Parte 23

54 2 0
                                    

Coringa

  Já faz 15 dias que resgatamos a Laura e todo esse tempo ela passou no hospital, quando Faccine a encontrou naquele quarto meu coração se apertou, ela estava toda machucada e sangrava pra caralho, tive muito medo dela não resistir, no meio de toda aquela bagunça consegui pegar o C4 e um dos outros filha da puta vivo, MK entrou na força do ódio naquela sala e espancou um até a morte e o outro morreu na troca de tiro.
  

    Jamais eu deixaria barato o que C4 fez, a morte dele foi a mais lenta possível, antes de qualquer coisa estuprador tem que ser tratado como estuprador,  arrombamos os dois filhos da puta e tudo foi gravado, se o PCC gostava de show era isso que eles iam ter, fiz questão de fazer picadinho dos dois ainda vivos, comecei cortando seus dedos e só parei quando ambos estavam só o bagaço, ainda foi pouco pelo o que fizeram com minha Laura.

  Nesse tempo que passou Carla veio aqui algumas vezes procurar notícias da Laura, tentei no máximo convence-la a voltar pra cá mais de nada adiantou, ela disse que ja estava bem e que havia conhecido novas pessoas, papo mó tilti.

  Depois de mandar o C4 de arrasta pra baixo eu assumi o morro dele, coloquei o comando de lá nas mãos de França que é um dos caras de confiança, tudo estava voltando ao normal, hoje Laura iria voltar pra casa e o pessoal se reuniu tudo aqui em casa para comemorar, fizemos um churrasco na beira da pscina e ficamos esperando ela chegar.

  Umas 11:30 o carro de Faccine estacionou na minha garagem, fui até lá em passos largos e fui recebido com o melhor abraço que eu podia ganhar, apertei Laura em meus braços sem vontade de soltar.

- Caralho negah, que saudades de tu. Me perdoa por ter deixado isso acontecer.

- A culpa não foi sua, ninguém tem culpa aqui, ok.

- Te amo demais, não posso te perder.
 
   Apertei ela mais contra mim alisando seus cabelos.

- Eu também te amo.

   Peguei em sua mão e sai puxando em direção a porta.

- Vem, tem uma galera aqui que quer te ver.

  Levei ela até a área da pscina e o pessoal já veio tudo abraçar ela. Foi muito bom ver o sorriso em seu rosto e o carinho que tinham por ela aqui.

  Carla chegou logo depois e as duas se abraçaram chorando igual duas crianças, me aproximei do Faccine que estava de canto olhando o movimento e fiz toque com ele.

- E ai meu parça, queria te agradecer por tudo, largou teus corres pra me fortalecer, nem sei o que falar.

- Tamo ai pra isso, um pelo outro.

- Valeu.

   Ficamos ali bebendo e conversando, os mano era pura resenha, uma graça atrás da outra.

    Em um certo momento vi Carla indo até a cozinha e eu não perdi tempo, fui atrás dela a surpreendendo pelas costas.

- Tá louco Felipe? Que susto.

- Calma, só tava brincando.

- O que tu quer?

- Se liga, tu podia voltar pra cá, fazer companhia pra Laura, ela vai precisar de você agora.

- Você não tem vergonha de usar a Laura para expor o seu querer?

- To usando ninguém não, mais seria bom tu vir mesmo, a gente precisa se acertar.

- Já estamos acertados, não tem mais nada que possa ser feito, foi você quem escolheu assim, lembra?

- Eu já falei mil vezes...

- E eu também já falei mil vezes que não vou voltar pra esse joguinho seu Coringa. Porra tem tanta mina no morro, procura outra tapa buraco.

   Ela me empurrou e saiu dali puta, caramba será que eu não faço nada direito. Voltei a sentar com os caras e fiquei ali bebendo e fumando, se era isso que ela queria então beleza, não ia mais insitir nessa parada.

    Já era tarde da noite e eu já estava brisado, tinha bebido e cheirado além da conta.

- Coringa vem bora lá pra cima comigo.

  Laura me puxou pela mão me fazendo levantar, acompanhei ela meio cambaleando sendo sustentado por seu ombro.

- Caralho tu é um merda mesmo.

Paz Justiça e LiberdadeOnde histórias criam vida. Descubra agora