Pov Coringa
Quando eu entrei em casa e me deparei com Laura e Falcão na sala senti uma dor estranha que eu preferia não ter sentido, ela estava com a boca vermelha e também parecia estar um pouco drogada. Na hora eu saquei a parada, Falcão saiu vazado e ela fez o mesmo, na moral isso me incomodou bastante, Laura acabou de chegar sempre esteve presa e agora que tem liberdade não acho que o melhor pra ela seja se relacionar com envolvido.
- Coringa. - Carla me chamou saindo do banheiro enrolada na toalha. - O que ta pegando?
- Sei lá, essa parada da Laura com Falcão me deixou bolado.
- Ta com ciúmes da Laura?
Ela me perguntou desconfiada.
- Claro que não, tá viajando grandão. Só num acho uma boa pra ela, tenho medo dela se envolver e...
-Acabar igual a mim?
Falou me cortando.
- Porra não vai começar com essa parada não, na moralzinha. Bora dormir de boinha que eu tenho muita merda pra resolver daqui a pouco.
Ela levantou as mãos em sinal de rendição e fomos deitar, abracei ela por trás sentindo sua bunda roçar no meu pau que já deu sinal de vida. Essa mina era uma diaba, fizemos amor naquele pique e ela se aconchegou nos meus braços dormindo logo em seguida, mais eu não preguei o olho era altas paradas passando pela minha mente, voltei em um passado que eu queria por tudo esquecer mas não tinha jeito.
Levantei cedo fiz minhas higienes e desci pra tomar café, fiquei olhando Laura de longe e ela parecia um zumbi que tinha morrido a séculos, dei bom dia pra mina e ela quase teve um ataque na minha frente. Infelizmente eu estava certo sobre ela e Falcão mas perdi totalmente a paciência quando ela comparou sua vida com a minha, como alguém que nunca poderia ter um relacionamento ou uma família.
Piei pra boca antes que aquela conversa rendesse, cheguei na minha sala e os muleque tava na atividade, sentei na minha cadeira e tinha vários b.o na mesa pra resolver, assinei uns papeis, fiz altas contabilidade e fechei com os aliados um assalto pra quinta feira numa joalheria, era tiro certo ia entrar muita grana e estávamos trabalhando pra esse plano sair perfeito, resolvi várias paradas e por fim acendi beck, peguei meu celular e passei um fio pro Menor, um dos meus vapores.
LIGAÇÃO ON
Coringa: Fala Menor, se liga vai na loja compra um celular pra mim de ultima geração, parada monstra.
Menor: Fecho patrão.
Coringa: Feminino tá ligado.
Menor: Jaé.
LIGAÇÃO OFF
Laura precisava de um celular agora, não gostava de ficar sem comunicação, ia meter um rastreador nele e entregar pra ela. Cuidado nunca é de mais, fiquei mais um tempo ali marolando até Menor chegar com minha encomenda, fiz o que tinha que fazer e embrulhei o bagulho como estava.
-Fala meu consagrado.
França entrou na minha sala acompanhado do Falcão.
- Onde o seis tava?
Mandei serinho encruzando os braços.
- Eu fui fazer umas cobranças, da 13 e na 17, Falcão tava na contenção.
-Contenção? Desde quando tu fica em contenção Falcão?
-Ta muito estressadinho Zé, só estava olhando o movimento passando umas visão pros cria.
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Paz Justiça e Liberdade
General FictionLaura uma menina órfão de mãe e abandonada pelo pai, foi criada por seu tio Roberto, um dos chefes do Primeiro Comando da Capital. Obrigada a cursar medicina contra sua vontade para trabalhar em uma penitenciaria dando apoio aos membros da facção...