Paz Justiça e Liberdade

Parte 28

  Coringa

Estava na boca conversando com MK enquanto bolava um, o morro estava calmo e isso era um alivio pra mim, à dias que eu não sei o que é paz, de repente França passou pela porta igual a um furacão e vi que eu iria engolir o que tinha pensado.

- Que ta pegando?

- Mano a Laura caiu da escada e esta no hospital.

- Como assim?

- Sei lá, parece que a Bruna empurrou ela.

- Vadia do caralho.- Falei chutando a cadeira.- Eu vou matar aquela desgraça.

- Isso já fizeram, os vapor acabaram de arrastar o corpo dela do beco da 17.

   Peguei minha pistola e sai vazado, liguei pra Faccine pedindo o nome do hospital em que eles estavam, ele ainda insistiu comigo que eu não devia ir por ter a ficha suja mais eu não podia deixar Laura sozinha, não dessa vez.

   Cheguei na recepção e encontrei com Carla que também aguardava.

- França me ligou eu vim o mais rápido que pude.

- Conseguiu alguma coisa?

- Ainda nada.

   Fui até uma enfermeira que vinha lá de dentro e perguntei pelo médico, ela me indicou um corredor e eu sai sendo seguido por Carla, encontrei com ele saindo de um dos quarto e fomos pedir informação.

- Eu sou irmão da paciente Laura Gomes, o senhor poderia me informar o estado dela.

- Assim, eu acabei de sair do quarto em que ela está, a paciente teve uma lesão em uma das costelas e infelizmente acabou perdendo o bebê que esperava devido a pancada.

- Que bebê?

   Perguntei frangindo as sobrancelhas em total confusão e espanto.

- Ela estava gravida de um mês e meio mais ou menos, pelo visto todos vocês foram pegos de surpresa, sinto muito pela perda.

   Carla colocou as mãos no rosto abafando o choro.

- Quando ela recebe alta?

- Se tudo correr bem amanhã mesmo, a lesão foi simples, com repouso e o uso correto da medicação tudo vai ficar bem.

- Beleza, valeu doutor.

- As ordens. 

  Ele saiu e eu fiquei completamente perdido, entrei no quarto em que ela estava e foi horrível vê-la daquele forma, não pude ficar por muito tempo pois os canas não podiam colocar a mão em mim. Faccine me contou tudo o que tinha acontecido e aquilo só aumentou minha raiva, sai dali e e fui direto pro Comando da Penha procurar aquela vagabunda da Carine.

   Desci direto na boca e os caras me deram passagem, entrei na sala do GB na força do ódio.

- Qual foi Coringa, ta doidão?

- Quero saber que história é essa daquela vadia da tua irmã tentar matar a Laura.

- Como assim pô? Tô sabendo de nada.

- Aquela vadia tava junto com a Bruna quando empurraram a Laura da escada.

   GB passou as mãos nos cabelos e gritou pra um vapor trazer a Carine.

   Algum tempo depois a porta foi aberta com tudo e ela entrou na maior ignorância.

- Qual foi GB eu estava tomando sol...

    Ela parou de falar assim que me viu e ficou branca igual papel.

- Carine que porra tu foi fazer no Alemão?