Parte 6

157 9 1
                                    



Coringa

   Laura ta praticamente tomando conta da minha casa, e eu não to achando ruim, é estranho dizer mais parece que conheço ela a muitos anos.

   Falcão comentou comigo sobre ela ir ao baile, estou pensando sobre a situação, sei de tudo que aconteceu mais eu ainda fico com pé um pouco atrás.

   Fui pra casa almoçar ja era 13:30, cheguei encontrando Laura e Carla fazendo almoço juntas, fico feliz de ver que se entenderam pelo visto.

-E ai, cheguei.

  Dei um beijo na testa da Carla e fui lavar as mãos, me sentei e elas terminaram de servir a mesa.

- Laura é ótima na cozinha, já achei alguém para explorar.

-Deus me livre de você. 

Almoçamos de boa, depois cada um ficou com uma tarefa para deixar a cozinha limpa, sentamos no sofá na intenção de assistir um filme mais as meninas não paravam de falar um minuto.

-Seis fala demais tio.

Elas me olharam e riram, aproveitei para falar com Laura sobre o baile.

-E ai Laura, bora colar no baile hoje?

- Não sei se é uma boa ideia.

- Ah Laura, por favor você falou que ia pensar.

Carla protestou.

- É eu pensei! Coringa e se tiver alguém do 157 lá?

- Laura, aqui é meu morro, eu mando nessa porra. Ninguém entra aqui sem eu saber.

-Não sei não.

 Ela encruzou os braços e ficou tensa, não imaginei que seria essa a reação dela.

- Bora mona, a gente cuida de você.

-Vocês cuidam de mim? - Ela disse apontando pra nós e rindo.- Dois minutos tão todo mundo se comendo ou drogados e eu entregue as baratas.

-Ou, ou, também não é assim. Olha te dou minha palavra, vamos cuidar de você.

- Ser sequestrada por vocês foi a melhor coisa que me aconteceu. 

Ela disse e Carla abraçou ela, me deu vontade fazer o mesmo mais me contive.

Toda vez que eu ouvia Laura falar com medo desse homem meu sangue ferve, minha parada com Roberto já é  antiga não me importa se ele é um dos chefes do PCC e não me importa que eu vou ser cobrado, mais o dia que eu pôr as mãos naquele filho da puta ele vai preferir nunca ter nascido.

-Cê tem roupa pra ir, se não tiver te empresto uma.

Carla falou toda animada.

-Relaxa, vou arranjar uns bagulho da hora pra ela.

Falei sorrindo e Carla bateu palmas, Laura não parecia muito a vontade, mais iria fazer o possível para ajudar ela.

-Vou ter que colar na boca agora, tenho umas paradas para resolver.

Parti pra boca e ja de cara topei França na minha sala fechando as ultimas caixas de drogas para vender no baile.

Tinha que estar tudo de um jeito fácil de piar com elas se os vermes chegassem.

- E ai tudo nos conformes?

- Tudo belezinha.

- Se liga. - falei me sentando e bolando um.- Chamei a Laura para colar no baile.

Paz Justiça e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora