FaccineMe aproximei lentamente dela, segurei em sua nuca e colei nossas bocas iniciando um beijo calmo e gostoso, não queria admitir para mim mesmo mais Laura estava fodendo com meu psicológico, puxei seus cabelos de leve ouvindo ela gemer contra minha boca, impulsionei seu corpo trazendo-a pro meu colo.
- Faccine a gente precisa parar.
Falou ofegante.
- Por que? Diz pra mim olhando nos meus olhos que quer parar.
Passei minha barba de leve em teu pescoço vendo seu corpo se arrepiar. Um barulho vindo do meu bolso acabou atrapalhando o clima, ela desceu do meu colo parecendo envergonhada, atendi o celular e era Coringa procurando por ela.
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- Porra ela desligou o celular? Já liguei umas quarenta vezes, tava ficando doido já.
- Sei não pô, mais relaxa ela está comigo, jaja estamos colando aí no morro.
- Jaé.
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- Seu celular está desligado?
- Ele acabou a bateria. Por que?
- Coringa estava surtando já.
Ela sorriu e se levantou tirando a areia da roupa.
- Vamos então.
Fomos em silêncio até o carro e o restante do caminho também, ela parecia perdida em pensamentos e eu preferi não incomoda-la.
Parei o carro enfrente a casa do Coringa e ela finalmente me encarou.
- Vai entrar?
- Não, eu preciso resolver algumas coisas.
- Ok então, obrigada por tudo.
Me inclinei beijando o canto da sua boca.
- Tchau.
Ela desceu do carro e eu parti pra boca, precisava falar com Coringa e longe da Laura.
Passei pelos seguranças e entrei na sala dele encontrando apenas MK.- Faccine, que tá pegando?
- Eu precisava falar com Coringa mais tu serve.
- Manda o papo.
- Laura conheceu o namorado da Carla.
- Até que enfim ela desencarnou do Coringa.
- Mais o problema é outro, Laura disse que o cara é muito estranho, papo de paranoia mesmo. Só que uma coisa que eu aprendi é não ignorar paranóia.
- Beleza tu quer que eu faça o que?
- Precisava de alguém pra chegar nele, alguém que não chamasse atenção da maneira errada.
- To ligado, conheço uma mina, ela é de outro morro, o nome dela é Luna, tenho certeza que ela descola a ficha dele pra tu.
- Quando essas mina de morro não chama atenção MK? O cara vai sacar na hora se ele for do corre.
- Tá por fora, vou te levar até ela e tu tira suas próprias conclusões.
Saimos do morro e fomos direto pro Complexo da Maré, MK fez toque com os caras da contenção e fomos liberados pra subir, a mina morava quase no topo do morro, MK gritou por ela e após um tempo a porta se abriu dando visão a uma loira com cara de patricinha, toda meiga nem parecia ser daqui.
- Tá ligado no que te falei.
Ela veio em nossa direção e abraçou MK.
- Maikon que milagre você aqui. Certeza que quer algum favor, acertei?
- Na mosca novinha, preciso que tu faça uma parada pro nosso amigo aqui.
Ela finalmente me olhou e sorriu.
- O chefe da porra toda, é uma honra. Ele é bem bonito de perto né?
Falou tentando colocar a mão no meu peito mais eu impedi segurando seu pulso.
- Iiii é arisco, relaxa chefe a gente curte a mesma coisa.
Arqueei as sobrancelhas e MK gargalhou.
- A mina é sapatão Faccine precisa se assustar não, ela é pra frente assim mesmo.
- Cala boca MK, mais então entrem aí, bora tomar uma breja e vocês me contam o que eu tenho que fazer.
Passamos as informações pra ela e também uma foto do cara que eu tinha conseguido na entrada do apartamento da Carla.Amanhã mesmo o plano ia entrar em prática, e eu espero que seja só uma paranoia mesmo.
Laura
Entrei em casa dando de cara com Coringa no sofá.
- Bonito! - falou batendo palmas.- Some e esquece que tem o vagabundo aqui.
- Desculpa de verdade, meu celular descarregou.
Ele veio até mim me abraçando.
- Relaxa, tava onde mesmo?
- Fui ver a Carla, passei o dia com ela.
- Hum, e o Zé ruela do namorado dela?
- Conheci também infelizmente.
- Por que, não gostou dele?
- Sei lá, cara esquisito.
- To ligado, eu vi ele no asfalto.
- Fazer o que né. - Dei umas batidinhas no peito dele. - Vou subir tomar um banho.
Dei um beijo em seu rosto e subi, tomei um banho relaxante tirando a areia que ainda estava em mim e lavei meus cabelos, vesti uma roupa mais confortável e sai do quarto, parei enfrente a sala de treinamento por alguns minutos até que decidi entrar, peguei uma AK-47 encaixei o pente e travei no modo semiautomático, respirei fundo, mirei e atirei, a bala pegou na lateral do alvo, atirei novamente e dessa vez acertei mais perto do centro.
Eu havia treinado muito com Coringa mais me faltava prática, troquei de arma pegando uma Glok, ela era bem mais leve facilitando o manuseio, atirei várias vezes acertando com mais precisão no alvo.
Nunca pensei em ter que puxar o gatilho contra alguém, mais depois de tudo o que aconteceu comigo e todas ameaças que venho sofrendo eu já consigo enchergar que isso é um mal irremediável.
Luna
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Paz Justiça e Liberdade
Fiction généraleLaura uma menina órfão de mãe e abandonada pelo pai, foi criada por seu tio Roberto, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital. Obrigada a cursar medicina contra sua vontade para trabalhar em uma penitenciaria dando apoio aos membros da facção...