Caíque Pedrosa
— Você pode deixar a Duda comigo, caíque. Afinal ela é minha neta, filha da minha única filha.— Fuzilo a a mulher com o olhar.
Hoje teve um bloquinho aqui no condomínio, aproveitei para levar a Duda para brincar com as outras crianças, estou sentado dando água a minha filha quando a Cobra da mimha ex sogra aparecer.
— Contratei uma babá, já já ela chega. A senhora tem os dias para ficar com Eduarda, preciso lembrar? — Pergunto.
— Dois dias na semana? — Questiona. — minha neta não precisa de babá, ela tem a mim Caíque.— me levanto e arrumo a pistola na minha cintura.
— Você sabe que não ficaria nenhum dia com mimha filha né? Só deixei pela memória da Jaqueline que não tinha culpa da bosta que tu é.— falo já puto de raiva.
A mulher começar a chorar mas já conheceu a filha da puta que ela é, pego a Duda e volto para o bloquinho.
Ligo várias vezes para a porra da nova babá que não atende o telefone, Caralho quando o cara é Grosso aí não presta.
Estou atrasado para o trabalho, sou militar e hoje tem uma operação no alemão e estou atrasado pra caralho, não sou um polícia exemplar mas faço o meu melhor, também presciso adiantar meu lado e isso incluí pegar uma parte do que entrar naquelas favelas, assim todo mundo sai ganhando.
Duda começa a chorar, já é hora do seu sono vou para casa e quando chego lá tem uma garota com uma mochila nas costas parada de frente a minha casa.
— Tá fazendo o quê parada na minha porta garota? — assusto a menina.
— Caíque? — pergunta e eu fico em silêncio.— A dona Maria me mandou aqui, emprego de babá? — ela fala com a voz embargada.
Passo pela garota que está com medo, abro a porta de casa e entro colocando a Duda no chão que corre para sala onde tem alguns brinquedos espalhados no local, desde que dona Maria precisou sair do trabalho minha casa virou uma bagunça.
— Vai entrar ou vai ficará parada, já basta a porra do atraso no teu primeiro dia.— falo rude tirando a camisa.
— Desculpa Seu caíque, o trânsito estava horrível.— ela vai em direção a Eduarda.
— Sai mas cedo da próxima.— falo.
Digo como ela deve fazer os horário da Duda e já passo recado que ela não pode entregar a menina pra ninguém além de mim, não posso dizer que confio nessa garota mas dou um volto de confiança pois foi a Dona Maria me antiga secretaria do lar que indicou.
Vou tomar banho e me arrumar para o trabalho, tô com sangue no olho para colocar a mão no Rato, fiz vista grossa para a droga entra na comunidade e o comédia não me deu a parte da grama, hoje na invasão ela vai se fuder!
— Malu.. — saio vestindo o colete.
— Shiii.. — ela pede silêncio.
A Duda já está tomada banho e dormindo igual um anjo no seu braço, vou até elas e dou um beijo na sua cabeça o cheiro de bebê traz uma paz maneira.
— Qualquer parada me ligar.— falo e a morena concorda.
Aproveito a aproximação para olhar para seu rosto, eu acho que já vi ela em algum lugar, ela mora no alemão provavelmente foi lá que eu vi.
— Pode deixar. — Fala.
....
[...]
— Deixou o cara todo fudido Capitão.— Martins fala guardando o fuzil dentro do blindado.
— Se brincar somos pior que eles! A lei é única. — falo limpando o sangue da minha mão.
Só não matei esse filha da puta porque ela ainda gera dinheiro.
— Capitão Pedrosa, posso ir pra casa? — concordo.
Já passou de meia noite, tô saindo do batalhão e vou direto pra casa, por conta do trânsito chego uma hora da manhã.
Entro em casa e vejo os brinquedos todos organizados a casa organizada, vou até a cozinha e tem um depósito com um bilhete informando que era comida e só bastava esquentar.
Vou até meu quarto e vejo ela também limpou lá, fico puto quando vejo que o retrato com a foto da Jaqueline não está no lugar onde coloquei.
Saio do quarto e vejo a garota já com uma mochila nas costas.
— Eu preciso ir embora.— ela fala e eu nego.
— Não arruma meu quarto, não toca em nada lá, está avisada? — cruzo os braços me encostando no balcão.
Ignoro o fato dela dizer que vai embora de madrugada.
— Desculpa, não voltar a se repetir! A Duda acabou de tomar o leite dela, a outra mamadeira já está pronta estarei aqui as 10h.— fala abrindo a porta.
Passo na sua frente e fecho novamente fazendo ela olhar pra mim.
— Tua favela choveu de bala hoje, tem certeza que vai embora na madrugada, não me responsabilizo— ela olha assustada..
— Na comunidade onde eu moro também tem trabalhador, e pessoas que eu amo. Boa noite Sr caíque.— Ela abre a porta.
— Amanhã as 10h sem atraso! — falo e ela concorda.
Ousada do caralho, avisei mas ela não quis escutar chegar lá vai ver a bagunça que minha equipe deixou pra trás, paciência!
*Aviso
*Caíque vai ser bem amargurado e ele é bem pior que os bandidos, a personalidade dele só muda quando se trata da sua filha.
*E aos poucos vai mudando com outra pessoa... Kkkk