CAPÍTULO /40

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Malu :

Perdi as contas de quantas vezes Duda fez o pai beijar minha barriga e ele não parecia nada desconfortável com toda aquela situação ele simplesmente beijava e ainda fazia carinho.

— É melhor por um camisa minha, acho que essa aí está apertada na sua barriga. — Diz puxando o tecido fazendo parecer um pouco minha calcinha.

Faço cara de paisagem pois conheço bem o Caíque.

— Não acho que está apertada, até porque minha barriga ainda está pequena.. — subo minha roupa tampando minha barriga.

— Não mamãe, bebê— Duda puxa minha roupa novamente.

Ela se agarra na minha cintura e puxa o pai para deitar ao seu lado, ele faz o que ela pediu e os dois acabam dormindo com a mão em minha barriga.

Me levanto para ir ao banheiro  e quando volto o Caíque já está de pé arrumando sua mochila para ir embora eu ando até a cama e arrumo a Duda na posição correta.

— Podemos ver melhor como vai ficar a questão das crianças, você vai querer ficar aqui no sitio ou pretende  morar em outro local? — ele senta na cadeira.

— Vou continuar  aqui no sítio, falei com a dona Karol e ela também achou melhor, mais tranquilo  até em questão da Duda aqui é  bem melhor parar ela.— Digo sentando  na cama.

— É  difícil demais ter que me colar nessa situação,  ir para casa sabendo que agora tenho que deixar dois bebês  aqui, É  foda,estou tentando  ser um cara compreensível, mais sou um ser humano e  tá foda pra mim!

—  Olha eu entendo, Sei que referente a Duda você tem total direito  de decidir se ela fica comigo ou com você, mais só te peço que considere o fato que ela mama, e  apesar de ainda ser pequena  ela está muito apegada no novo bebê, e eu também não estou disposta a abrir mão dela, Não estou! — falo firme.

— Eu não estou disposto a abrir mão deles, Eae como resolvemos essa situação? Vou ter que ficar na porra daquela casa? Não vou acompanhar  as novas palavras  que Duda está começando a falar, não vou acompanhar  tua barriga crescendo, que porra de pai eu sou? — cruza os braços me olhando.

— Vamos conseguir alinhar isso, tenho certeza pelo bem das crianças.— falo e ele se levanta.

— Boa noite.— Diz seco.

— Você parece que não quer resolver isso, toda vez que começamos a conversar você simplesmente  resolve ir embora, assim fica difícil.— vou atras dele que desce as escadas.

Ele pega a chave do seu carro e vai em direção ao seu carro que está na garagem perto da piscina, fico encostada  na porta principal esperando alguma resposta  dele..

— Tchau filho, papai te ama. — ele se Abaixa ficando na altura da minha barriga e beija o local.

— Tem como você me responder Caíque? — pergunto

— Vou arrumar uma solução Malu, nem que eu compre uma casa aqui do lado.— fala rude.

— Será que podemos conversar  igual adultos que somos? — cruzo os braços.

Ele nem parece se importar  com o que eu falo, se levanta ficando na minha frente e sua mão permanece na minha barriga fazendo carrinho.

— Conversar o quê? Sobre nós dois? Não. Não vou ficar tocando nesse assunto, quer terminar alguma coisa, termina sozinha  eu não vou acabar nada!— ele da de ombros e sai em direção ao seu carro.

ALÉM DO MORRO Onde histórias criam vida. Descubra agora