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20 comentários— Chora não princesa, te falei que dar para playboy daria em merda, te comeu e depois jogou fora.— Rato solta uma piada infeliz.
Respiro fundo e limpo as lágrimas do rosto, continuo andando ele insiste e vai me acompanhado em cima da sua moto.
— Minha vida não gira em torno de homem não Rato! — Falo com a voz embargada.
— Deveria girar em torno da minha se você fosse esperta.— Fico em silêncio.
Graças a Deus ele desvia a moto e vai embora e eu consigo seguir meu rumo, chego em casa e me dou o direito de chorar.
Não sei o que houve, o Caíque estava todo carinhoso pela manhã e do nada o homem muda e se torna um Grosso.
Meu medo é que ele não me deixe mas Cuidar da Duda, eu aprendi a gostar da bebê de uma forma que não consigo explicar, não é só ela que não dorme quando não está comigo,eu também me sinto péssima sem está com "eles."
"Não precisa vim hoje, A Duda vai ficar na casa da minha mãe."
Acordo com a mensagem do caíque, Sério que ele vai me afastar da Maria Eduarda?
Estou com tanta raiva do caíque que não consigo explicar, e não, ele não vai me afastar da Duda.
Me levanto e vou até o banheiro fazer minhas higienes matinais, coloco um short e uma blusa e vou até a cozinha, vejo minha vó passando um café e sento na mesa e fico olhando a sra que prepara o café cantando um louvor.
— Não vai trabalhar? — a sra pergunta e eu nego.
— Nem sei se tenho trabalho mas vó.— vejo a foto da Duda na proteção de tela do meu celular.
— Calma neta, tudo vai voltar Para seu devido lugar, tenha fé.— ela me entrega a xícara.
— Parece que quando minha vida começa a andar tem que acontecer algo e virar tudo de cabeça pra baixo.— falo triste.
— Deixa desse baixo astral, vai lá no mercearia comprar feijão.— ela fala.
Vou subindo as escadarias e vejo alguns polícias na área, eles estão tentando pacificar a comunidade.
Estou passando pela viela c9 e vejo o Caíque fardado conversando com outro policial, meu coração gela na hora vendo ele ali, sua vista vem em minha direção e ele acompanha cada passo, ficamos nos encarando.
Quando me aproximo vejo ele falando alguma coisa com o outro homem que sai deixando ele só, me aproximo mas dele e vejo que não tem ninguém nos olhando.
— Não me afasta da Eduarda, não faz isso por favor!— falo firme e ele cruza os braços com o fuzil em suas mãos.
— Conversamos depois, preciso trabalhar.— ele fala me olhando firme
— Eu não vou permite, você está sendo um grande babaca.— falo e sinto ele apertar meu braço.
Ele olha na entrada da viela pra ver se vinha alguém, me encosta na parede e consigo sentir sua respiração ele me olha inteira e depois passa a mão na cabeça.
— Mulher do Rato? — Quando essas palavras sai pela sua boca eu sinto vergonha me sinto péssima.
Quando iria responder o celular dele começar a tocar, ele se afasta mas de mim e atender parece que é bem importante pois ele dar bastante atenção a ligação.
" estou indo buscar ela, mãe."
— A Duda está bem? — pergunto e ele nega.
— Vou precisar buscar ela, está com febre.
— Me passa o número é endereço da sua mãe, vou buscar ela e levo no hospital é o tempo que você termina o seu trabalho.— Falo e ele pensa.
— Vou só falar com o chefe do batalhão que vou precisar sair, em uma hora eu estou lá, vai me deixando avisado.— Ele fala me passando todas as informações.
Vou até a casa da mãe do caíque e a sra já está me esperando com a bebê, quando ela me ver me abraça e percebo que ela está febria.
— Eu posso ir, se você precisar.— a sra fala.
— Está tranquilo, o Caíque já está indo para o hospital também.
— Irei levar vocês duas, vem..— chama para entra no carro.
A mãe do caíque é uma sra bem chique parece até aquelas sra de novela da globo, diferente da vó martena da Duda ela é bem tranquila e tem uma vibe bem ripe.
— Isso da dudinha é saudades, de você.— fala me olhando pelo retrovisor.
Estou com minha bebê no colo e ela já dorme com a mão dentro da minha blusa, passo a mão alisando seus cabelos lisos que está com um lacinho.
Chegamos no hospital e logo a Duda foi atendida e pra minha felicidade não é nada grave, apenas uma virose o médico receitou umas mediações que já passei para o caíque comprar.
Estou sentada no banco da recepção aguardando o caíque chegar, Parece que a Duda não dormia faz tempo, ela só tomou a mamadeira e dormiu novamente.
A mão por dentro da minha blusa está me fazendo parecer uma mãe em amamentação.
— Oi, como ela está.— Vejo o cara fardado parado em nossa frente.
— Bem, trouxe os remédios? — ele mostra a sacola.
Vejo ele mechendo na bolsa da Duda e tirando uma fralda de pano, fico sem entender até ele cobrir a meu peito onde a Duda estava com a mão..
Ele pega a bolsa da menina e me ajuda a levantar, nos despedimos da mãe dele e vamos direto para sua casa.
— Posso ficar essa noite com Eduarda? — ele confirma que sim.
A menina parece bem melhor, dou um banho nela e depois o jantar, entrego ela ao pai vou tomar um banho.
Tinha deixado umas roupas minhas aqui ainda bem, coloco um short folgado e um sutiã e vou até a sala...
— Me dar ela, vai lá fazer suas coisas.— ele olha pra meu sutiã e passa a mão na cabeça me entregando a filha.