupando, mordiscando. Enfia um braço por baixo, pegando meu ombro direito e segura meu pescoço pela frente com a mão livre. Ofego quando chupa minha orelha, lambendo, puxando o lóbulo entre os dentes, descendo para o pescoço. Ela parece enlouquecida, perdida no momento, como eu. É revigorante vê-la finalmente mostrando algo além da sua frieza e controle. Todo o tempo me come com fúria, montando-me sem dó, acabando comigo. Assusta e excita-me sua força, seu domínio sobre mim. Rosna e puxa mais meu queixo, sua boca morna e molhada mergulhando na minha.

-Ahh, Helena ... choramingo, já suspensa, a quentura se espalhando em meu ventre outra vez.

- É gostoso, bebê? – pergunta rudemente, mordendo, sugando meus lábios juntos. – Não ouse mentir para mim.

-Sim. Eu esqueço de tudo que está errado nessa situação, apenas a mulher em cima de mim, devastando meu corpo, me importa. Apenas as sensações entorpecentes explodindo dentro de mim, me importam. – É muito gostoso.

Ela ri satisfeita contra a minha boca e mergulha a língua profundamente como seu pau está fazendo em minha vagina. Seus rugidos ficam mais ásperos, as estocadas brutais, minha vulva ardendo, latejando. Arquejo, chorando em desamparo quando o orgasmo me alcança.

Grito alto, todo o meu corpo convulsionando sem controle. Porra.

- Você é gostosa, menina! Eu vou gozar... – grunhe e me arreganha até não poder mais com estocadas perversamente fundas. – Ahhh! Clara ... – ela praticamente urra o meu nome, rouco, socando bem fundo e os jatos de sêmen saem, me alagando toda. Nosso beijo intensifica, enquanto gozamos quase juntas, dançando juntas, grudadas, suadas.

Os sons másculos de absoluto prazer saindo da sua garganta para a minha me fazem pulsar e gemer completamente entregue. Oh, meu Deus, o que é isso? Sinto uma coisa mais profunda nos ligando dessa vez. Não parece ser apenas sexo.

Há algo muito forte entre nós, uma espécie de vinculo, algo que não deveria estar aqui, dadas as circunstâncias, mas, está. Eu sinto isso até os meus ossos nesse momento. Helena  mordisca meu lábio inferior e desacelera as estocadas, ficando em um ritmo lento, tremores secundários espiralando em nós. Meus olhos se abrem ao mesmo tempo que os seus. Ela afasta a boca da minha e me perfura com seus olhos. Suas sobrancelhas se juntam e ficamos em silêncio, apenas nos olhando, como se uma estivesse tentando desvendar a outra. Seus olhos estão límpidos, o rosto corado, suado. Ela é linda. Não consigo evitar que meu sexo pulse à sua volta. O canto de boca perverso sobe um pouco e seu olhar muda para glacial lentamente. Sem uma palavra, sai de cima de mim, me fazendo ofegar. Fico na mesma posição, frio me envolvendo porque sei o que vem a seguir. Ela vai para o seu quarto. Nada mudou. Ainda está me tratando como sua prostituta. Me recrimino, lágrimas queimando meus olhos por ser tão fraca, sempre me entregando e participando de tudo sofregamente.

A deixei me comer no chão, como um animal Eu mesma estou contribuindo para que não me respeite, sendo tão estúpida e sedenta pelo seu toque. O que estava pensando, sua tola? Que uma mulher como ela la cair de amores por você? Você é apenas o brinquedo novo dela, Clara . Me enrolo em posição fetal e fico lamentando ter pensado por um ínfimo instante quando estávamos gozando juntas que havia algo. Oh, Deus, estou tão confusa. Eu rolo no carpete e franzo o cenho, me sentindo suja de todas as formas.

A Dívida - Clarena ( Adaptação)Onde histórias criam vida. Descubra agora